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Estudantes dos anos iniciais voltam às aulas presenciais
“Quero agradecer aos profissionais de Educação por toda dedicação e pela forma como têm feito um retorno tão positivo” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação
Nesta segunda-feira (9), os estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental da rede pública do DF iniciaram o retorno às aulas presenciais. Com sorrisos cobertos por máscara, os olhinhos das crianças brilhavam ao rever amigos e professores. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, acompanhou a chegada desse novo ciclo de perto, no Centro de Ensino Fundamental (CEF) Metropolitana, do Núcleo Bandeirante.
“A expectativa é a melhor possível, e, com base no retorno que se iniciou semana passada, observamos que as famílias entenderam a importância de as crianças estarem nas escolas”, disse a titular da Secretaria de Educação (SEE). “Quero agradecer aos profissionais de Educação por toda dedicação e pela forma como têm feito um retorno tão positivo.”
Ao todo, a Secretaria de Educação tem 416 escolas que ofertam os anos iniciais (primeiro ao quinto) do ensino fundamental, estando 150.475 estudantes matriculados nessa etapa. O secretário executivo de Educação, Denilson Bento da Costa, que também acompanhou a retomada das aulas, comentou: “A gente vê o comprometimento de todos os profissionais da Educação e o empenho dos pais em trazer os estudantes, confiando na escola e nosso trabalho”.
Uma volta esperada
“Tanto em termos físicos quanto em termos pedagógicos, estamos prontos para o retorno presencial” Kenya Marques, diretora do CEF Metropolitana
Entre os estudantes, o sentimento é uma mistura de ansiedade e alegria em rever professores e colegas. “Eu estava com muita saudade de vir para a escola e estou muito feliz em voltar com a aula presencial”, resumiu Eloísa Gonçalves, de 9 anos. A mãe dela, Eliane Gonçalves, também se mostrou feliz com o retorno: “Estou confiante e torcendo para dar tudo certo. Acredito que, até pela questão psicológica das crianças, já estava na hora desse retorno”.
A diretora do CEF Metropolitana, Kenya Marques, fez questão de recepcionar os alunos. “Nós estamos aguardando os estudantes com muita ansiedade e com muito carinho”, disse. “Tudo foi preparado e toda a segurança foi reforçada. Nossos professores estão preparados com planejamentos de ações para o resgate da aprendizagem. Tanto em termos físicos quanto em termos pedagógicos, estamos prontos para o retorno presencial”.
O CEF Metropolitana foi fundado em 1959. Tombada pelo Patrimônio Histórico em nível distrital e federal, a escola fica junto à Praça Nossa Senhora Aparecida, no centro da cidade. Foi uma das primeiras unidades de ensino montadas no DF pela Novacap e a única que teve a estrutura preservada desde o período da construção de Brasília.
Dentro das salas de aula, os professores têm orgulho de fazer parte dessa história e também deste momento marcante de retomada das atividades presenciais. É o que mostra a professora Patrícia Reis, do segundo ano: “Eu sou bem alegre e esperançosa. Estou motivada a fazer o melhor e acredito que tudo vai dar certo”.
Retorno escalonado
As aulas serão ministradas por revezamento. Em uma semana, metade da turma vai presencialmente e a outra metade tem atividades remotas medidas pelo professor. Na semana seguinte, as turmas se invertem.
Assim, a retomada ocorre de forma escalonada. Também estão voltando às aulas presenciais nesta segunda-feira os estudantes do primeiro segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que conta com 4.005 matriculados.
A educação infantil voltou no último dia 5. No dia 16, será a vez de retornarem estudantes dos anos finais do ensino fundamental e do segundo segmento de EJA. No dia 23, voltam o ensino médio e a educação profissional. No dia 30, retomam as atividades as escolas de natureza especial, os centros interescolares de línguas (CILs) e os centros de ensino especial (CEEs).
*Com informações da Secretaria de Educação
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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.