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Limpeza que salva vidas

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A higienização adequada das mãos é imprescindível para a garantia de uma vida mais saudável, isso não é novidade para ninguém. Ainda mais em tempos de pandemia, em que a prática da higiene das mãos para a prevenção de infecções foi reconhecida em todo o mundo e, em especial, pelos decisores políticos, gestores de saúde, profissionais da assistência e público em geral.

Atualmente, sabe-se que a limpeza correta das mãos não apenas previne as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e a propagação da resistência microbiana aos antimicrobianos, mas, também, consiste em uma medida fundamental para a prevenção da covid-19 em serviços de saúde, por exemplo.

Para alertar sobre a importância deste ato, desde 2007, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu 5 de maio como o Dia Mundial da Higienização das Mãos – momento de mobilização de pessoas em todo o mundo com o propósito de aumentar a adesão à higiene das mãos nos serviços de saúde, protegendo, assim, tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde contra as infecções.

A doença mais recente que tem como uma das principais “armas para a prevenção” a higienização das mãos é a covid-19. Porém, outras patologias como a influenza e a sepse também podem ser prevenidas por meio da adesão a esta prática.

O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, deputado Gustavo Sebba (PSDB), afirma que o ato de lavar as mãos deve ser ensinado desde a primeira infância. “Eu estava me lembrando esses dias de quando era criança e era ensinado na escola sobre a importância de se lavar as mãos. Isso ainda é muito importante de se ensinar, especialmente na primeira infância, e é algo que faz parte da agenda pedagógica de todas as unidades de ensino, tanto públicas como privadas.”

Gustavo diz que estimular hábitos de higiene desde cedo é fundamental para que eles façam parte da rotina das crianças e prossigam até à vida adulta. “Porém, mesmo com todo esse esforço, vimos nos últimos anos que esse comportamento ainda não é habitual. A pandemia revelou que muita gente ainda negligencia a higiene das mãos no cotidiano. As campanhas para reforçar o hábito foram exaustivas, mas necessárias, pois é um cuidado acessível e que evita inúmeras doenças, não apenas a covid-19.”

O parlamentar reforça que foi constatado que falta muito para avançar em termos de saneamento básico no Brasil. “Infelizmente, devido a fatores que vão desde a corrupção até a burocracia na gestão de recursos, uma parcela enorme dos brasileiros não tem acesso a água tratada. Essa também é a realidade de Goiás, que pouco tem avançado nesse sentido”, destaca.

Sebba ressalta que a higienização das mãos é uma questão multidisciplinar. “Trata-se de uma política pública de saúde, mas é a educação que ensina acerca da importância do hábito, é a infraestrutura a responsável por prover saneamento básico e é a comunicação a encarregada de produzir e disseminar campanhas de reforço. É, portanto, um gesto simples, mas que demostra o quanto uma política pública bem desenhada e executada é capaz de transformar vidas.”

Quando se deve higienizar as mãos?

A biomédica habilitada em genética Sara Puga explica que a higienização das mãos é o modo mais eficaz, rápido e barato para se evitar a disseminação e a contaminação por microorganismos, uma vez que as mãos entram em contato com outras partes do corpo que podem promover a inoculação desses microorganismos, especialmente boca, olhos e nariz.

Lavar as mãos deve fazer parte da rotina de todos, especialmente nas seguintes ocasiões: antes de comer ou manusear alimentos; após ter utilizado as instalações sanitárias; após assoar o nariz, tossir ou espirrar; antes de efetuar qualquer ação que inclua o contato com mucosas corporais, por exemplo, colocar ou retirar lentes de contato; após tocar animais ou seus dejetos.

Também deve ser feita a limpeza das mãos após manusear resíduos, por exemplo, lixo doméstico; após usar transportes públicos; antes e após tocar doentes ou feridas como cortes, arranhões, queimaduras, etc.; antes e após uma visita a um doente internado em hospital ou outra instituição.

