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Iris Rezende integra a décima geração dos Naves brasileiros

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Os estudos sobre famílias ainda são reduzidos e pouco divulgados em Goiás, o que torna a genealogia um tema distante das pessoas que, ao serem confrontadas com um dado novo, que as aproxima de uma pessoa que ele nunca imaginava, ficam assustadas, sem uma resposta.

Ontem, ao ser divulgado o falecimento do ex-governador e ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende Machado e alguns parentes divulgarem a nossa afinidade, muitos ficaram perdidos diante do fato novo.

Mas é novo para quem não tem familiaridade com a questão, pois o próprio Iris Rezende Machado mesmo sempre foi muito ligado à família e fazia questão de falar sobre o assunto.

Hoje, depois de alguns anos de pesquisas e muita dedicação de muitos nessa jornada, temos a árvore genealógica dos Naves brasileiros.

A história começa aproximadamente em 1650 quando um jovem português, João de Almeida Naves, então com uns 26 anos, resolve vir para o Brasil e aqui se fixar, constituindo família. É o primeiro Naves conhecido, com documentos registrando sua trajetória. Um desses primeiros registra seu casamento em São Paulo, em 1653, com a paulista Maria da Silva Leite, e também o nascimento em Santana do Parnaíba, SP, em 1654, do primeiro dos seus 10 filhos conhecidos, Baltazar, que recebeu o nome em homenagem ao avô paterno, português, que não veio para o Brasil.

Já são 370 anos dos Naves no Brasil. A primeira geração é formada pelo casal João de Almeida Naves e Maria da Silva Leite, que teve 10 filhos, que integram a segunda geração. Dessa segunda geração, apenas a sétima filha, Florência da Silva Naves, que nasceu onde o casal se fixou, Santana do Parnaíba, mas ainda não se descobriu essa data, deu sequência à família. Ela se casou em 1714 com Domingos Lopes da silva, natural de Angra dos Reis (Macucu), RJ, em data também ainda não conhecida, e tiveram um único filho, que, como homenagem, ganhou o nome do avô materno, João de Almeida Naves. Ele igualmente é de Santana do Parnaíba e formou a terceira geração.

João de Almeida Naves, neto, ao se casar com Luzia Moreira de Afonseca, de Taubaté, SP, forma com seus oito filhos a quarta geração, quando a família se muda para Lavras, MG. Desses filhos, o sétimo, João Naves Damasceno, que nasceu em Carrancas, MG, em data ainda não conhecida, e que faleceu em Lavras, casou-se em 24 de fevereiro de 1786 com a mineira de Prados, Anna Victoria de São Thomé, e deram prosseguimento à família. Eles tiveram 12 filhos, que formam a quinta geração dos Naves brasileiros, e dois, com idades próximas, Venâncio José Naves, de 1796, e José Francisco Naves, de 1798, decidem vir para o Triângulo Mineiro. Eles possivelmente geraram uma lenda que era contada pelos mais velhos como a história da família, de que dois portugueses teriam vindo de navio, sem nome e ao chegarem ao Brasil adotaram Naves como sobrenome. Hoje se sabe que eles eram brasileiros e apenas se mudaram do Planalto do Sudeste de Minas Gerais para o Triângulo Mineiro, numa distância aproximada de 470 km.

Para ficar mais claro, peguei dois núcleos familiares, o meu e o de Iris Rezende, que se formaram a partir de um casal dos integrantes da quinta geração.

José Francisco Naves casou-se duas vezes e teve 19 filhos, dos quais 13 com a primeira, Anna Roza de Jesus, e que formam a sexta geração. Desses, dois, Antônio Joaquim Naves, conhecido como Antonino, de 1842, e Messias Candida de Jesus Naves, de 1843, já naturais de Araguari, MG, geraram filhos (sétima geração), que vieram para Goiás.

Antônio Joaquim Naves casou-se com a prima Anna Rosa Naves de Oliveira, mineira de Bom Sucesso, e tiveram 12 filhos, dentre os quais Elvira Rosa Naves, que nasceu em Nova Ponte, MG, em 1881, que integra a sétima geração. Messias Cândida Naves casou-se com Mariano Pereira Cardoso e tiveram cinco filhos, dentre os quais Maria Naves de Assumpção, que nasceu em Estrela do Sul, MG, igualmente passando a integrar a sétima geração.

Elvira Rosa Naves casou-se com o primo José Rodrigues Naves, de Araguari, de 1876, e tiveram nove filhos, dentre os quais José Rodrigues Naves Júnior, que também nasceu em Araguari, em 1915, formando a oitava geração; e Maria casou-se com Francisco José Carneiro, de Nova Ponte, e tiveram cinco filhos, dentre os quais a mais velha, Isabelina Naves Carneiro, igualmente formando a oitava geração.

José Rodrigues Naves Júnior veio em 1935 para a Goiânia que nascia, casou-se com a trindadense Maria Luiza Naves e o casal teve nove filhos, dentre os quais Jales Rodrigues Naves, que nasceu em Goianira, GO, em 16 de abril de 1950, e faz parte da nona geração. Isabelina Naves Carneiro casou-se com Limírio Pereira Machado e eles tiveram nove filhos, dos quais o segundo, Filostro Machado Carneiro, que nasceu em 1907, em Caldas Novas, GO, também formou a nona geração.

Jales Naves casou-se com a mineira de Ituiutaba, Heloísa Aparecida Machado, e tem três filhos, dos quais o caçula tem o nome do pai, nasceu em Goiânia, em 16 de março de 1988, e integra a décima geração. Filostro casou-se com Genoveva Vieira de Rezende, de Buriti Alegre, GO, de 1911, e o casal teve cinco filhos, sendo o segundo, Iris Rezende Machado, que nasceu em Cristianópolis, GO, em 1933, também integrante da décima geração dos Naves.

