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ÉTICA: Ministro Vinicius de Carvalho defende integridade para boa execução de obras do PAC

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ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, participou, nesta quarta-feira (29/11), em Brasília, da cerimônia de lançamento do Programa de Integridade do Ministério das Cidades – “Prospera Cidades”. A presença de Carvalho no evento, liderado pelo ministro das Cidades, Jader Filho, destaca a importância da temática da integridade pública para a agenda de trabalho da CGU.

“É motivo de muita satisfação saber que essa agenda está se disseminando e sendo estruturada em todos os ministérios em torno de programas, planos de integridade que dialogam com os temas centrais do ponto de vista da ética, da transparência e do enfrentamento à corrupção dentro do governo federal”, afirmou Carvalho.

Vinícius Marques defendeu que a integridade envolve aspectos diversos, que precisam ser considerados como um todo. Ser íntegro significa que um órgão ou entidade tem legitimidade para fazer o que faz, bem como um propósito que é conhecido pela sociedade. Além disso, integridade tem a ver com resiliência e com o comprometimento de cumprir as agendas assumidas.

“Eu tenho certeza de que esse programa de integridade lançado hoje tem todas essas características e vai imprimi-las na agenda do ministério da Cidades”, afirmou o titular da CGU. Carvalho salientou ainda a importância da medida para a execução das ações do PAC a cargo do ministério das Cidades: “o ministro Jader (Filho) tem R$ 565 bilhões de reais para executar nos próximos anos em habitação, em mobilidade urbana, em várias ações que compõem o PAC. E a CGU está presente no PAC também, por meio de uma agenda de integridade, fazendo as empresas assinarem o Pacto pela Integridade, na medida em que elas vão assinando contratos com o poder público para a execução das obras”.

Ele reafirmou o compromisso da CGU de caminhar ao lado dos gestores. “Nós estamos à disposição pra ajudar o ministério das Cidades nessa missão que é muito importante dentro do contexto do programa de governo do presidente Lula, para que a gente avance também para cidades mais íntegras, que possam oferecer à população serviços públicos de qualidade, moradia, transporte, saneamento básico”, sustentou.

Jader Filho, ministro das Cidades, defendeu que o programa Prospera Cidades buscará juntar todas os atores envolvidos nas ações do ministério para que se desenvolvam adequadamente. “Se nós todos não entendermos que somos uma só engrenagem, não funciona”, disse. “Tudo o que fazemos precisa ter conformidade, precisa ter controle. Não basta que a gente faça a entrega sem combater a corrupção, sem prestar contas à sociedade. Nós temos o dever de prestar contas do uso dos recursos à sociedade”, sustentou Jader Filho.

Também participaram da cerimônia o secretário Nacional de Saneamento Ambiental, Leonado Picciani; o secretário Nacional de Periferias, Guilherme Simões; a chefe da Assessoria Especial de Controle Interno do Ministério das Cidades, Fabiana Vieira Lima; o auditor chefe adjunto de Auditoria Especializada em Infraestrutura Urbana e Obras Hídricas do Tribunal de Contas da União, Rommel Dias Marques Ribas Brandão; além de parlamentares e servidores do órgão.

Prospera Cidades

O programa Prospera Cidades funcionará a partir de uma atuação conjunta entre o Comitê Interno de Governança (CIGov), a Assessoria Especial de Controle Interno e as instâncias internas responsáveis pelas funções de integridade.

O Prospera Cidades prevê promover a adoção de medidas e ações institucionais destinadas à prevenção, à detecção, à punição e à remediação de fraudes e atos de corrupção; motivar o comportamento ético e íntegro por meio de campanhas publicitárias e capacitações profissionais referentes aos temas da integridade; divulgar conjunto de diretrizes, normativos internos de integridade e demais ações adotadas com o propósito de prevenir, detectar e corrigir eventuais desvios, fraudes, irregularidades e atos de corrupção.

Além disso, visa também incentivar o uso adequado dos canais de denúncia; divulgar periodicamente as hipóteses de desvios éticos, conflito de interesse e sanções disciplinares aplicáveis, de acordo com a legislação em vigor; fomentar a transparência ativa e o acesso à informação; identificar as causas e as tendências dos casos de quebra de integridade evidenciados em pesquisas de percepção da integridade, estatísticas de conduta antiética, estatísticas de infrações disciplinares, relatórios dos principais assuntos referentes a denúncias encaminhadas ao órgão, bem como em dados sobre o descumprimento da Lei de Acesso à Informação; e promover a cultura de integridade no órgão.

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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