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Mil e quinhentos alunos vão cuidar de cinco cidades pelo RENOVADF

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O RENOVADF chega ao seu terceiro ciclo nesta semana para cuidar e recuperar equipamentos públicos em cinco cidades pelas mãos de 1,5 mil alunos. Nesta terça-feira (9), o programa de qualificação profissional e conservação do patrimônio público foi lançado no Itapoã e, na quinta-feira (11), será a vez do Guará.

O vice-governador Paco Britto saudou os alunos presentes na Praça dos Direitos, no Itapoã, e pediu aplausos à turma de aprendizes pelo trabalho que será executado nas cidades. “Estamos capacitando profissionais num momento difícil da economia. O governo não demitiu ninguém e está inserindo pessoas no mercado de trabalho”, destacou.

O RENOVADF já passou por quatro regiões administrativas e recuperou quase 250 equipamentos públicos  | Foto: Vinícius Melo/Agência Brasília

Titular da Secretaria de Trabalho, pasta responsável pelo RENOVADF, Thales Mendes pontuou os números do programa.

“Teremos mais 750 alunos hoje e na próxima quinta-feira mais 750, chegando ao número de 3.500 alunos nas cidades. Estamos fazendo uma transformação em todas as cidades que passamos”.

Visão que é compartilhada pelo administrador do Itapoã, Marcus Cotrim. “O programa vai transformar e renovar espaços importantes e que as pessoas utilizam diariamente como lazer”.

25% dos formandos no mercado

O RENOVADF já passou por quatro regiões administrativas e recuperou quase 250 equipamentos públicos.

No primeiro ciclo foram atendidas as cidades de Ceilândia e Samambaia, onde 92 equipamentos públicos foram recuperados e 813 alunos foram formados.

“Dos 813 alunos que se formaram na primeira turma, quase 200 estão trabalhando na área de construção civil. O mercado está contratando pessoas nessa área”, destacou Thales Mendes.

No segundo ciclo foram contempladas as cidades de São Sebastião e Arniqueira e, no momento, 1.500 alunos estão recuperando 149 espaços públicos dessas cidades.

Nesse terceiro ciclo haverá dois lançamentos, em Itapoã e Guará, mas diferentemente dos outros dois, os 1.500 alunos vão atender também as cidades de Estrutural, Águas Claras e Riacho Fundo. Entre os alunos contemplados nos três turnos, 80 são imigrantes e, aproximadamente, 45% são mulheres.

Sobre o programa

O RENOVADF consiste na oferta de cursos práticos de qualificação social e profissional, nas áreas de construção civil e jardinagem.

Ministrados pelo Senai e integrados às atividades de conservação do patrimônio público, os cursos proporcionam novas habilidades ao trabalhador, de forma a torná-lo apto a atender as exigências do mercado de trabalho, bem como a realização de higienização e limpeza, manutenção e recuperação dos equipamentos públicos.

Os alunos estudam quatro horas por dia, de segunda-feira a sexta-feira, e têm direito a benefícios, tais como auxílio pecuniário no valor equivalente a um salário mínimo mensal (R$ 1.100); vale transporte e seguro contra acidentes pessoais.

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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