Saúde

Minas Gerais entra na fase roxa amanhã para conter a covid-19

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A partir desta quarta-feira (17), todas as regiões de Minas Gerais entrarão na onda roxa, para conter a expansão da covid-19. Em princípio, segundo o governador Romeu Zema, a medida terá validade por 15 dias. Só poderão funcionar os serviços essenciais e passa vigorar um toque de recolher entre 20h e 5h, além da implantação de barreiras sanitárias. 

Quem circular pelas ruas estará sujeito à fiscalização das forças de segurança e precisará justificar o motivo de estar fora de casa. Segundo as regras, nem mesmo encontros de pessoas da mesma família, que vivem em casas diferentes, serão permitidos.

A decisão foi comunicada após reunião com prefeitos e representantes de consórcios municipais de saúde, em que foi relatado o agravamento da situação em todas as macrorregiões do estado. O governador afirmou que a situação atual é a mais grave desde o início da pandemia. Os hospitais estão no limite de leitos disponíveis e muitas pessoas não respeitam as medidas de isolamento.

A decisão de estender a onda roxa para todo o estado foi tomada, segundo Romeu Zema, após ouvir especialistas em saúde e o comitê de enfrentamento do novo coronavírus sobre a necessidade de adotar medidas mais restritivas e obrigatórias. 

“Começamos a assistir cenas de horror, pessoas clamando por atendimento e não temos vagas nas unidades de saúde. É isso que queremos em Minas? Ver as pessoas morrendo na rua? Tenho certeza que essa não é a opinião do povo mineiro”, disse o governador. Acrescentou que a solução definitiva para esse cenário é a vacinação que, avaliou, está mais rápida, mas ainda é insuficiente para garantir a queda na busca por atendimento médico.

Compensação

Em entrevista coletiva na manhã de hoje, Romeu Zema afirmou que pediu à Secretaria de Fazenda que avalie o que é possível fazer para compensar as empresas, em especial as micro e pequenas afetadas pelas restrições da onda roxa do Minas Consciente. “Da mesma forma que ocorreu em 2020, está previsto, sim, para este momento difícil, algum tipo de compensação para aquelas pessoas e atividades que vierem a ser afetadas”, adiantou.

Escolas

Sobre a volta às aulas, o governador mineiro afirmou que, em meio ao cenário atual do estado, é inviável. “Volta às aulas, com a onda roxa, nem pensar!”, disse o governador. 

As matrículas presenciais das escolas estaduais serão suspensas a partir de amanhã. A Secretaria de Estado de Educação (SEE) deve estabelecer um novo protocolo para que a matrícula seja realizada de outra forma.

Medidas da Onda Roxa

Suspensão de cirurgias eletivas

Restrição de circulação de pessoas (só poderão sair de casa para atividades essenciais)

Toque de recolher das 20h às 5h e aos finais de semana

Proibição de pessoas sem máscara em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado

Proibição de circulação de pessoas com sintomas de gripe, a menos que estejam indo para consulta médica

Proibição de eventos públicos ou privados

Proibição de reuniões presenciais, inclusive entre parentes que não morem na mesma casa

Implantação de barreiras sanitárias de vigilância

Fechamento de bares e restaurantes (funcionamento apenas por delivery – entrega)

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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