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Lissauer pleiteia programa de proteção a órfãos e enlutados da pandemia

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Presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o deputado Lissauer Vieira (PSB) apresentou  projeto de lei propondo a criação do Programa Estadual de Proteção Especial aos Órfãos e Enlutados da Pandemia da Covid-19, em estado de vulnerabilidade, que sofreram óbito familiar de parente direto ou responsável por sua subsistência, decorrente do novo coronavírus.

O programa, idealizado através do processo que tramita com o número 7626/21, visa a busca ativa, o cadastramento, monitoramento, a instituição de prioridade de acesso aos programas estaduais, a sensibilização e a atenção especial aos goianos.

De acordo com a redação da propositura, o projeto visa fomentar a garantia de direitos e amenizar os impactos emocionais, sociais e econômicos, priorizando os que estejam em situação de maior vulnerabilidade, proporcionando base de dados para formulação de políticas públicas específicas para promover, defender e controlar a efetivação dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais, coletivos e difusos, em sua integralidade, inclusive, saúde mental, em favor dos goianos que sofreram luto familiar, de modo que sejam reconhecidos e respeitados como sujeitos de direitos, bem como por sua condição peculiar de desenvolvimento. Além de colocá-los a salvo de ameaças e violações a quaisquer de seus direitos.

O chefe do Poder Legislativo de Goiás lembra, em sua justificativa, que o estado contabilizou mais de 23 mil óbitos confirmados decorrente da covid-19. Segundo Lissauer, os danos ocasionados pela pandemia vão muito além de consequências econômicas, abertura de leitos, assistência à saúde aos acometidos pela doença, dentre outros.

Ele anota que os mais de 23 mil óbitos não representam apenas um número estatístico, mas sim, de impacto direto nos milhares de núcleos familiares e afetivos afetados pela perda de um ente querido, o que traz sequelas emocionais, psicológicas e também financeiras, que prejudicam a subsistência familiar quando a perda engloba o ente responsável pelo provimento familiar.

“Assim, é primordial fomentar políticas públicas que visam reduzir estes impactos, que incluem a sensibilização da consequência dos óbitos em todas as esferas, a redução das desigualdades sociais, mediante ações de promoção da cidadania, bem como inclusão social de famílias vulnerabilizadas em decorrência de situações de pobreza e risco social, por meio da promoção das condições para os familiares enlutados. Especialmente, políticas públicas direcionadas aos goianos que sofreram óbito familiar para oportunizar o ingresso prioritário em programas de políticas públicas que visam garantir o exercício de seus direitos”, argumenta.

Lissauer considera que é de extrema relevância social instituir o programa de monitoramento de abandono e orfandade decorrente da da crise sanitária, criar a semana de sensibilização e atenção aos óbitos e órfãos da pandemia, bem como resguardar a prioridade de acesso a programas de políticas públicas para aqueles que sofreram óbito familiar de parente direto ou responsável por sua subsistência, decorrente da Covid-19.

O presidente acrescenta que a inclusão no calendário oficial de eventos do estado de Goiás da semana de sensibilização, a ser realizada anualmente na semana que compreende o dia 20 de março, possui extrema relevância para dignificar, sensibilizar e dar voz as famílias e amigos enlutados. A fixação da data de 20 de março  é uma homenagem a todos os órfãos, familiares, amigos enlutados e goianos que perderam a vida por complicações do novo coronavírus. Esta data faz referência, especialmente, à servidora pública do estado Juliana Rodrigues Dias, de apenas 26 anos, que foi diagnosticada com Covid-19 no oitavo mês de gestação e não resistiu às complicações da doença. “Ela faleceu no dia 20 de março de 2020, 15 dias após dar luz a Joaquim Rodrigues Dias, sem ter a oportunidade, infelizmente, de conhecer o próprio filho”, recordou.

O projeto de lei passará pela análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação e, se tiver sua constitucionalidade atestada, será deliberada pela comissão de mérito e Plenário da Casa de Leis.

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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