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Ministro defende mais debate sobre projeto de excludente de ilicitude

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O ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, defendeu hoje (11) a ampliação das discussões sobre o projeto do governo que tem como objetivo aumentar a segurança jurídica ao definir situações em que tanto os militares das Forças Armadas quanto os profissionais das forças de segurança poderão ser amparados pelo excludente de ilicitude, quando em defesa da própria vida ou de outras pessoas.

Braga Netto disse que a sociedade tem direito a mais informação sobre o tema e que é necessário o aperfeiçoamento da área de segurança pública, que “sempre foi e sempre será uma prioridade do presidente Bolsonaro para garantir a vida do povo brasileiro”.

O ministro ressaltou que a garantia da proteção jurídica do agente de Estado não representa autorização para matar. “Pelo contrário, é a garantia de cumprir plenamente sua missão de proteger a sociedade e depois retornar em paz a seu lar”, afirmou Braga Netto, que participou, nesta sexta-feira, da solenidade de entrega de um helicóptero à Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro (Sepol).

Helicóptero

Cerimônia de entrega do helicóptero AW119Kx Cerimônia de entrega do helicóptero AW119Kx

Helicóptero entregue pelo Gabinete de Intervenção Federal à Secretaria de Polícia Civil do Rio – Tânia Rêgo/Agência Brasil

O helicóptero é do modelo AW119Kx e foi entregue à Sepol pelo Gabinete de Intervenção Federal no Estado do Rio de Janeiro, que atuou na área de segurança pública no território fluminense durante o governo Michel Temer. A cerimônia foi no Forte de Copacabana, uma unidade do Exército, na zona sul da cidade.

A aeronave está equipada com sistemas de imagens e de proteção balística de última geração; de navegação, com capacidade de realizar buscas e salvamentos; e de içamento para resgates em áreas de difícil acesso. Conta ainda com sistema de combustível com tanque autosselante que impede vazamentos em caso de perfurações por projéteis.

Junto com a aquisição do equipamento, o Gabinete de Intervenção realizou treinamento com a capacitação de 20 pilotos no curso teórico e de mais dez no curso prático. Este é o primeiro dos três helicópteros que o estado do Rio de Janeiro vai receber como legado da intervenção federal. As outras duas aeronaves são do modelo AW169 e vão atender às necessidades da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros.

Na solenidade, Braga Netto enfatizou que não estava presente como ministro da Defesa, e sim como antigo interventor federal, função que exerceu de 16 de fevereiro a 31 de dezembro de 2018. Ele disse que cumpria nesta sexta-feira a etapa que simboliza a última entrega de aeronaves prevista para o Gabinete de Intervenção no Rio de Janeiro.

“Hoje o Gabinete de Intervenção Federal inicia a efetivação da última entrega, após a qual será extinto. A materialização dos efeitos de todo aquele período fica traduzida pelo legado herdado pela segurança pública, com a melhoria das condições de trabalho e a operacionalidade para a segurança do povo fluminense”, afirmou. Ele lamentou, contudo, que, apesar dos êxitos obtidos com a Garantia da Lei e da Ordem da Intervenção Federal, houve perdas inestimáveis de militares e de agentes de órgãos de segurança pública.

“A eles e a suas famílias, rendemos nossa eterna gratidão. Os esforços para fortalecer o combate ao crime devem ser continuados. Como gestores públicos dos Três Poderes e de todas as instâncias, temos que, de modo profissional e com ações construtivas, buscar soluções perenes para os problemas que se avolumam por anos na área de segurança pública do nosso país”, acrescentou.

De acordo com o ministro, em 2018, quando o governo federal decretou intervenção na área de segurança pública no estado do Rio de Janeiro, iniciou-se um capítulo histórico e inédito na história do país. “Diante do quadro existente, era imprescindível e urgente a realização de um diagnóstico da situação real para identificar as possibilidades, limitações e demandas dos órgãos de segurança pública, com potencial para promover a eficáciade suas missões, com reflexos na tão almejada e legítima segurança da população fluminense”, disse Braga Netto.

O ministro lembrou que, com recursos do governo federal, o gabinete foi estruturado para viabilizar a execução financeira dos valores alocados para compra dos materiais com o objetivo de recuperar a capacidade operativa dos órgãos que estavam sob intervenção.

Segundo Braga Netto, durante a intervenção, na área de gestão de recursos humanos foi criado o serviço militar temporário, adotado no Corpo de Bombeiros para suprir a carência de pessoal. “Essa iniciativa serviu de referência e vem sendo adotada em outras unidades da federação, como por exemplo, o estado de Rondônia.”

Para ele, a integração de todas as forças de segurança do estado foi fator decisivo para os resultados alcançados com a redução dos índices de criminalidade nos anos da intervenção.

