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Governadora do DF aguarda esclarecimentos da PM sobre falha no domingo

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A governadora em exercício do Distrito Federal (DF), Celina Leão, atribuiu à Secretaria de Segurança Pública a responsabilidade pela mudança de planejamento na segurança da manifestação de domingo (8), na Praça dos Três Poderes, que culminou na invasão e depredação das sedes do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto.

Em coletiva de imprensa, na tarde de hoje (10), ela disse esperar as informações sobre tal mudança: “virá à tona por que mudaram o planejamento e por que passaram as informações erradas para o governador Ibaneis”.

Celina espera ainda que o ex-comandante da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira, que teve a prisão decretada por determinação do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, esclareça esses fatos. O governador Ibaneis Rocha está afastado do comando do DF também por ordem de Moraes. “As pessoas que estão sendo presas hoje vão dizer de quem partiu a ordem, e o inquérito vai trazer isso à tona”, afirmou Celina Leão.

O Secretário da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, havia conversado na tarde de domingo com o senador Veneziano Vital do Rêgo, presidente em exercício do Senado, sobre o andamento das manifestações. Vital do Rêgo recebeu de Rocha a informação de que estava tudo sob controle, momentos antes do prédio do Congresso ser invadido e depredado.

Segundo Rocha, ele não tinha conhecimento do planejamento de segurança e apenas repassou a informação obtida em conversa com Vieira. “Eu estive em contato com o senador Veneziano. Ele me pediu informações, eu não sou da área de segurança, não participei do planejamento. Entrei em contato com o comandante da Polícia Militar e repassei as informações que ele me passou”.

A mesma informação foi repassada pelo secretário ao ministro da Justiça, Flávio Dino. Em coletiva de imprensa ontem (9), Dino também responsabilizou a mudança de última hora no planejamento da segurança pela tragédia ocorrida no domingo.

Celina Leão, no entanto, não responsabiliza a Polícia Militar como um todo e usou como exemplo a posse do presidente Lula, uma semana antes, quando o esquema de segurança foi adequado e não houve ocorrências. “A mesma segurança pública que deu suporte para o presidente Lula tomar posse foi a que cometeu a falha. No meu entendimento houve uma falha. O inquérito vai poder identificar as responsabilidades”.

Detidos

Rocha afirmou que o GDF está dando suporte às pessoas detidas após a manifestação, que culminou em uma série de atos de vandalismo, agressão a policiais e depredação de patrimônio público. Já foram fornecidas 7,8 mil refeições, incluindo café da manhã, almoço e jantar; também foram distribuídos colchões.

Segundo ele, já não há mais idosos e crianças na Academia da Polícia Militar, para onde foram levadas as pessoas que estavam nos acampamentos montados em frente ao Quartel General do Exército. Nesses acampamentos estavam centenas de pessoas pedindo intervenção militar no país e a deposição de Lula da Presidência da República.

Rocha informou que 54 profissionais de saúde foram deslocados para prestar atendimento às pessoas que passaram mal durante a detenção. Também está sendo feito atendimento psicológico a quem precisa. “Só agora algumas pessoas estão entendendo que foram presas”.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Geral

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Em função da calamidade no Rio Grande do Sul, Governo adia Concurso Público Nacional Unificado

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A nova data será anunciada quando houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional

Em razão da situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será adiado em todo o país. A nova data vai ser anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira, 3 de maio, pela ministra da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos, Esther Dweck.

A decisão foi tomada de forma coletiva, após análise das condições no Rio Grande do Sul, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Procuradoria-geral do Estado do Rio Grande do Sul, além do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A oficialização da medida foi efetivada a partir de um Termo de Acordo (confira em anexo).

“Essa decisão de adiamento busca garantir a integridade dos participantes, inclusive sua integridade física nas regiões onde seria impossível o deslocamento. Mas é uma integridade em todas as dimensões, preservando a vida das pessoas e também conferindo segurança jurídica ao concurso, que é algo essencial para todo mundo que está prestando concurso”, afirmou Esther Dweck.

A ministra assegurou que nos próximos dias, após a resolução das questões logísticas envolvidas, será anunciada a nova data. “Não temos uma nova data. Eu quero deixar claro que podemos, nas próximas semanas, divulgar a nova data. Nesse momento, toda a questão logística envolvida com a prova não nos permite dar uma nova data com segurança. A gente imagina que algumas semanas, ou até menos, a gente consiga divulgar a nova data”, enfatizou.

A ministra Esther Dweck enfatizou que a solução é a mais segura para todos em todo o país, ao garantir as mesmas chances para todos os candidatos em todos os lugares. “O adiamento reforça o compromisso do governo com a construção de um país melhor, um país mais inclusivo, com respeito ao próximo e a construção de uma democracia com a cara do Brasil. Por isso a gente não pode deixar ninguém de fora”, declarou Dweck.

O governo ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária” Paulo Pimenta, ministro da Secom

EMERGÊNCIA – Para o ministro Paulo Pimenta, a decisão, além de garantir isonomia a todos os candidatos, permite ao Governo Federal focar ainda mais os esforços na ajuda humanitária necessária ao Rio Grande do Sul. “O governo federal ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento da prova em todo Brasil. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária”, disse.

O ministro afirmou que o foco do Governo Federal está no resgate das vítimas e restabelecimento das condições básicas de infraestrutura, como desobstrução de vias e restabelecimento de serviços essenciais, como energia elétrica e comunicações. Ele destacou que, devido à continuidade das chuvas, ainda não é possível calcular o alcance total dos danos. “Isso é aquilo que chamamos de segunda etapa: trabalho de reconstrução. E esse levantamento dos valores se dará a partir do plano de trabalho apresentado por cada município e pelo estado, mediante homologação da defesa civil”.

Pimenta disse que não há um valor acordado, mas assegurou que o Governo Federal não estabelecerá um limite para os recursos e irá prover o suporte financeiro necessário para a reconstrução das cidades. “O que o presidente Lula afirmou ontem é que não há limite definido. Vamos disponibilizar o recurso necessário para que, nas questões de responsabilidade do Governo Federal, todos os pleitos de reconstrução sejam atendidos”, declarou. Pimenta e o ministro da Integração de do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, voltam neste sábado para o Rio Grande do Sul para instalar um escritório de governo no estado.

ENEM DOS CONCURSOS – Conhecido como Enem dos Concursos por sua abrangência, o Concurso unificado tem mais de 2,14 milhões de inscritos de todas as regiões do país. Eles vão concorrer a 6.640 vagas em 21 órgãos da Administração Pública Federal. Quando remarcadas, as provas devem ocorrer em 228 municípios de todos os estados e no Distrito Federal.

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