Saúde

Hospitais federais no Rio perdem 1,4 mil profissionais temporários

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Os contratos temporários de 1.419 profissionais de saúde de hospitais federais no estado do Rio de Janeiro foram encerrados no fim de semana, depois de terem sido estendidos por até 60 dias pela Medida Provisória 1.022, de 31 de dezembro de 2020.

Para tentar reverter a saída dos profissionais, servidores da rede federal de saúde do Rio de Janeiro fizeram um protesto na manhã de hoje (1), reivindicando que os trabalhadores retornem às unidades e tenham seus vínculos renovados.

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde e Previdência Social do Estado (Sindsprev-RJ) disse que a dispensa em meio à pandemia da covid-19 prejudica a qualidade da assistência na rede federal, que conta com seis hospitais e três institutos. Em vistorias recorrentes nos últimos anos, o sindicato, órgãos profissionais, como o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) e o Conselho Regional de Enfermagem, e a Defensoria Pública da União apontam déficit de profissionais nas unidades federais de saúde no Rio de Janeiro.

Os 1.419 contratos de médicos, enfermeiros e outros trabalhadores da saúde prorrogados pela medida provisória eram parte dos 3.592 profissionais temporários que haviam sido mantidos por meio de outra MP, editada em maio.

Ao renovar parte dos contratos no fim do ano passado, o governo federal afirmou que “a não prorrogação geraria risco de descontinuidade, especialmente na assistência médica de alta complexidade, incidência de erros médicos e outros problemas assistenciais com impactos irreversíveis e incalculáveis”.

Em 10 de fevereiro, o ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), reconheceu que há subutilização relevante da capacidade física dos hospitais federais no Rio de Janeiro em função da carência de pessoal. Ao atender parcialmente uma representação do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU), Zymler pediu que o Ministério da Saúde apresentasse, entre outras informações, as ações planejadas para lidar com a saída dos 1.419 profissionais.

Segundo o MPTCU, os hospitais e institutos federais no Rio de Janeiro têm 770 leitos impedidos, o que representa uma indisponibilidade média de 48%. A reativação desses leitos, segundo o órgão, passaria pela disponibilização de recursos humanos adequados.

Ministério da Saúde

A Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro disse nesta segunda-feira, por meio de nota, que a prorrogação contratual de até 60 dias foi cumprida conforme determinação da medida provisória do fim do ano passado.

O Ministério da Saúde disse ainda que realizou processo seletivo em 2020 para a contratação de 4.117 profissionais de saúde, e 3,3 mil já se apresentaram nas unidades. Segundo a pasta, “providências estão sendo tomadas para que a totalidade desta contratação ocorra com a maior brevidade possível”.

* Colaborou Tâmara Freire, repórter do Radiojornalismo da EBC

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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