Economia

FGV: confiança dos empresários de serviços cai 4,3 pontos em janeiro

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A confiança dos empresários de serviços recuou 4,3 pontos em janeiro e atingiu 91,2 pontos. É o menor nível desde maio de 2021, quando alcançou 88,1 pontos. O resultado está no Índice de Confiança de Serviços (ICS), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), divulgado hoje (27).

De acordo com o instituto, a piora na avaliação das empresas sobre a situação atual e uma menor perspectiva para os próximos meses contribuíram para a retração do índice em janeiro. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 2,6 pontos.

A queda no Índice de Situação Atual (ISA-S) ficou em 3,1 pontos, passando para 89,4 pontos, o menor nível desde junho de 2021. O indicador atingiu 88,7 pontos. O recuo no Índice de Expectativas (IE-S) ficou em 5,5 pontos. Com isso, alcançou 93,2 pontos, que é o menor nível desde maio de 2021, quando marcou 92,4 pontos.

Para o economista do FGV IBRE, Rodolpho Tobler, o setor de serviços começou 2022 com uma nova queda, que é ainda a mais intensa desde março de 2021, período da segunda onda de covid-19. Segundo Tobler, o resultado negativo do primeiro mês do ano parece refletir a desaceleração que já sinalizada nos últimos meses, mas com acréscimo da nova onda da pandemia. Mas ainda há outros fatores de impacto.

“Além do cenário macroeconômico ainda difícil e da cautela dos consumidores, a volta de algumas medidas restritivas já impacta a atividade do setor e liga o sinal de alerta sobre o ritmo dos próximos meses. Enquanto os fatores persistirem, vai ser difícil observar o retorno da tendência positiva da confiança no setor de serviços”, afirmou.

Famílias

O movimento negativo em janeiro foi notado em seis dos sete principais segmentos do setor. O destaque ficou com os serviços prestados às famílias, que no final de 2021 contribuíram positivamente para a recuperação do setor e alcançaram nível de confiança acima do resultado agregado. No entanto, com os surtos da variante Ômicron e da Influenza, a confiança retornou a patamar inferior aos demais segmentos com a queda nos serviços prestados às famílias, que se mostrou mais intensa neste mês.

“O resultado reflete a piora dos casos da pandemia e a volta de algumas medidas restritivas, como o adiamento de alguns feriados. Essas medidas acabam afetando de maneira mais intensa as empresas desse, como já ocorreu em ondas anteriores da pandemia”, acrescentou o economista.

Edição: Maria Claudia

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Economia

BNDES volta a reduzir juros de linha para exportações brasileiras e torna melhorias permanentes

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Medida do Plano mais Produção do BNDES amplia a competitividade da indústria nacional no mercado externo, principalmente das empresas de micro, pequeno e médio porte. Novas condições passam a ser permanentes para a linha Exim Pré-Embarque, após os resultados obtidos com as reduções temporárias em 2023 e no início de 2024.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) promoveu nova redução de juros no BNDES Exim Pré-Embarque, linha de crédito que financia a produção de bens nacionais voltados à exportação. As melhorias no produto também passam a ser permanentes, já que deixam de existir duas limitações: um orçamento restrito a R$ 2 bilhões para operações com os juros mais baixos e teto de R$ 150 milhões em financiamentos ao ano por cliente.

No caso das micro, pequenas e médias empresas, o spread (remuneração que o cliente paga ao BNDES ao obter um financiamento) de 0,5% ao ano passa a ser fixo. Essa taxa vigorou durante curto período no início deste ano, mas, fora das condições especiais que agora se tornam perenes, essa remuneração do BNDES poderia chegar a até 1,30% a.a.

No caso das grandes empresas, a nova remuneração do Banco fica limitada a 0,8% ao ano, se o financiamento for para exportação de bens de capital (produtos industrializados de maior valor agregado), ou 1,05% a.a., se o produto a ser exportado for bens de consumo. Nas antigas condições do BNDES Exim Pré-Embarque, essas taxas eram de, respectivamente, 1,05% a.a. e R$ 1,30% a.a.

“Mais de 90% do mercado mundial está fora do Brasil, por isso, baratear o custo do financiamento das exportações de empresas brasileiras é fundamental para que a indústria tenha condições de ampliar mercados, ganhar escala e ser mais competitiva. E o resultado é todo em benefício do país, com geração de emprego e de renda, objetivos centrais do governo do presidente Lula”, Aloizio Mercadante.

Mais de 90% do mercado mundial está fora do Brasil, por isso, baratear o custo do financiamento das exportações de empresas brasileiras é fundamental para que a indústria tenha condições de ampliar mercados, ganhar escala e ser mais competitiva. E o resultado é todo em benefício do país, com geração de emprego e de renda, objetivos centrais do governo do presidente Lula” Aloizio Mercadante, presidente do BNDES

O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco, José Luis Gordon, ressaltou ainda que “a ampliação do apoio à exportação é um dos objetivos que compõem a Estratégia de Longo Prazo do BNDES e que a redução do spread nas linhas de pré-embarque compõe um dos eixos do Programa Nova Indústria Brasil, do Governo Federal”.

As novas condições são válidas tanto para operações diretas (realizadas pelo cliente diretamente com o BNDES e que precisam ter um valor mínimo de R$ 20 milhões) quanto para as chamadas operações indiretas (aquelas que não possuem valor mínimo e que são realizadas por meio de um agente financeiro intermediário, a exemplo de bancos comerciais ou de montadoras).

CUSTO FINANCEIRO — Além dos novos spreads do BNDES, o custo financeiro total das operações do produto BNDES Exim Pré-Embarque é composto do custo financeiro (que pode ser TLP, Selic, ou SOFR, por exemplo) mais o spread de risco. No caso das operações indiretas, o spread de risco é substituído por uma taxa de 0,15% ao ano. Para esses casos, há também a remuneração do agente financeiro que é negociada diretamente entre esse e o exportador.

Em termos históricos, o BNDES Exim Pré-embarque já atendeu a mais de 1.500 empresas exportadoras brasileiras, tendo desembolsado mais de US$ 60 bilhões no período. Utilizado pelos produtores nacionais como forma de reduzir o custo de capital de giro para produção, a linha aumenta a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional e é o produto voltado à exportação mais acessado do Banco, tanto em valor desembolsado quanto em número de companhias nacionais apoiadas.

Além da pulverização dos recursos entre mais empresas, o BNDES Exim Pré-embarque também contribui para desenvolver a cadeia produtiva nacional, uma vez que o financiamento fornecido pelo BNDES exige um conteúdo nacional mínimo nos bens a serem comercializados no exterior.

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