Economia

Indicador de Incerteza da Economia recua 6,4 pontos em abril

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O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) recuou 6,4 pontos em abril para 114,9 pontos (pts), menor nível desde janeiro de 2020 (112,9 pts), período anterior à pandemia de covid-19 no país. O índice foi divulgado hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Segundo a economista do Ibre/FGV, Anna Carolina Gouveia, com o resultado de abril, o indicador retornou ao patamar anterior à pandemia pela primeira vez desde o início da crise sanitária. “Um nível bastante inferior ao dos piores momentos da crise, mas ainda elevado em termos históricos. A convergência a este patamar ocorre exatamente dois anos após o pior momento da crise, e reflete em grande medida a sensação de que a pandemia estaria sob controle”, disse ela, em nota.

A economista acrescentou que o resultado também foi influenciado por uma visão menos pessimista em relação ao impacto potencial de curto prazo do conflito entre Rússia e Ucrânia no país.

Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam em sentidos opostos em abril. O componente de mídia caiu 8,3 pontos, para 113,6 pontos, menor nível desde fevereiro de 2020 (113 pts). A queda deste componente contribui negativamente em 7,2 pontos para o índice agregado. “Já o componente de expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu 3,8 pontos, para 114 pontos, contribuindo positivamente em 0,8 ponto para a evolução na margem do IIE-Br”, informou a FGV.

“A tendência do IIE-Br para os próximos meses dependerá da continuidade da sensação de retorno à normalidade pré-pandemia e dos desdobramentos das tensões geopolíticas. Seguirão também no radar nos próximos meses fatores como a inflação e as eleições presidenciais”, afirmou Anna Carolina.

De acordo com a economista, a alta do componente de Expectativa foi motivada pelo aumento da dispersão das previsões dos especialistas de mercado para a inflação e o câmbio.

“A política monetária do Banco Central de alta dos juros tem sinalizado fortemente seu objetivo em conter a inflação, porém a alta dos preços mundiais, motivada pela pandemia e intensificada pela guerra na Ucrânia, pode ter influenciado na maior heterogeneidade das previsões no horizonte de 12 meses. O cenário externo, com temas como o conflito na Ucrânia, e a política monetária dos Estados Unidos, também podem estar influenciando na maior dispersão das previsões do câmbio.”

Edição: Valéria Aguiar

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Economia

Goiás conquista nota “A” na classificação de desempenho do Regime de Recuperação Fiscal

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Órgão ligado ao Ministério da Fazenda volta a atribuir nota máxima ao estado por cumprimento de compromissos do RRF

Goiás recebeu mais uma nota “A” na classificação de desempenho feita pelo Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O documento do Ministério da Fazenda atesta que Goiás cumpriu todas as metas acordadas no RRF no segundo semestre de 2023, mantendo o bom desempenho alcançado no primeiro semestre do ano passado.

A nota “A” foi atribuída a Goiás por “não terem sido verificadas violações às vedações na lei ou atrasos nas medidas de ajuste fiscal e constatado o cumprimento das metas e compromissos fiscais”, atesta o relatório. O documento é elaborado, semestralmente, pelo Conselho que monitora as ações do estado ao longo do período de vigência do RRF, tendo por foco a manutenção das condições e ações pactuadas no plano.

A classificação de desempenho é determinada com base na apuração dos indicadores de inadimplência com relação às vedações previstas no art. 8º da LC nº 159/2017, além da implementação das medidas de ajuste e do atendimento dos compromissos previstos no Plano de Recuperação Fiscal.

“Mais uma vez o Conselho de Supervisão do RRF atesta a postura fiscal exemplar do Governo de Goiás. Assumimos e honramos nossos compromissos com o RRF, porque isso significa melhorar cada vez mais a saúde financeira do estado”, destaca o governador Ronaldo Caiado. De acordo com ele, é justamente a gestão rigorosa das contas que permite ao estado investir em educação, saúde, segurança pública e programas sociais.

Para a secretária da Economia, Selene Peres Peres Nunes, a permanência do estado com a nota máxima reconhece o compromisso fiscal da atual gestão e também credencia Goiás a colocar em discussão aperfeiçoamentos necessários para as regras do RRF, em especial no que tange à atual regra de correção do teto de gastos da Lei Complementar nº 159/2017. “O atual critério, que reajusta o teto de gastos apenas pela inflação, é injustificadamente rígido a médio prazo, penalizando estados que, como Goiás, seguem um caminho responsável”, frisou ela.

A manutenção da nota “A”, a máxima na classificação, é “reflexo do compromisso do Governo Estadual e de todas as áreas da Economia, sobretudo, a Assessoria Especial de Monitoramento Fiscal e Planejamento Financeiro, no desempenho de um trabalho meticuloso e responsável”, avalia o subsecretário do Tesouro Estadual, Wederson Xavier. Ele lembra que “mesmo antes da adesão ao RRF, cuja vigência se iniciou em janeiro de 2022, Goiás demonstrou cumprimento exemplar de todas as exigências e regramentos associados”.

O resultado foi comunicado à Secretaria da Economia na última terça-feira (30/4). O Conselho de Supervisão do RRF de Goiás é composto por representantes do Ministério da Fazenda, do Tribunal de Contas da União e do Estado de Goiás.

Fotos: Secom / Secretaria da Economia – Governo de Goiás

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