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Inaugurado símbolo da era de ouro do rock de Brasília

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Foi em clima de saudade e celebração que a Secretaria de Turismo (Setur) inaugurou, na quinta-feira (11), a placa Colina – Onde Tudo Começou. A homenagem, situada no Bloco A da Colina da Universidade de Brasília (UnB), sinaliza um dos 40 pontos da Rota Brasília Capital do Rock, criada pela Setur para se agregar às ações de incentivo à atividade turística na capital federal. A iniciativa tem curadoria de Philippe Seabra, guitarrista e vocalista da banda Plebe Rude, um dos destaques dos anos de mais atividade do rock brasiliense.

“O governador Ibaneis Rocha tem dado todas as condições para fazer essas homenagens ao rock de Brasília” Vanessa Mendonça, secretária de Turismo

Foi na Colina, onde moravam os professores da Universidade de Brasília (UnB), que Renato Russo e Felipe Lemos se encontraram, em 1978, para montar a banda de rock Aborto Elétrico. Ali eles também conheceram Toninho Maia, que frequentava a quadra para jogar bola ao lado do irmão mais velho, conhecido como Tio Jorge. Recentemente falecido por complicações decorrentes da covid-19, Toninho, que havia construído carreira como guitarrista de jazz e produtor musical, foi homenageado durante a inauguração da placa.

“Nós temos muita história para contar desse lugar aqui”, reforçou a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça. Ela agradeceu o apoio e parceria do secretário de Economia, André Clemente, que encampou a parceria com a Setur para tornar viável a Rota Brasília Capital do Rock, e ao governador Ibaneis Rocha – que, conforme ressaltou, “tem dado todas as condições para fazer essas homenagens ao rock de Brasília”.

A Colina foi um dos celeiros do rock brasiliense; local ganhou placa turística comemorativa | Foto: Divulgação/Setur

A Setur convidou um grupo de agentes de viagem, representantes de operadoras de turismo, guias especializados, jornalistas e influenciadores digitais para um minitour que percorreu pontos como a 508 Sul, onde as bandas se apresentavam na Feira de Música nos anos 1980, e a Upis (712/912 Sul), onde está montada uma exposição com fotos, discos, instrumentos, cartazes de shows e até Disco de Ouro dos artistas que construíram a história do rock brasiliense.

Presente à inauguração da placa, o irmão de Toninho Maia, disse que estava emocionado e lembro de como ele e o irmão tiveram o primeiro contato com os roqueiros, ali, de baixo do Bloco A da Colina. “Nós vínhamos da 408 Norte para cá jogar bola com eles”, lembrou Tio Jorge. “O Toninho tinha 15 anos e tocava guitarra. Eles foram para o rock e o Toninho para o jazz, mas depois eles se reencontraram no Edifício Radiocenter, onde o Toninho tinha o estúdio de gravação, o Artemanha, e também a banda de jazz, que era ao lado da sala de ensaio da Plebe Rude, Escola de Escândalos e Legião Urbana”.

Momento histórico

Guia turística e moradora de Brasília, Eliana Barbosa participou da inauguração da placa da Colina e disse acreditar que a cidade merece reviver esses tempos: “Tudo isso precisa ser reforçado, pois, com o passar dos anos, Brasília foi miscigenando os estilos e perdendo a origem, o princípio, os primeiros anos, as primeiras gerações da cidade e o que eles produziram”, avaliou.

“O turista hoje quer isso, o turismo de experiência, vivenciar as coisas que a cidade tem, sair daquele tradicional de ver só os monumentos” Leonardo José Brandt, professor de Turismo da Upis

Também presente à inauguração, o diretor musical do clube do Choro, Henrique Neto, endossou a fala de Eliana: “Eu acho fundamental [essa iniciativa], porque registra esse momento histórico e cultural da cidade e traz um novo significado aos espaços que estamos habituados a ver. Então, é um resgate cultural fundamental para quem quer conhecer Brasília por esse viés mais artístico, mais cultural”.

Outra pessoa a saudar a iniciativa da Setur foi a empresária Gabriela Wiederman, que, durante a solenidade de inauguração da placa da Colina, resumiu: “Brasília não é só o Congresso, Brasília não é só isso; Brasília é isso aqui, isso aqui é o nosso âmago, nosso coração”.

O professor de Turismo da Upis Leonardo José Brandt avalia que a atividade turística deve valorizar o que é importante na cidade, resgatar a sua história. “O turista hoje quer isso, o turismo de experiência, vivenciar as coisas que a cidade tem, sair daquele tradicional de ver só os monumentos”, pontuou.

“Brasília tem várias rotas para a gente visitar, não só a do rock – mas, especificamente sobre a Rota do Rock, eu estou muito orgulhoso e sei que dá para crescer muito mais”, avaliou o professor. “A inauguração das placas é o início de uma série de produções associadas ao turismo, como o museu definitivo, souvenirs… Enfim, podemos fazer muitas coisas.”

*Com informações da Secretaria de Turismo

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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