Jales Naves Júnior é solteiro e Iris casou-se com sua homônima Iris Araújo, e tiveram três filhos, estes formando a décima primeira geração.

Mesmo não assinando Naves, que ficou apenas com sua avó materna, Iris Rezende Machado não deixa de ser um integrante da família e fazia questão de ressaltar esse detalhe.

O seu primeiro voto para Vereador em Goiânia, como sempre falou, foi para o primo José Rodrigues Naves Júnior, que todos tratavam de Zé Navinho, e conquistou naquelas eleições municipais, em 1954, seu terceiro mandato à Câmara Municipal de Goiânia, pelo partido de oposição, a União Democrática Nacional (UDN). Por essa experiência e pelo bom relacionamento que já tinham construído, Iris o tornou seu conselheiro político e o procurou para falar de suas pretensões, que queria ingressar na política partidária. Naves Júnior, com sua experiência em eleições, sugeriu que Iris entrasse numa grande agremiação. Na época, três predominavam nos pleitos: a UDN, o Partido Social Democrático (PSD), então no governo, e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), de expressão nacional, ligado ao getulismo. A sua opção foi pelo PTB, quando se elegeu Vereador por Goiânia pela sigla trabalhista. A partir daí construiu a mais brilhante trajetória de um político goiano: Vereador, Deputado Estadual, Prefeito de Goiânia (quatro mandatos), Governador do Estado (dois mandatos), Senador da República por Goiás e, em nível nacional, conquistou dois ministérios: da Agricultura, no Governo José Sarney, e da Justiça, no Governo Fernando Henrique Cardoso.

No plano familiar, sempre esteve próximo das iniciativas dos parentes. Quando começamos a realizar um trabalho de organização da família ele de pronto se colocou à disposição, participou de um encontro realizado na chácara dos Naves, em Goiânia, quando fez questão de pagar a taxa de inscrição, e foi um dos primeiros a fazer sua assinatura da revista “Família Naves”. Inclusive, comentando em família essa publicação, que sempre elogiou, separou algumas fotos de seu núcleo familiar e as enviou à direção da publicação, que inseriu uma delas na capa da edição nº 4 do periódico. Um dos políticos mais próximos de Iris, Lívio Luciano Carneiro de Queiroz, que foi deputado estadual e Secretário de Comunicação da Prefeitura de Goiânia numa de suas gestões, é bisneto de Isabelina Naves Carneiro. Em sua última gestão na Prefeitura de Goiânia Iris levou uma prima, a médica Fátima Mrue, filha de Elvira Naves Mrué, uma renomada estudiosa da sua área, para ser a Secretária Municipal de Saúde.

Essa é sua ligação com a família e assim foi sua relação com os familiares Naves.

*Jales Naves, jornalista e escritor, presidiu a Associação Goiana de Imprensa (AGI) em dois mandatos consecutivos (1985-1991) e integra a Academia de Letras e Artes de Caldas Novas (Cadeira nº 30), o Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (Cadeira nº 34) e o Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis para os Povos do Cerrado.

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Eleitores de Turvelândia vão as urnas hoje eleger prefeito interino

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Ao todo foram montadas 15 seções eleitorais

Os 4.233 eleitores de Turvelândia são esperados neste domingo (28) nas 15 urnas do município para escolher os novos prefeito e vice-prefeito.

Desde a manhã deste sábado (27), servidores da 128ª Zona Eleitoral estão preparando as seções eleitorais em dois locais de votação: Escola Municipal Floriano Borges e Escola Municipal Geraldo Sirio.

O horário de votação será das 8h às 17h, e a apuração dos votos será feita logo após o término. Os eleitos no domingo cumprirão mandato até dezembro de 2024.

O pleito ocorrerá em razão de decisão do TSE que, em recente julgamento de recurso nos autos do Processo PJe n.º 0600725-85.2020.6.09.0128, confirmou o acórdão proferido por este Regional, em 2023, e manteve a cassação dos diplomas de Siron Queiroz dos Santos e Marlos Souza Borges, expedidos em razão das Eleições Municipais, em 2020.

Para assumir os cargos vagos, disputarão as funções de prefeito e vice, respectivamente, os candidatos Tenilson Pedreiro (Solidariedade) e Claudio Fontana (PP), da coligação Juntos Faremos Mais; e Osélia do Ailton (PL) e Neto Pimenta (PL).

Para votar

Para votar, basta levar um documento oficial com foto, tal como: e-Título; carteira de identidade; identidade social; passaporte ou outro de valor legal equivalente – inclusive carteira de categoria profissional reconhecida por lei –; certificado de reservista; carteira de trabalho; e Carteira Nacional de Habilitação.

O título eleitoral não é documento obrigatório para ir às urnas; contudo, é indicado levá-lo para agilizar a identificação perante o mesário. A eleitora ou o eleitor que cadastrou dados biométricos (digitais e foto) também precisa levar documento de identidade oficial com fotografia.

Eleições suplementares

As eleições suplementares, que tiveram o calendário deste ano definido pela Portaria do TSE nº 881/2023, são reguladas pela Lei nº 4.737/1965 (Código Eleitoral). Elas ocorrem quando há nulidade de votos que atinja mais da metade da votação para os cargos majoritários de presidente da República, governador e prefeito.

Também poderão ser convocadas novas eleições quando a Justiça Eleitoral determinar o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário, independentemente do número de votos anulados. Nesta última hipótese, o pleito será direto, exceto se a vacância ocorrer a menos de seis meses do fim do mandato.

Resolução TRE-GO nº 399/2024 determinou as instruções para a realização das Eleições Suplementares em Turvelândia, aprovando o calendário eleitoral.

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