Saúde
Ministério da Saúde retira do ar aplicativo TrateCOV
O Ministério da Saúde desativou hoje (21) o aplicativo TrateCOV, lançado no dia 14 de janeiro como um recurso voltado sobretudo para auxiliar no diagnóstico da doença. Segundo a pasta, “o sistema foi invadido e ativado indevidamente – o que provocou a retirada do ar, que será momentânea”.
Também nesta quinta-feira, após analisar o conteúdo do programa, o Conselho Federal de Medicina (CFM) solicitou a retirada imediata do app. Em nota pública divulgada hoje, o CFM, principal entidade representativa dos médicos do país, reúne uma série de motivos para requerer a desativação do programa.
Em primeiro lugar, segundo o conselho, o aplicativo permite o preenchimento por não médicos. Nas redes sociais foram divulgadas simulações feitas por cidadãos comuns. Em segundo lugar, o CFM considerou que o app “assegura a validação científica a drogas que não contam com esse reconhecimento internacional”.
Ainda conforme o conselho, o aplicativo induz à automedicação, interferindo na autonomia dos médicos. O TrateCOV, acrescenta a entidade, não preserva o sigilo das comunicações e não deixa claro a finalidade do uso dos dados preenchidos pelos médicos.
Em nota, o Ministério da Saúde respondeu que o app foi lançado como “projeto-piloto” e que não estava “funcionando oficialmente”.
Aplicativo
Segundo texto publicado no site do governo, o projeto teve início em Manaus, como uma das ações de suporte ao sistema de saúde da capital amazonense, que enfrenta uma crise sanitária.
Matéria alterada às 2018 para alteração no nome do aplicativo
“A plataforma traz ao médico cadastrado um ponto a ponto da doença, guiado por rigorosos critérios clínicos, que ajudam a diagnosticar os pacientes com mais rapidez. Depois disso, o TrateCOV sugere algumas opções terapêuticas disponíveis na literatura científica atualizada, sugerindo a prescrição de medicamentos. Assim, o diagnóstico sai mais rápido e o tratamento tem início precocemente, contribuindo na redução de internações e óbitos por Covid-19”, explicou nota oficial do governo federal.
Edição: Bruna Saniele
Saúde
Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes
Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças
Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.
A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.
Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.
A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.
Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.
Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás
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