Reequilíbrio

Já o governador do Rio, Cláudio Castro, enfatizou que a intervenção ocorreu em um momento de dificuldade financeira do estado. “A nós, do governo do estado, cabe a gratidão dupla pelo tempo que o senhor e a sua equipe ficaram aqui , nos ajudando a nos reequilibrar e nos reequipar com toda essa infraestrutura que só foi possível com aporte federal, devido aquele momento de profunda crise financeira do estado do Rio.”

Castro elogiou a atuação do general Braga Netto à frente do Gabinete de Intervenão, ao mesmo tempo em que as forças estaduais tiveram desprendimento de entender que precisavam se estruturar e reaprender a fazer. “Foi nesse espírito que a intervenção veio aqui nos ajudar a organizar uma questão de infraestrutura fundamental”, observou.

Sobre o helicóptero entregue hoje à Sepol, o governador disse que tem “qualidade de primeiro mundo” e foi construído de acordo com a demanda da Polícia Civil. “Um trabalho pensado exclusivamente para a realidade do Rio de Janeiro. Não é uma aeronave que está na prateleira e vem e compra. Não. É um equipamento para cada realidade que se precisava aqui. E esse zelo que a intervenção teve que nos encanta”, concluiu Castro.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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“Caminhos assistenciais” do Governo Federal liberam rodovias para garantir abastecimento do Rio Grande do Sul

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Prioridade é a liberação ágil de trechos essenciais para assegurar o fluxo de veículos com suprimentos, comida, oxigênio e combustível

Com mais de 400 cidades atingidas pelo alto volume de chuvas que caiu sobre o território gaúcho, o Governo Federal desenvolveu um plano emergencial para reestabelecer o fluxo viário em rotas estratégicas para assegurar o atendimento da população e impedir o desabastecimento de itens essenciais para a população do Rio Grande do Sul.

“Esses caminhos assistenciais, como estamos chamando, são para garantir salvamento e abastecimento do estado, sobretudo com oxigênio e remédio, comida e água, além da chegada de combustível, para não haver outras paralisações nesta crise e intensificarem ainda mais o sofrimento do povo gaúcho neste momento”, informou o ministro dos Transportes, Renan Filho. “É um plano de trabalho com prioridades a serem adotadas em 48 horas”.

Para isso, são usados maquinários pesados, como tratores, escavadeiras, guindastes e caminhões. Há cerca de 200 equipamentos e 600 homens atuando diretamente no estado. Em alguns pontos de rompimento de trechos de estrada, a solução é preencher as brechas com pedras para permitir a passagem dos veículos. Um dos trechos liberados é a BR 290, que liga Porto Alegre a Santa Maria e segue até a fronteira com a Argentina, por onde passa 30% do comércio internacional do país. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de concessionárias e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguem no para restabelecer o fluxo viário.

“Liberamos o fluxo na BR 290. O momento é de trabalhar pela preservação da vida, reencontro das famílias e reconstrução do Rio Grande do Sul. Nesses caminhos serão permitidos transporte de alimentos, remédios, oxigênio, combustíveis, resgates e pacientes em ambulâncias”, comentou o ministro.

Já estão liberados também trechos das BRs-116/RS, entre Estância Velha a Nova Petrópolis; de Vacaria a Campestre da Serra; e de Caxias a São Marcos. Também foi restabelecido o fluxo na BR-392/RS, de Santa Maria a Caçapava do Sul, possibilitando o acesso ao Porto de Rio Grande, beneficiando a região de Pelotas. Até esta quarta-feira (8/5), serão realizadas ainda as seguintes liberações: na BR-116/RS, sentido norte do estado, no trecho do Viaduto da Scharlau, e a ponte sobre o Rio dos Sinos.

 

Na BR-470, passagem liberada de Carlos Barbosa a Montenegro; na BR-386, a ponte sobre o rio Taquari, em Estrela e Lajeado também teve o fluxo retomado, assim como na BR-290, de Eldorado a Santa Maria, com construção de um bueiro. Já no caso da BR-158, de Santa Maria a Cruz Alta, o trânsito ainda ocorre com escolta, apenas para passagens de veículos emergenciais, pois há risco no trajeto. Trânsito liberado também na BR-448, a Rodovia do Parque.

Para o ministro, chama a atenção nesse desastre a amplitude, a velocidade com que as águas subiram e a demora no escoamento, o que dificulta o dimensionamento da crise e o atendimento. “A prioridade agora é salvar vidas, liberar vias para passagem de equipes de resgate e pronto socorro e, depois, pensarmos na reconstrução”, listou.

Rodovias liberadas e em processo de liberação

1 BILHÃO – Em reunião com parlamentares na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o ministro ainda informou que cerca de R$ 1 bilhão serão destinados pelo Governo Federal à reconstrução de rodovias federais, além do orçamento previamente destinado ao estado de R$ 1,7 bilhão.

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