Política

Executivo veta parcialmente projeto que altera lei que trata da política de proteção às mulheres

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A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) iniciou debate sobre o projeto de lei nº 9160/21, da Governadoria do Estado, que veta parcialmente um projeto parlamentar. Trata-se de iniciativa do deputado Paulo Trabalho (PSL), que propõe alterar a Lei nº 18.807, de 9 de abril de 2015, que institui a Política Estadual de Acolhimento e Assistência à Mulher Vítima de Violência, e a Lei nº 17.311, de 13 de maio de 2011, que dispõe sobre a divulgação do Disque-Denúncia Nacional de Violência contra a Mulher.

“Comunico-lhe que, com a apreciação do seu teor, decidi, no uso da competência a mim conferida pelo § 1º do art. 23 da Constituição do Estado de Goiás, vetar a nova redação conferida ao inciso II e ao § 1º do art. 3º-A da Lei estadual nº 17.311, de 13 de maio de 2011, pelo art. 2º do referenciado autógrafo, pela razão exposta a seguir”, coloca o governador Ronaldo Caiado (DEM), em ofício mensagem ao presidente da Alego, deputado Lissauer Vieira (PSB).

O chefe do Executivo reconhece que o autógrafo em exame, de iniciativa parlamentar, objetiva aperfeiçoar a política de proteção às mulheres e de combate à violência contra elas. “O art. 1º da proposição prevê a alteração da redação do art. 2º, inciso VII, “b”, da Lei estadual nº 18.807, de 9 de abril de 2015, para instituir a prioridade de atendimento, em relação aos demais pacientes com o mesmo grau de risco, às mulheres vítimas de violência sexual, em hospitais, clínicas, postos de saúde e estabelecimentos congêneres, públicos ou privados”, coloca.

E acrescenta: “As alterações na Lei estadual nº 17.311, de 13 de maio de 2011, são tratadas no art. 2º do autógrafo. Acrescem-se ao rol de estabelecimentos obrigados à divulgação do Disque-Denúncia Nacional de Violência Contra a Mulher (“Disque 180”) os hospitais, clínicas, postos de saúde e estabelecimentos congêneres, púbicos ou privados. Além disso, altera-se o valor da multa por descumprimento da lei, que passa a ser de R$ 500,00 a R$ 1.000,00, em caso de reincidência, a ser fixada conforme a gravidade da infração, a capacidade econômica do infrator e seus antecedentes. O valor da multa será revertido ao Fundo Estadual de Assistência Social”.

Salienta ainda o governador: “Entretanto a nova redação que se pretende atribuir ao inciso II do art. 3º-A da Lei estadual nº 17.311, de 13 de maio de 2011, pelo art. 2º do referenciado autógrafo, possibilita diminuir o valor da referida multa, atualmente, fixada em R$ 1.000,00. Essa alteração não é razoável nem proporcional ao objetivo da lei, que é a prevenção e o combate à violência contra as mulheres, porque pode estimular o seu descumprimento. Por decorrência lógica, o § 1º do mesmo dispositivo, que dispõe a gradação da referida multa, também não pode ser acolhido.

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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