Higienização no ambiente hospitalar

A biomédica explica que, no ambiente hospitalar é um pouco diferente, pois no ato da higienização existem alguns passos a serem seguidos. “Como não esquecer de higienizar até a altura dos pulsos, lembrar de incluir a lavagem das unhas e polegar, o que no cotidiano acaba passando despercebido. Além da água e sabão que comumente são usados, também utilizamos álcool 70% e em alguns casos Clorexidina”, orienta.

Sara Puga destaca que, dentro do ambiente hospitalar, essa assepsia deve ser feita com frequência, uma vez que o uso de luvas não anula o processo de lavagem. “Deve ser feito antes e depois o uso das luvas e entre o manejo entre um paciente e outro. Uma vez que os pacientes que se encontram no ambiente, possivelmente apresentam algum comprometimento do sistema imunológico e são mais suscetíveis a contrair infecções”, salienta.

Os efeitos benefícios da higienização das mãos também são válidos para outros cenários, principalmente aqueles com grande circulação de pessoas, como escolas e creches, por exemplo.

Qual é a técnica para limpar bem as mãos?

A OMS orienta que as mãos devem ser friccionadas com a preparação alcoólica 70% por no mínimo 20 segundos. Elas não podem estar visivelmente sujas, uma vez que a preparação alcoólica não remove sujidades. Já a higienização das mãos com sabonete líquido e água deve respeitar o tempo mínimo de 40 segundos, esfregando bem as palmas das mãos, entre os dedos e pulsos.

Propostas estaduais

Na Casa de Leis tramitam projetos importantes que buscam a garantia da saúde e higiene adequada da população goiana, como por exemplo, o projeto nº 6063/21, do deputado Alysson Lima (PSB), que propõe a obrigatoriedade da instalação de banheiros públicos e pontos de água potável nas regiões mais populosas das cidades goianas para possibilitar o acesso a saúde e a higienização à população que se encontra em situação de rua.   

O parlamentar destaca que muitas pessoas se encontram em situação de rua nos municípios goianos, resultado, segundo ele, da pequena efetividade de políticas públicas de assistência social e apoio a essa parcela mais vulnerável da sociedade. 

A proposta prevê que os banheiros públicos sejam separados por sexo e que apresentem estrutura adequada para higiene e funcionamento, sendo compostos por bacias sanitárias, lavatórios, mecanismos de descarga, ventilação, recipientes para lavagem das mãos e toalhas descartáveis para enxugar. 

A manutenção, limpeza e higienização dos banheiros e dos pontos de água, bem como a dotação dos itens de consumo dos referidos equipamentos ficarão, segundo a proposição, a cargo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds).

Já a deputada Delegada Adriana Accorsi (PT), apresentou à Assembleia Legislativa o projeto nº 9475/21, cujo objetivo é a garantia de direitos aos entregadores e motoristas que prestam serviço para empresas de aplicativo. A iniciativa estabelece que empresas de aplicativo, qualquer plataforma eletrônica que faça a intermediação entre o fornecedor de produtos e serviços, devem contratar seguro contra acidentes e por doença contagiosa, em benefício dos trabalhadores. Além disso, as empresas devem assegurar assistência financeira aos trabalhadores afastados em razão de acidentes, ou por suspeita ou contaminação pela covid-19. 

A propositura, também, deixa claro que caberá às empresas de aplicativo o fornecimento de equipamentos de proteção individual, como máscaras, luvas de proteção, álcool gel, bem como acesso a água potável, espaço seguro para descanso e acesso a banheiros para higienização das mãos e necessidades fisiológicas.

O descumprimento das normas pelas empresas implicará o pagamento de indenização de R$ 10 mil em favor do entregador, e multa administrativa de até R$ 10 mil por entregador contratado. Na justificativa da matéria, a deputada ressalta que, embora relevantes, as condições de trabalho dos prestadores de serviço para aplicativos são as mais instáveis. “Não possuem carteira registrada, jornada de trabalho estabelecida, salário-mínimo ou seguro contra acidentes ou para doença adquirida durante o exercício de sua atividade.”

Assim, a deputada entende que a propositura tem por objetivo enfrentar essas injustiças e tornar as empresas de aplicativo responsáveis na garantia de condições mínimas de trabalho. 

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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