Política

Governo veta parcialmente alteração na legislação das farmácias

Publicado

em

O governador Ronaldo Caiado (UB) vetou parcialmente a propositura que altera Lei nº 18.135/2013, que  regulamenta as atividades suplementares em farmácias e drogarias, estabelecendo práticas e atividades que promovam a saúde da população. O veto, que tramita na Alego sob o número 10418/22, recai sobre cinco dispositivos do autógrafo de lei, que é de autoria do líder do Governo, deputado Bruno Peixoto (UB).

 O chefe do Poder Executivo recapitulou, em sua justificativa, que a proposta busca permitir a participação de farmácias em campanhas e programas de educação sanitária promovidos pelo poder público ou pelos Conselhos Federal e Regional de Farmácia, também possibilitar que serviços farmacêuticos e procedimentos de apoio possam ser realizados no domicílio do paciente. Propõe-se, ainda, ampliar a quantidade de produtos e serviços que podem ser oferecidos pelas farmácias e drogarias. Por último, inclui na norma em vigor o artigo 4º-A, o qual dispõe sobre as farmácias de manipulação.

A pedido da Governadoria, a Secretaria de Estado da Saúde emitiu parecer sobre o autógrafo em questão. Conforme o despacho da pasta, o parágrafo 2º, que dá nova redação proposta para o artigo 1º da legislação, não prosperaria porque a prestação de atenção farmacêutica domiciliar por farmácias e drogarias somente seria permitida a estabelecimentos devidamente licenciados e autorizados pelos órgãos sanitários competentes, como estabelece resolução da Anvisa. Essa cautela não consta da proposta parlamentar, que somente condiciona a prestação em domicílio de serviço farmacêutico ao consentimento do paciente. Portanto, como a norma regulamentadora federal impõe critério de maior segurança na prestação desse serviço, é recomendável o veto a esse dispositivo.

Já os incisos VI e VII, que seriam acrescidos ao artigo 4º também da Lei nº 18.135/2013, autorizariam as farmácias e as drogarias a prestarem serviços relacionados às práticas integrativas e complementares como a aplicação de reiki, de técnicas de tratamento como acupressura (do-in), auriculoterapia, cromoterapia e terapia floral. Seriam possibilitadas, ainda, a demonstração e a aplicação de produtos de perfumaria, cosméticos, dermocosméticos ou similares, além da análise capilar para fins estéticos. Quanto a isso, a secretaria evidenciou que a resolução da Agênia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dispõe que é vedada a utilização de qualquer dependência de farmácia ou drogaria como consultório ou para fim diverso do fixado no seu licenciamento. Essa proibição decorre, inclusive, da Lei Federal nº 5.991/1973.

O veto ao artigo 4º-A, que trata da autorização para a manipulação, a comercialização e a dispensação das preparações ou dos produtos elencados nos seus incisos I ao XIV, decorre também da manifestação técnica da pasta. “Argumentou-se, por se tratar de regulamentação de atividades de estabelecimentos de saúde, que há desconformidade outra resolução da Agência. Ela fixa os requisitos mínimos exigidos para o exercício das atividades de manipulação de preparações magistrais e oficinais das farmácias. Abrangem-se instalações, equipamentos e recursos humanos, além de aquisição e controle de qualidade da matéria-prima, armazenamento, avaliação farmacêutica da prescrição, da manipulação, do fracionamento, da conservação, do transporte e da dispensação das preparações. Ainda se inclui a atenção farmacêutica aos usuários ou a seus responsáveis para a garantia de qualidade, segurança, efetividade e promoção do uso seguro e racional do item manipulado”, observou Caiado em sua justificativa. 

O veto passara pela análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que emitirá parecer a ser deliberado pelo Plenário em votação única e secreta.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

Comentários do Facebook

Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

Publicados

em

Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA