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Festival de Música Rádio MEC 2021 bate recorde de inscrições

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O Festival de Música Rádio MEC 2021 chegou ao final da primeira fase com um novo recorde: na edição deste ano, 2.094 composições foram inscritas. O número representa um aumento de 104% em relação ao total de inscrições no ano passado, que foi de 1.023. Até então, o festival de 2020, o primeiro no formato online, era o que registrava participação mais expressiva. 

Entre as categorias, a que teve mais inscritos foi MPB. Ao todo, 1.371 composições participam da seleção. Música Instrumental (408) foi a segunda que teve mais composições cadastradas, seguida de Música Infantil (167) e Música Clássica (148). 

Um dos motivos do recorde ter sido estabelecido é o fato do festival ter abrangência nacional. Até ano passado, apenas artistas baseados na região Sudeste e no Distrito Federal podiam se inscrever. Em 2021, o festival abriu inscrições para músicos de todo o país. 

Com isso, pela primeira vez, estão concorrendo participantes de todas as unidades da federação, do Acre ao Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, nesta ordem, foram os estados com mais inscritos. “Só o fato de gente ter o Brasil inteiro já garante um crescimento expressivo e mostra que o festival está ganhando espaço no Brasil”, diz Thiago Regotto, gerente das rádios MEC AM e MEC FM.

Regotto diz que percebeu uma mobilização de músicos fora do eixo anterior do festival: “No Rio de Janeiro, onde está a história da Rádio MEC, e na região Sudeste, a pessoa espera ano a ano que o festival aconteça. Na edição deste ano temos uma campanha nos estados que ainda não tínhamos relação”, conta.

O gerente das rádios MEC AM e MEC FM relata que a divulgação deu-se, principalmente, por meio dos veículos da Empresa Brasil de Comunicação e em redes sociais. “As chamadas que rodam na TV Brasil e na Rádio MEC ajudam bastante a mostrar que o festival está no ar. A Agência Brasil, que tem uma capilaridade enorme em sites e jornais pelo Brasil todo, é importantíssima. A gente percebeu também a força de redes sociais porque as pessoas compartilham muito. Isso aí sai fora do nosso controle”. 

Próximas fases

A partir de agora, todas as músicas inscritas serão submetidas a um júri técnico, formado por pessoas de notório saber (como músicos, compositores, professores de música), em atividade na área musical e profissionais da Empresa Brasil de Comunicação. Inicialmente, a equipe do próprio festival verifica se a composição se encaixa nas regras do concurso como ser uma composição inédita, nunca premiada em outro festival de música e com o tempo de até cinco minutos nas categorias MPB e Música Infantil e até dez minutos nas categorias Música Instrumental e Música Clássica.

Depois disso, produtores e jurados convidados avaliam as concorrentes e aferem notas. São levados em conta critérios a qualidade artística da obra (música, letra, partitura e interpretação), bem como a sua originalidade e a qualidade da gravação. No ano passado, alguns jurados explicaram quais critérios utilizam para a seleção: 

No dia 17 de julho, cerca de 200 classificadas para as semifinais serão divulgadas. Estas músicas serão veiculadas na programação das rádios MEC e MEC FM durante um mês. Nesta etapa, o público poderá começar a escolher as músicas finalistas. Além de 12 músicas classificadas pelo júri técnico (três em cada categoria) para a etapa final, 12 músicas serão escolhidas pelo voto popular (três em cada etapa). 

No dia 24 de agosto, as músicas classificadas para as finais serão divulgadas. Elas ganharão mais espaço ainda na programação das rádios MEC e MEC FM enquanto as vencedoras são escolhidas. Ao todo, 12 prêmios serão distribuídos em quatro categorias: Música Clássica, Música Instrumental, Música Infantil e Música Popular. De cada uma, sairá a melhor composição inédita, o melhor intérprete e a vencedora no voto popular, via internet.

Regotto aponta que a expectativa é de que haja também uma quebra de recorde no número de votos por parte do público (no ano passado foram mais de 500 mil votos). A final do Festival de Música Rádio MEC 2021 está prevista para ocorrer em 25 de setembro de 2021.

Confira as vencedoras do ano passado e relembre como foi a final da edição 2020 do festival:

Música Clássica:

Entrecordas

Jardins da Villa

Música Instrumental:

La ciba, no te quiero más

Inverno no Pelô

Música Infantil:

Melecada

Pum

Categoria MPB:

Enquanto o Fole Respirar

Tem Dor

Voto Popular:

Viva Bossa

Assista ao vídeo de premiação da edição de 2020:

Edição: Nathália Mendes

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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