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‘GDF Presente’ acaba com erosão no acesso à Metropolitana

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Um buraco de cerca de 3m de profundidade e 8m de largura atrapalhava a passagem dos moradores entre o Núcleo Bandeirante e a Metropolitana. Causada pelas chuvas, a erosão ficava um pouco antes da ponte, que permite a circulação de pedestres no acesso ao bairro histórico. Conter e dar fim ao buraco foi uma das ações prioritárias da semana de trabalhos do GDF Presente no Núcleo Bandeirante, em parceria com a administração da cidade.

Buraco expunha ao risco moradores da Metropolitana; equipes do GDF Presente fizeram o conserto | Fotos: GDF Presente

A Metropolitana tem três acessos – dois para carros e um exclusivo para pedestres. O buraco estava bem ao lado da calçada por onde passam os pedestres. “O risco era a erosão crescer e desbarrancar a calçada”, afirma o diretor de Articulação da administração regional, Luciano Leão Amaro, um dos servidores que elaboram o cronograma do GDF Presente juntamente com o administrador da cidade, Adalberto Carvalho.

Segundo ele, a ponte é muito usada pelos moradores, pois fica ao lado de uma ciclovia, que também recebeu melhorias, como poda de árvores, recolhimento de folhas e galhos, roçagem e capina do mato. A erosão na ponte foi contida com a aplicação de resíduos de construção civil (RCC), o agregado de brita produzido pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Trata-se de uma mistura de pedregulho, areia, pedra britada, escória ou outros materiais minerais, usada em combinação com um ligante para formar uma espécie de argamassa.

PECs e parquinhos

Na semana de ações no Núcleo Bandeirante, as equipes do Polo Central Adjacente II também lavaram quatro pontos de encontro comunitário (PECs) e cinco parques infantis às margens da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia). Além disso, 35 toneladas de massa asfáltica foram usadas em diversos trechos do Núcleo Bandeirante, como nos blocos da área residencial, no Setor de Oficinas e no Setor de Indústria Bernardo Sayão.

Obras na Terceira Avenida, no Núcleo Bandeirante

Também foi concluída a reconstrução da mureta da calçada na Terceira Avenida que serve como proteção para os pedestres, pois a calçada é elevada. Além disso, foi feito o conserto de calçadas de pedra portuguesa na Avenida Central, enquanto cerca de 70 toneladas de entulhos foram recolhidas no Setor Habitacional Bernardo Sayão, na Placa das Mercedes, na Metropolitana e na Vila Cauhy. As equipes ainda recolheram entulhos e inservíveis no Lar dos Velhinhos Maria Madalena e no pátio da creche Casa da Mãe Preta.

Estradas rurais

“O trabalho facilitou o acesso de ambulâncias, bombeiros e viaturas da polícia, sem falar na circulação dos carros dos próprios moradores”Rodrigo Caverna, coordenador do Polo Adjacente II

Máquinas do Polo Central também estão sendo usadas em uma força-tarefa emergencial para ajustar vias sem asfalto da terceira etapa do Condomínio Porto Rico, em Santa Maria. Uma pá mecânica, um rolo compactador, uma patrol, uma retroescavadeira e três caminhões-pipa do GDF Presente, além de cinco caminhões da Administração Regional de Santa Maria e outros cinco da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), trabalharam na terraplanagem e ajustes de ruas de terra da região.

Máquinas ajustaram trechos sem asfalto em Santa Maria

Pelo menos 12 ruas receberam melhorias em um trabalho feito ao longo das duas últimas semanas. “Foi uma força-tarefa determinada pela Secretaria de Governo; as estradas estavam intransitáveis, parecia nem ter rua”, conta o coordenador do Polo Central Adjacente II, Rodrigo Caverna.

Segundo ele, os ajustes vão permitir uma melhor trafegabilidade na região. “O trabalho facilitou o acesso de ambulâncias, bombeiros e viaturas da polícia, sem falar na circulação dos carros dos próprios moradores”, informa o gestor. Cerca de 600 toneladas de RCC foram usadas na compactação do solo.

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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