Minas Gerais

Falta de profissionais dificulta ampliação do sistema de Saúde de Minas Gerais

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Embora tenha estrutura física para ampliar ainda mais o número de leitos de UTI e Enfermaria em Minas Gerais, o governo estadual enfrenta dificuldades para encontrar profissionais que possam preencher as vagas abertas e garantir atendimento aos pacientes de covid-19.

Desde o início da pandemia, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) realizou 74 chamamentos para preencher vagas de médicos nos hospitais da fundação, mas 14 deles “deram deserto”, ou seja, não foram encontrados profissionais disponíveis no mercado para realizar o trabalho.

Em coletiva de imprensa na terça-feira (16/3), para anunciar a onda roxa em todas as regiões do estado e evitar o colapso da capacidade assistencial, o governador Romeu Zema ressaltou os esforços da gestão, desde março do ano passado, para ampliar a estrutura hospitalar mineira.

Os leitos de UTI passaram de 2 mil para 4 mil nos últimos 12 meses. Leitos de Enfermaria, que antes eram de 10 mil, saltaram para 20 mil unidades. O governador explicou que o Estado tem estrutura para ampliar ainda mais o atendimento, mas a falta de profissionais disponíveis dificulta a expansão.

UTIs

A dificuldade é, principalmente, para encontrar profissionais aptos a atender os casos graves e coordenar as equipes nas Unidades de Terapia Intensiva.

“Para trabalhar em UTI é necessária qualificação adequada do profissional. Estudantes de Medicina podem colaborar, mas estar dentro de uma UTI é um trabalho hiper especializado e uma intubação mal feita pode condenar à morte um paciente”, disse o governador.

O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, detalhou o processo de abertura de um leito de UTI.

“É o mais complexo dentro de um hospital. Precisa de RH especializado, equipamento médico, insumos que foram disponibilizados durante todo o ano de 2020 e ainda estão sendo disponibilizados. Foram distribuídos respiradores para todo o estado, monitores, mas chegamos ao esgotamento dos recursos humanos. Nunca foi evidenciada uma doença que afetou tanta gente ao mesmo tempo. Não existe sistema de Saúde no mundo que consiga acompanhar isso. Toda a expansão que o Estado fez foi aliviando a pressão até agora, mas chegamos ao nosso limite. Temos espaço físico, mas não temos o profissional. O papel da sociedade é fundamental para que a gente alivie esses números”, explicou.

O secretário de Saúde afirmou, ainda, que os hospitais da Fhemig estão adaptando blocos cirúrgicos e espaços de pronto-atendimento, para virarem leitos de UTI. “Continuamos a trabalhar por mais expansão de leitos, apesar das dificuldades de recursos humanos” afirmou Baccheretti.

Onda roxa

A aplicação das medidas previstas na onda roxa e os motivos que levaram o Governo de Minas a estendê-la aos 853 municípios foram detalhados por Romeu Zema, durante a entrevista coletiva à imprensa na terça-feira. A nova etapa passa a valer a partir desta quarta-feira (17/3) e, a princípio, terá duração de 15 dias.
 

  • Confira a deliberação do Comitê Extraordinário Covid-19 sobre a onda roxa neste link.

“O sistema de Saúde de Minas Gerais entrou em colapso. Ou seja, o número de pessoas que demandam cuidados médicos é maior que a capacidade de atendimento”, alertou o governador.

Para Zema, enquanto não existe vacinação em massa, a alternativa é controlar a disseminação do vírus com as medidas de distanciamento social.

“Estamos obrigados a optarmos entre continuar vivendo como se nada estivesse acontecendo ou termos um isolamento para salvarmos vidas. E eu sou favorável a salvar vidas”, disse.

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Minas Gerais

Alunos voltam às aulas presenciais em 85 escolas de Minas Gerais

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Nesta segunda-feira (21/6), 85 escolas em 16 municípios retomaram as atividades presenciais no modelo híbrido desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG). A semana marca importante passo nas atividades da rede estadual, após quase um ano e meio de ensino remoto.

Com toda segurança e cuidado com a comunidade escolar, foram aplicados os protocolos sanitários, definidos pelo Comitê Extraordinário Covid-19 e Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), e implementado um checklist nas unidades de ensino para garantir que todos estejam e se sintam seguros neste momento.

A retomada está sendo feita, nesta semana, em escolas de municípios localizados nas ondas amarela e/ou verde do Plano Minas Consciente, e nos quais as prefeituras não apresentaram nenhuma restrição.

