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Hoje é Dia: semana tem 200 anos do Dia do Fico e Dia do Astronauta

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Um dos acontecimentos mais marcantes da semana que começa foi lembrado no domingo (9): o Dia do Fico, que, em 2022, chegou ao seu bicentenário. No dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I realizou um ato que ficou marcado na história do Brasil. Mas, para chegar até este momento, é preciso compreender a circunstância de crise do império português:, em 1820, uma revolução estourou na cidade do Porto, motivada pela ida da família real portuguesa para o Brasil, em 1808. Parte dos portugueses se revoltaram com o deslocamento do poder do império para as colônias, e exigiu o retorno dos monarcas. Nesse contexto, D. João VI, rei de Portugal na época, voltou à sua terra com receio de perder o trono, deixando o seu filho D. Pedro I como o príncipe regente do Brasil.

 As cortes portuguesas, depois de um tempo, pediram o retorno de D. Pedro I para a Europa, para cessar os pedidos de independência do Brasil, que cresciam cada vez mais entre os brasileiros. No entanto, o príncipe regente comunicou que tinha a intenção de desobedecer a essas ordens e permanecer na colônia. E, no dia 9 de janeiro de 1822, atendendo a um pedido de um abaixo-assinado feito pelas províncias de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, D. Pedro I anunciou que ficaria no Brasil e proclamou a famosa frase: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico”. Esta decisão acabou significou o começo de uma separação da colônia do império português (saiba mais sobre os bastidores do processo de independência do Brasil neste episódio do Na Trilha da História, da Rádio Nacional).

 Esse fato foi contado pelo quadro Nossa História, da antiga TV NBR (atual TV Brasil). Assista:

 

Viajantes do espaço

Também no dia 9, foi comemorado no Brasil o Dia do Astronauta. A data foi escolhida para homenagear a Missão Centenário, fruto de um acordo entre a Agência Espacial Brasileira e Agência Espacial Russa. Isto possibilitou que, pela primeira vez, um astronauta brasileiro fosse ao espaço: o tenente-coronel Aviador da Força Aérea Brasileira Marcos Pontes, que atualmente é o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações. A viagem, com destino à Estação Espacial Internacional, ocorreu em março de 2006 e durou dez dias.

Astronaut Marcos Pontes Astronaut Marcos Pontes

Astronauta Marcos Pontes – Foto: Bill Ingalls/NASA

Em entrevista ao Tarde Nacional, programa da Rádio Nacional, Pontes, que é formado em engenharia aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), contou sua trajetória profissional, como foram os anos de treinamento na Nasa, e detalhou o que aconteceu desde que embarcou no foguete até o retorno à Terra. Ele também conta como se alimentou dentro da Estação Espacial Internacional e outros fatos curiosos de quem empreendeu a jornada ao espaço. Ouça:

Poluição por agrotóxicos

O dia 11 de janeiro foi escolhido como o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos. A data foi instituída para fomentar a discussão sobre o uso dos chamados “defensivos agrícolas”, que comprovadamente fazem mal à saúde daqueles que os aplicam e de quem os consome. Além disso, devido à sua grande disseminação no Brasil e em outros países do mundo, também pode causar grandes danos ao meio ambiente. Em 2011, o Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, dedicou uma edição ao assunto. Assista a primeira parte aqui (a reportagem completa está disponível no canal da TV Brasil no YouTube)

Reportagem da Rádio Nacional lembra que o Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo (ouça aqui). Esta matéria da Agência Brasil conta como a poluição causada pelos agrotóxicos encurtam a vida e mudam o comportamento das abelhas. E o programa Viva Maria, da Rádio Nacional, reforçou os males da poluição pelo uso excessivo de agrotóxicos:

Guardião do patrimônio

Em 13 de janeiro de 1937, foi criado, por meio da Lei nº 378, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) – que hoje é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Completando 80 anos, o instituto foi criado em 1937, no governo de Getúlio Vargas (saiba mais sobre a história da conservação do patrimônio histórico brasileiro no quadro Constituição Cidadã, de 2018), e desde então, atua para promover e proteger a cultura brasileira. Hoje ele é vinculado ao Ministério do Turismo, e atua com diversas ações pela preservação dos bens culturais. Para saber mais sobre o Iphan, assista a entrevista do programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, com a presidente Larissa Peixoto. Ela fala sobre a história do Iphan, esclarece conceitos como os de patrimônios históricos material, imaterial, arqueológico e paisagístico, e ainda explica como solicitar os registros junto ao instituto:

 

Confira a lista semanal do Hoje é Dia com datas, fatos históricos e feriados:

9 a 15 de janeiro de 2022
9

Dia do Fico (200 anos) – foi quando o então príncipe regente, D. Pedro de Alcântara, foi contra as ordens das Cortes Portuguesas, que exigiam sua volta à Lisboa, e decidiu ficar no Brasil, após pedido da população. O episódio marcou o início de um processo que terminaria com a Independência do Brasil

Dia do Astronauta – comemoração em homenagem à Missão Centenário. Realizada pela Agência Espacial Brasileira (AEB) no ano de 2006, a missão foi responsável pela viagem de Marcos Pontes, o primeiro brasileiro no espaço, para a Estação Espacial Internacional (EEI)

10

Lançamento do filme Metropolis, de Fritz Lang, na Alemanha (95 anos) – foi, na época, a mais cara produção até então filmada na Europa, e é considerado, por especialistas, um dos grandes expoentes do expressionismo alemão

Criação da Área de Proteção Ambiental (APA) do Planalto Central (20 anos)

Cortejo artístico pela orla de Ipanema para anunciar a montagem da lona para estreia do Circo Voador, na praia do Arpoador (40 anos)

11

Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos

Dia Internacional do Obrigado

12

Morte do romancista, médico, político, professor, crítico literário, ensaísta, romancista e historiador baiano Afrânio Peixoto (75 anos)

Cratera do Metrô mata sete pessoas em São Paulo (15 anos)

13

Decreto de criação oficial do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), hoje Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) (85 anos) – foi a primeira denominação do órgão federal de proteção ao patrimônio cultural brasileiro

15

Morte do mestre popular de Bumba meu Boi, Seu Teodoro (10 anos)

*com supervisão de Nathália Mendes

Edição: Nathália Mendes

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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