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Fiesp recebe festival que mistura arte, criatividade e tecnologia

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A conexão entre a arte, a criatividade e a tecnologia. Esta é a base das mais de 230 obras que são apresentadas a partir de hoje (13) em mais uma edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), que acontece no Centro Cultural Fiesp, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo. Desde que foi criado, em 2000, o File apresenta o que há de novo em poesias e estética da arte eletrônica em todo o mundo.

Liminal

Para a edição deste ano, o tema é a Supercriatividade, que permeia trabalhos de videoarte, animações, games, trabalhos de realidade aumentada e de inteligência artificial, além de instalações interativas, tais como a Liminal, de Louis-Philippe Rondeau.

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP. Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP.

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica – FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP. – Rovena Rosa/Agência Brasil

Liminal é um arco que foi instalado no centro do espaço expositivo e que forma uma espécie de portal temporal: o visitante, ao passar por esse arco, vê sua imagem projetada na tela, por meio de uma técnica chamada slit-scan. O artista pretende trabalhar o limite entre o presente e o passado, criando uma metáfora visual, fazendo o visitante perceber a dilatação do tempo e de seu próprio reflexo.

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP. Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP.

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica – FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP. – Rovena Rosa/Agência Brasil

Outra obra de destaque é Augmented Shadow: Inside, do sul-coreano Joon Y Moon. Trata-se de uma obra inédita no Brasil: uma experiência de realidade aumentada que permite a interação com personagens em sombras virtuais de objetos reais tridimensionais, como portas, janelas e cadeiras.

Supercriatividade

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP. Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP.

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica – FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP. – Rovena Rosa/Agência Brasil

“Estamos retomando [o File] após quase três anos de pandemia. Essa edição tem duas frentes: uma adaptação do que a gente tinha pensado pré-pandemia, quando [o evento] não ocorreu. E o que a gente conseguiu juntar com o que a gente pensa do que está acontecendo agora. Inicialmente a gente tinha trabalhado um evento todo ligado à inteligência artificial. Mas a Supercriatividade trabalha justamente a questão de refletir sobre como ela existe independente da própria inteligência artificial. A inteligência artificial é apenas uma ferramenta, do qual alguns trabalhos aqui fazem uso”, disse Paula Perissinotto, co-fundadora e organizadora do File.

“A criatividade está presente não só em vários trabalhos aqui dentro, não só nas artes, como em várias áreas e aspectos da nossa sociedade. E é isso que a gente tenta trazer como reflexão aqui dentro”, acrescentou ela, em entrevista à Agência Brasil. “Os visitantes vão encontrar aqui muitas formas de perceber o uso de tecnologia como uma ferramenta de criação, não só de consumo”, falou.

#L1

Entre os destaques da exposição está a instalação #L1, de Fernando Velásquez, obra que contou com a participação do programador Gustavo Milward. Em entrevista à Agência Brasil, ele contou que a obra, que consiste em 16 barras de neon, não é interativa. No entanto, ela é única: cada visitante que passar por ela vai ter uma experiência diferente. Essas barras de neon vão acendendo ou apagando, ou mudando a intensidade da luz, de acordo com algoritmos. “Ela não é uma obra interativa. Não tem sensores que captam movimento, por exemplo. Mas ela tem uma lógica. É uma obra que nunca vai se repetir: ela sempre vai gerar variáveis. Uma pessoa que entrar aqui vai ver uma coisa. Uma outra, terá outra experiência”, falou Milward.

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP. Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP.

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica – FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP. – Rovena Rosa/Agência Brasil

O File apresenta também uma imensa parede com 140 QRCodes. A cada clique, uma nova experiência será dada ao público. “São 140 obras que estão dispostas em QRCode da qual elas podem ver do seu próprio celular, com o seu próprio fone de ouvido. São obras de videoarte, arte digital e arte sonora”, falou a organizadora do evento.

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP. Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP.

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica – FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP. – Rovena Rosa/Agência Brasil

File Led Show

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP. Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP.

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica – FILE São Paulo 2022, com o tema Supercriatividade, no Centro Cultural FIESP. – Rovena Rosa/Agência Brasil

Do lado de fora, o próprio edifício do Centro Cultural Fiesp servirá de palco de exibições, projeções que vão acontecer diariamente, enquanto durar o festival. Essa intervenção no prédio da Fiesp poderá ser vista por qualquer pessoa que circular pela Avenida Paulista entre as 19h e 6h.

O festival de arte eletrônica tem entrada gratuita e fica em cartaz até o dia 28 de agosto. Mais informações sobre o festival podem ser obtidas no site.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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