Saúde

Governo de Minas define quarentena em duas regiões do estado

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O governo de Minas Gerais anunciou hoje (3), em entrevista coletiva, quarentena de 15 dias para duas regiões do estado: Triângulo Norte e noroeste. No total, 80 municípios passarão a ter restrições mais rígidas, ficando permitido o funcionamento apenas dos serviços essenciais e com toque de recolher de 20h às 5h.

A administração estadual criou uma nova categoria no plano de medidas de distanciamento do estado (Minas Consciente), que denominou de “onda roxa”. Nas duas regiões enquadradas nessa nova condição, a circulação ficará restrita apenas a situações relacionadas aos serviços essenciais.

Entre as atividades essenciais estão supermercados e outras empresas de alimentos, estabelecimentos de saúde, serviços de interesse público (água, esgoto, correios), conserto de equipamentos e carros, construção civil e indústrias relacionadas a esses setores.

Bares e restaurantes só poderão funcionar no sistema de entrega. O uso de máscara facial é obrigatório em espaços públicos e privados de uso coletivo. Ficam proibidos quaisquer eventos públicos ou privados que possam provocar aglomerações.

As pessoas que não respeitarem as regras serão inicialmente advertidas pelos policiais, mas podem ser responsabilizadas por desacato ou dentro das violações previstas no código de saúde do estado.

Os municípios nas duas regiões são obrigados a seguir as regras da quarentena. A medida impositiva é novidade, uma vez que, até então, o governo classificava as regiões nas ondas do plano Minas Consciente, mas as prefeituras tinham a opção de aderir, ou não.

“Na onda roxa, a adesão é impositiva, porque estamos falando do colapso da rede de saúde da região, não é problema municipal, é regional. Em Uberlândia e de Patos de Minas, prefeitos tomaram medidas já duras, mas não é o suficiente que essas cidades-polo façam a adoção dessas medidas, se os municípios da região no entorno continuam produzindo pacientes e enviando para estas cidades”, disse o governador Romeu Zema.

Além dessas regiões, as do Triângulo Sul, norte e leste do sul estão em constante observação. O governador Romeu Zema afirmou que, se a situação se agravar, o governo poderá, a qualquer momento, decretar a inclusão de novas regiões na onda roxa.

O comitê de enfrentamento à covid-19 do estado analisa indicadores para avaliar as ondas, como a incidência do vírus e o crescimento desta, o nível de mortalidade e a taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI).

Romeu Zema disse que a medida é necessária diante da iminência de colapso nos sistemas de saúde dessas regiões. Apesar da taxa geral de ocupação de leitos de UTI do estado estar em 74%, nas duas regiões colocadas na onda roxa os sistemas de saúde não estão conseguindo atender a toda a demanda.

O governador acrescentou que espera uma melhoria do quadro com a ampliação da vacinação. Zema informou que esteve em Brasília ontem (2) juntamente com outros governadores visitando a fábrica da União Química, que irá produzir a vacina Sputnik V. A previsão é de fabricação de 8 milhões de doses por mês a partir de abril.

Ainda conforme o governador, o Executivo Federal teria prometido mais 80 milhões de doses nos meses de março e abril, montante superior às 20 milhões de doses disponibilizadas em janeiro e fevereiro.

De acordo com o informe epidemiológico da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, foram registrados 6.565 casos e 227 mortes nas últimas 24 horas. No total, o estado já teve 893.645 pessoas infectadas e 18.872 mortos em razão da pandemia.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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