Além disso, a participação dos estudantes nas atividades presenciais é facultativa às famílias. Nos casos em que os pais ou responsáveis optarem por não liberar o aluno para o ensino presencial, será mantido o regime totalmente remoto, para garantir a continuidade dos estudos. O estudante que optar por permanecer com suas atividades de forma remota, continuará desenvolvendo suas atividades sem prejuízos.

Alegria pelo retorno

Na Escola Estadual Eleonora Nunes Pereira, em Itabira, a manhã foi de recepção aos alunos e comemoração pelo reencontro. Juliana Luciana Santos, mãe do aluno Davi Emmanuel Santos, destaca o acolhimento e segurança do cumprimento dos protocolos para confiar seu filho à escola. “É uma satisfação imensa ver o sorriso no rosto do meu filho, de estar de volta à escola. Conhecer os novos amigos, a professora, a escola de forma geral”, destaca.

Ainda de acordo com Juliana, perceber o trabalho para deixar o ambiente seguro a deixou tranquila. “Pude perceber os cuidados, a segurança que a escola está nos fornecendo e eu me senti muito feliz com esse cuidado com o público. Não só com as crianças; a gente pode notar, eles passam essa segurança pra gente e pudemos ver isso”, pontua.
 

SEE / Reprodução

Empolgada, a diretora da unidade de ensino, Rosilene Simone de Carvalho, recepcionou pais e alunos na entrada da escola. Emocionada com o momento, ela faz um chamado para quem ainda não pôde voltar às aulas. “Estamos preparados para receber a comunidade escolar como um todo e ter nossos alunos de volta. Portões estão abertos esperando todos os estudantes”, ressalta.  

Segurança dos protocolos

Em Morro do Pilar, a felicidade em poder voltar ao convívio escolar não foi diferente. Na porta da Escola Estadual Cardeal Mota, os alunos foram recebidos com muita alegria e, desde o momento da chegada, já começaram a ter contato com os protocolos estabelecidos para a segurança sanitária. 

A vida voltando aos corredores e salas de aula das escolas, com a presença dos alunos, é muito importante, mas ainda não foi possível em todos os municípios e regiões de Minas. Todo o processo de retomada está sendo feito de forma planejada, segura e gradual, respeitando os protocolos sanitários e as evoluções das ondas do plano Minas Consciente, que monitora os índices epidemiológicos no estado. Assim, é fundamental que as famílias fiquem atentas às comunicações feitas pelas escolas para que recebam todas as orientações necessárias. Em caso de dúvidas, o contato com o gestor escolar é de extrema importância para esclarecimentos de todas as informações.

Para que o retorno aconteça com toda segurança, todas as escolas estaduais passaram por um checklist criterioso, validado pelo diretor da escola e pelo inspetor escolar, para aplicação dos protocolos sanitários, com adequações no ambiente e disponibilização dos equipamentos de proteção e produtos de higiene e limpeza. Tudo foi feito com muito cuidado para proporcionar à comunidade escolar um ambiente seguro.

Para confirmar em qual onda do Plano Minas Consciente seu município está, acesse www.mg.gov.br/minasconsciente

Ondas

Sempre que algum município for classificado na onda amarela ou verde, podendo ser consideradas também as microrregiões, será possível a retomada das atividades presenciais, desde que não exista nenhum decreto municipal de impedimento.

Havendo disponibilidade, o retorno sempre se dará primeiramente com o acolhimento dos professores e profissionais nas escolas em uma semana e, na semana seguinte, com a volta dos alunos. Essa dinâmica gradual e alternada – de acolhimento primeiramente dos profissionais e na outra semana dos alunos – deve prevalecer para a retomada em cada unidade de ensino. Por isso, é importante que as famílias mantenham sempre o contato com a direção da escola para acompanharem as informações.

A retomada das atividades escolares presenciais começa a partir dos anos iniciais do ensino fundamental, nível de ensino com estudantes em fase de alfabetização e com maior necessidade de apoio presencial para o processo de aprendizagem e para a criação de vínculos com as escolas e os professores. No ensino híbrido, haverá alternância entre o atendimento presencial e o remoto.

Nesta semana de 21 a 25/6, por exemplo, os alunos participam das atividades pedagógicas presenciais; na semana seguinte, as unidades de ensino não terão atividades presenciais e os professores farão o atendimento pelo aplicativo Conexão Escola. Já na outra semana, as atividades voltam a ser presenciais – e assim por diante.

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