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GDF Saúde terá redução de valores e atendimento em rede nacional

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O GDF Saúde, plano de saúde do funcionalismo público do Distrito Federal l, vai contar com duas grandes novidades: uma linha para atender servidores que recebem até cinco salários mínimos e uma rede de atendimento nacional para aqueles que já fazem parte do plano de saúde.

As novidades foram anunciadas pelo governador Ibaneis Rocha nesta quarta-feira (27), véspera do Dia do Servidor, em cerimônia no Palácio do Buriti. Com a mudança, o GDF Saúde passa a ter duas linhas, uma nacional e outra distrital.

O plano nacional é para aqueles servidores que já fizeram sua adesão e, a partir de agora, terão direito a atendimento em rede nacional. Já o plano distrital será para servidores com remuneração de até cinco salários mínimos que se interessarem em aderir ao GDF Saúde. Este, porém, não dá direito a atendimento em rede nacional.

As mudanças foram sugeridas pelo governador Ibaneis Rocha e elaboradas pelo Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal (Inas), que administra o plano. “Amanhã (quinta, 28), nós vamos lançar mais uma linha do plano para aqueles que ganham menos. Mas nós já temos um plano de saúde que foi prometido por diversos governadores e agora ele é realidade. E sabe por quê? Porque nós nos preocupamos com as vidas e as famílias dos servidores”, disse o governador Ibaneis Rocha durante o anúncio.

Na prática, o GDF Saúde distrital vai representar uma redução de 50% nos valores pagos atualmente. Quem paga hoje R$ 400 na condição de titular, vai desembolsar R$ 200. A redução vale para dependentes e também para aposentados e pensionistas e seus dependentes.

“Nós temos um leque de 48 mil servidores que recebem até cinco salários mínimos e que não aderiram ao plano por uma série de questões. Sabemos que o custo de vida subiu, a gasolina está mais cara, o gás também, então criamos essa linha para atender esses servidores”, explica Ney Ferraz, presidente do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal (Inas).

As mudanças vão ser feitas por meio de portaria a ser publicada no Diário Oficial do Distrito Federal.

1 ano salvando vidas

Lançado pelo GDF em 28 de outubro de 2020, o GDF Saúde já atende cerca de 50 mil vidas. Neste período, foram realizadas 52 mil consultas, mais de 800 cirurgias e quase duas mil internações.

O plano conta hoje com 26 hospitais credenciados e mais de 2,2 mil prestadores de serviço credenciados, entre clínicas, laboratórios, associações e também uma cooperativa. Em relação ao tratamento de covid-19, foram 323 internações pela doença, sendo que 74 resultaram em internação em UTI. Também de um ano para cá, os beneficiários fizeram quase seis mil exames RT-PCR pelo plano de saúde.

“O GDF Saúde hoje é uma realidade e salva vidas. São quase 50 mil vidas que se beneficiam do GDF Saúde. A nossa rede credenciada está entre as melhores do Distrito Federal”, acrescenta Ney Ferraz.

2,2 milé o total de prestadores de serviço credenciados pelo GDF Saúde

Aprovação

Uma pesquisa recente feita pelo Inas apontou que 92% dos beneficiários do GDF Saúde estão satisfeitos com o plano. Foram entrevistadas 2.788 pessoas por telefone ou plataforma digital.

A consulta aos beneficiários abrangeu temas como: o grau de satisfação, a rede credenciada, a cobertura de procedimentos, o atendimento, os prazos de autorizações, a qualidade do atendimento nos hospitais credenciados, entre outros. “A nossa principal conquista é a satisfação dos beneficiários, que colocaram o GDF Saúde na ‘Zona de Qualidade’ , com índices de 92% de aprovação na última pesquisa feita por nós”, comemora Ney Ferraz.

A servidora pública Beatriz Machado Carneiro de Abreu, de 52 anos, é beneficiária do plano desde junho de 2021. Ela conta que a experiência tem sido positiva. “Comecei a usar o plano fazendo meus check ups e fui bem atendida em todos os lugares que fui, tanto as clínicas quanto os laboratórios. As autorizações para exames foram rápidas”, afirma. Ainda segundo Beatriz, foi uma grande surpresa quando o governador Ibaneis Rocha anunciou a criação do plano em 2020. “Foi uma grande alegria. Os planos de saúde estão muito caros e o custo do GDF Saúde é muito bom. Muitas vezes não usamos o plano, e esse sendo coparticipação você paga pelo o que usou”, disse.

A professora Élbia Pires de Almeida, de 48 anos, aderiu ao plano em maio de 2021. Ela comemora o fato de o plano ter saído do papel após anos de luta dos servidores. “Já utilizei os serviços e até o momento não tive dificuldades para usar o plano de saúde. Fui bem atendida. Há avanços a serem feitos no nosso plano, mas para este primeiro ano ele tem respondido às minhas expectativas. Estou muito satisfeita com o GDF Saúde”, conta.

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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