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Festas infantis compartilhadas são alternativa para economizar no bufê

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Com a vacinação de crianças, o retorno de eventos presenciais e o fim das restrições de isolamento da pandemia, as festas de aniversário infantis voltam a ser comemoradas.

Porém, o alto custo dos bufês fez surgir uma tendência: as festas compartilhadas. Para economizar, pais e responsáveis juntam crianças com datas de aniversário próximas e dividem custos para não deixar a data passar em branco. É um exercício para a criança aprender a negociar os itens e temas da festinha.

Bem antes de surgir essa tendência, três mães contaram à reportagem da Agência Brasil que já haviam organizado a festa compartilhada com outros pais. É uma opção para gerar economia de verba e de tempo, segundo a servidora pública federal Giovana Tiziani. “Eu sou super a favor, porque todo final de semana tinha uma festinha ou um final de semana com duas festinhas. Era muito cansativo, acho que juntar facilita a vida de todo mundo. Não só pela economia, mas para concentrar as festas e ocupar menos a agenda das pessoas”, defende a mãe do Inácio de 9 anos e o Joaquim de 11 anos. 

A servidora fez duas festas compartilhadas do filho caçula. Uma delas foi feita em um bufê, com um amigo da criança. “Valeu a pena, porque conseguimos alugar ônibus para levar as crianças e dividimos a responsabilidade com outra família. Como era uma família muito amiga, eu só vi vantagens. O amigo era pequeno e aceitou super bem, porque era muito próximo e as famílias são amigas. Com a festa, conseguimos levar as duas turmas do ano, que eles estavam no colégio. A negociação do tema também foi fácil, porque os dois brincavam muito de um jogo e o escolheram como tema da festa”. 

A advogada Gabriela produziu a festa da filha compartilhada com duas crianças da mesma sala de aula. “Sugerimos um tema bem tranquilo, que foi festa junina, e as crianças toparam a aventura de festejarem juntas”.

A dificuldade foi a quantidade de convidados, ela contou. “Participaram familiares e os amigos fora da escola. Então, tentamos reduzir os convidados ao máximo, dando prioridade aos amigos da escola e à família mais próxima. Todos colaboraram com a redução de convites para tornar viável juntar as festas”.

Deu certo e a economia compensou. “Foi tudo dividido por três: decoração, comida, bebida, local, lembrancinha e monitores. No fim, a quantidade de pessoas não aumenta tanto o preço e nos acertamos super bem nas escolhas, sem brigas ou discussões”. 

Desentendimentos

A  jornalista Maria Thereza Reis também já fez festa compartilhada da filha. A ideia, inclusive, partiu dela. Na época, a criança comemorava seus 8 anos com outras seis crianças da sala de aula. “As crianças gostaram bastante da ideia e o grupo estava organizado. A escolha foi por um tema neutro e calhou de estarem estudando a Amazônia, então fechamos nisso. Dividimos as ideias e as tarefas no começo e organizamos a arrecadação de dinheiro. Pensamos na decoração, nas lembrancinhas e nos bolos”.

Mas tudo desandou por causa de uma das mães. “As outras cinco, eu incluída, não tiveram qualquer tipo de problema, mas uma não entendeu o espírito coletivo da festa. Abrimos mão de várias coisas já decididas para acatar o que ela queria. Ela quis que fosse no espaço escolhido por ela, com bufê e recreadores também escolhidos por ela. Isso nos fez gastar mais. A situação ficou um pouco incontornável, porque ela foi bastante intransigente e chegamos à conclusão que iríamos causar uma briga desnecessária. Perto da festa, ela comprou outras lembrancinhas, além da que já tínhamos decidido e, claro, dividiu a conta conosco. No dia da festa, ela implicou com a decoração”.

Apesar da situação, ela afirma que a economia valeu a pena. “A festa foi um sucesso, entretanto, poderia ter saído bem mais em conta se não tivéssemos feito as concessões para uma única mãe. Acho que eu só faria de novo se fosse com uma mãe mais íntima”, afirmou. 

Alternativa

A alternativa para quem não consegue juntar um grupo, mas quer economizar é por meio de plataformas de compartilhamento disponíveis na internet. A economia gerada ocorre para os dois lados: aniversariantes e bufês infantis, afirma o fundador da plataforma Festou, Marcelo Golfieri. 

“Com o ganho em escala, o bufê consegue reduzir em até 40% o valor que as pessoas pagariam pela festa se ela fosse exclusiva. Então, é um ganha-ganha. Ganha o dono do bufê, que acaba fazendo com que o espaço tenha uma capacidade mais próxima da sua capacidade total, e ganha o consumidor, que, com esse ganho em escala, tem uma redução de custo e isso também se estende, não só para a questão da contratação da festa, mas também para a contratação de serviços opcionais.”

