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Marinha define projeto arquitetônico do Museu Marítimo do Brasil

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A Marinha divulgou hoje (9) o resultado do concurso realizado para selecionar o projeto arquitetônico do Museu Marítimo do Brasil. A proposta vencedora foi elaborada por uma equipe de São Paulo, liderada pelo arquiteto Rodrigo Quintella Messina.

O Museu Marítimo do Brasil será construído no Espaço Cultural da Marinha, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, próximo à Praça XV. Ele será voltado para promover o conhecimento sobre a história marítima que está intrinsecamente ligada à formação do país. A estrutura contará ainda com um auditório, um restaurante e uma cafeteria.

Os detalhes do concurso para a definição do projeto foram anunciados em junho. O processo foi conduzido em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). O vencedor foi anunciado de forma virtual, por meio de uma live realizada às 17h, na qual foi lida a ata com o resultado.

“O projeto apresenta uma composição formal simples e, ao mesmo tempo, potente. Ao longo do pier, o edifício que contém exposições e acervos é horizontal, permitindo a visada para a baía. Em terra, o edifício de acesso e atividades educativas coloca-se atento às proporções dos edifícios do entorno”, diz o documento. A ata também registra recomendações do júri para a fase de aperfeiçoamento do projeto.

Marinha define projeto arquitetônico do Museu Marítimo do Brasil Marinha define projeto arquitetônico do Museu Marítimo do Brasil

Projeto escolhido é da equipe do arquiteto Rodrigo Quintella Messina – Divulgação/IAB-RJ

Quando anunciou o concurso, a Marinha afirmou que o museu tinha, como uma de suas finalidades conceituais, o respeito ao mar e aos rios como instâncias culturais, simbólicas e míticas, na convergência de uma sociedade marítima brasileira que carrega diversas origens. Também informou que a inovação das propostas apresentadas seria levada em conta. O projeto escolhido deveria reafirmar a excelência da arquitetura contemporânea brasileira.

Ao todo, 110 trabalhos foram recebidos. A avaliação foi feita por cinco jurados. “Temos nesse júri um corpo muito completo como está nos estatutos de concursos de projeto no Brasil. Temos indicações do próprio IAB-RJ, que são tiradas de um corpo de jurados eleito a cada três anos, e do promotor do concurso, nesse caso a Marinha, que indica dois nomes”, explicou Igor de Vetyemy, presidente do IAB-RJ.

A organização do concurso contou com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A equipe vencedora receberá R$50 mil. Outros dois trabalhos foram premiados. Em segundo lugar, ficou a proposta apresentada por uma equipe de Brasília, sob a coordenação do arquiteto Nonato Veloso. Ela receberá R$30 mil. Já a terceira posição, que fará jus a uma quantia de R$20 mil, foi ocupada por outro projeto enviado de São Paulo, este liderado por Álvaro Puntoni.

Mais três trabalhos receberam menção honrosa. Eles foram apresentados por equipes das cidades de Porto Alegre, São Paulo e Vitória da Conquista (BA). Um livro reunindo todas as seis propostas deverá ser produzido pela Marinha.

Para Vetyemy, o Museu Marítimo do Brasil está sendo pensado sob novos parâmetros éticos, que englobam a participação popular e a criação de espaços públicos de qualidade. “É bom ver que o instrumento mais democrático para construir nossas cidades, que é o concurso público de projetos, cumpre tão bem sua função. Cento e dez equipes enormes trabalharam, questionando a maneira como a arquitetura é feita até hoje, pensando como evoluir, pensando como propor questões tão importantes como, nesse caso específico, a reconexão da cidade com o mar”, avaliou.

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A equipe vencedora receberá prêmio de R$50 mil – Divulgação/IAB-RJ

Revitalização

A proposta da Marinha é que o museu ofereça uma experiência que realce aspectos relevantes da história e da formação da vocação marítima nacional. A região onde ele será construído abrigava, no século 19, a Doca da Alfândega. Com quatorze armazéns, ela podia receber inúmeras embarcações, embora não tivesse profundidade para o encostamento de navios de grande porte.

O Museu Marítimo do Brasil será mais um equipamento cultural construído dentro do processo de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro. Ficará próximo ao Museu de Arte do Rio (MAR), inaugurado em 2013, e ao Museu do Amanhã, que abriu as portas em 2015. Sua localização também permite o diálogo com outros espaços do complexo cultural existente na região central da capital fluminense, como o Museu Histórico Nacional, o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) e a Casa França-Brasil.

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Museu Marítimo do Brasil ficará na zona portuária do Rio de Janeiro – Divulgação/IAB-RJ

“O projeto vencedor precisava não só atender às necessidades apontadas, mas integrar de maneira harmônica o local onde será construído”, afirmou o vice-almirante José Carlos Mathias, que está à frente da diretoria do patrimônio histórico e documentação da Marinha.

A revitalização da zona portuária é uma demanda histórica de alguns setores da sociedade carioca, mas foi impulsionada no processo de preparação da cidade para receber os Jogos Olímpicos de 2016. Um dos principais marcos foi a implosão da Perimetral, um extenso viaduto construído em etapas entre as décadas de 1950 e de 1970, alterando significativamente a paisagem urbana.

A demolição contribuiu para a requalificação de espaços urbanos. O projeto de revitalização, no entanto, previa o desenvolvimento da ocupação residencial na zona portuária, de forma a evitar que ela termine novamente abandonada, mas os tímidos avanços nessa direção têm atraído críticas. Há cerca de dois meses, durante o lançamento de um novo empreendimento habitacional na região, o prefeito Eduardo Paes considerou que as dificuldades se devem a questões econômicas.

“A economia brasileira parou, a economia do Rio parou. Não tivemos empreendimentos habitacionais novos. Agora, a economia parece que reacendeu, o Rio volta, se Deus quiser, a crescer e a gente vai tendo lançamentos imobiliários. Agora é uma solução de mercado. A infraestrutura já foi feita. É VLT [Veículo Leve sobre Trilhos] passando na porta, ruas urbanizadas, o Boulevard Olímpico, nove quilômetros de túnel. O que precisa é o setor privado fazer lançamentos”, disse.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Lula segue para o Rio Grande do Sul, acompanhado de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário

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Estado registra 329 municípios atingidos e 686.482 pessoas afetadas. A frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, seguiu para o Rio Grande do Sul na manhã deste domingo, 5 de maio, acompanhado por uma comitiva de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário. O grupo se une aos ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que já estão no estado e acompanham de perto as ações de socorro e assistência do Governo Federal à população gaúcha.

Embarcaram com o presidente a primeira-dama, Janja Lula, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), José Mucio (Defesa), Fernando Haddad (Fazenda), Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Jader Filho (Cidades), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). Também seguem para o Rio Grande do Sul os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, os ministros Edson Fachin (STF) e Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União), além do comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Paiva.

Neste domingo, durante o Regina Caeli (uma das peças da liturgia católica, denominadas “antífonas marianas”), o Papa Francisco manifestou solidariedade e dirigiu suas orações aos povos dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, afetados pelas fortes chuvas e enchentes.

Atualizações nas ações de socorro e assistência ao Rio Grande do Sul

Ministério da Defesa
Resgate de pessoas isoladas em Lajeado, Encantado, Taquari, Estrela, Nova Santa Rita, Montenegro, Sinimbu, Canoas, Bento Gonçalves, Campo Bom e São Sebastião do Caí. Em São Gabriel, Bagé, Alegrete e Cristal, também foram realizadas operações de apoio à reestruturação de imóveis destruídos e realocação de pessoas desabrigadas. Em Candelária e São Valentim do Sul, o contingente ainda realizou a desobstrução de vias. Em Restinga Seca, atuaram para o lançamento de uma ponte e restituição dos acessos. Em Porto Alegre e Cachoeira do Sul, atuaram no apoio à organização e distribuição de doações e aos abrigos de desabrigados. Foram realizados 9.749 resgates nos últimos dias, sendo 402 aéreos, 2.340 fluviais e 7.007 terrestres – 69 pessoas demandaram um trabalho de evacuação aeromédica. São 647 militares das Forças Armadas envolvidos nas operações, sendo 426 do Exército, 155 da Marinha e 66 da Força Aérea.

Força Aérea Brasileira (FAB)
Nesta madrugada, a aeronave KC-390 Millennium transportou mais de 18 toneladas de materiais do Grupamento de Apoio Logístico de Campanha (GALC). Decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ) com destino à Base Aérea de Canoas, transportando geradores, banheiros químicos, barracas operacionais, colchões, materiais de apoio elétrico e hidráulico que vão prover suporte de alimentação, alojamento, higienização (banho e sanitários) e manutenção da assistência à população gaúcha. Além de toda a carga, a aeronave ainda transportou 14 militares do GALC, que farão a montagem de toda a estrutura em Canoas. A atuação desse efetivo tem a finalidade de apoiar logisticamente as operações na calamidade pública.

Polícia Rodoviária Federal (PRF)
No balanço da manhã, a PRF apontou a previsão de reforço de 75 agentes no efetivo envolvido nas operações. Até o momento, estão destacados 99. A força relatou extrema dificuldade de movimentação do efetivo em razão dos pontos bloqueados. Estão empregadas na operação 20 viaturas e três aeronaves. Cento e cinquenta resgates terrestres já foram realizados e 54 pessoas (e três animais) demandaram resgate aéreo.

BALANÇO — De acordo com a última atualização do governo estadual, são 329 municípios atingidos e já são 686.482 pessoas afetadas. O estado contabiliza 79.253 desalojadas e outras 14.447 pessoas em abrigos, com 72 mortes, 150 feridos e 103 desaparecidas.

PREVISÃO DO TEMPO — De acordo com os órgãos de monitoramento e previsão hidrometeorológica — Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) — a frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná.

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