As festas compartilhadas em buffets funcionam assim: dentro da plataforma estão cadastrados os espaços de festas, que colocam as ofertas. A pessoa entra e procura, por exemplo, um aniversário para o mês de setembro, coloca a região e alguns outros filtros que existem. Assim ela vê na região de interesse quais são os buffets que estão com ofertas disponíveis e datas para a festa compartilhada. “A partir daí pode comprar, por exemplo, um pacote para dez pessoas,  a partir de dez pessoas você já consegue fazer uma festa compartilhada, que tem uma redução de custo na comparação com uma festa exclusiva”, reforça Golfieri. 

O fundador garante que, através da tecnologia da plataforma, pode-se agendar festas compartilhadas que vai até a capacidade de cada buffet, sem prejudicar a circulação e a segurança. “Vamos supor que um buffet tenha capacidade para 150 pessoas. Então, por exemplo, pode ter cinco aniversariantes levando 30 convidados cada, pode ter uma festa de 50 pessoas e mais dez festas de 10 pessoas. Isso vai depender muito da estrutura e da capacidade de cada espaço, é uma organização que a tecnologia da plataforma junto ao buffet disponibiliza”. 

Junto e separado 

Na festa compartilhada, explica Golfieri, o que é compartilhado são os brinquedos e a área de parques. “Cada família e seus convidados tem o seu camarote onde são servidas as comidas e as bebidas. A decoração é colocada dentro do seu camarote. Então, não tem porque ter nenhum tipo de conflito. Dentro dos camarotes tem essa personalização para a família do aniversariante”.

Na opinião do fundador da plataforma, todo mundo merece comemorar. “A festa compartilhada é uma forma de democratizar um momento que é muito importante dentro da infância, que é a realização da festa de aniversário”. 

Para ele, a ideia de compartilhamento, já amplamente utilizado em outros serviços, veio para ficar. “É a questão da economia colaborativa, assim como em empresas como Uber e Airbnb. Hoje você tem iates e aviões que estão sendo compartilhados. Quando a gente olha para o Airbnb, não existe disruptura maior do que você ter a sua casa e você permitir que pessoas que você não conhece venham a dormir nos quartos que você tem disponível. Então assim se isso funciona no Airbnb, funciona numa festa, num espaço terceirizado”, garante.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Governo lança campanha “Fé no Brasil” e destaca avanços na economia

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Iniciativa ressalta resultados alcançados em pouco mais de um ano da atual gestão federal, a partir de políticas que fomentam a geração de empregos e combatem as desigualdades

Menor taxa de desemprego em nove anos. Crescimento do salário mínimo acima da inflação. Isenção de imposto de renda para mais de 15 milhões de pessoas. Retorno do Brasil à lista das dez maiores economias do mundo. Dívidas de mais de 14 milhões de brasileiros negociadas pelo Desenrola. Esses e outros avanços atingidos a partir de políticas públicas do Governo Federal estão destacados na campanha publicitária batizada de “Fé no Brasil“, lançada nesta quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador.

As peças partem do conceito de que, mesmo que as pessoas tenham pensamentos diferentes, existem realizações e conquistas que são positivas para todos. O primeiro vídeo retrata um almoço de domingo de uma família brasileira, em que a preferência de alguns é por carne, enquanto a de outros é por legumes. Contudo, o principal é que todos tenham acesso à alimentação.

Por isso, o Governo investe em políticas de redução da fome e da pobreza, além de impulsionar a economia e a geração de empregos. Ações que já geraram resultados positivos. Em 2023, primeiro ano da atual gestão, 24,4 milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave caiu 11,4 pontos percentuais entre 2022 e 2023, segundo projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

SÓ O COMEÇO — Além de ressaltar avanços já alcançados, a campanha indica que o país trilha um caminho de progresso e convida a população a ter esperança e fé em tempos melhores. “A gente pode até pensar diferente, mas nisso o brasileiro concorda: quando a economia melhora, é bom para você, para a sua família, é bom para todo mundo. Isso é só o começo, tem muito trabalho pela frente. Fé no Brasil. A gente está no rumo certo”.

Dividida em quatro temáticas de interesse da sociedade (economia, educação, saúde e agro), a campanha conta com um filme base para cada eixo. Com 60 segundos de duração, cada um deles apresenta nuances de discurso para conversar com diferentes faixas da população, tanto na mídia tradicional quanto no ambiente digital. A campanha terá duração de seis semanas.

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