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Emprego com carteira cresce 4% no trimestre encerrado em novembro

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A redução do desemprego para 11,6% no trimestre encerrado em novembro teve uma maior participação do mercado formal de trabalho, com o aumento de 4% no número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, na comparação com o trimestre encerrado em agosto de 2021.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje (28), no Rio de Janeiro, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, essa categoria de ocupação teve 1,3 milhão de pessoas a mais e 838 mil pessoas sem carteira no setor privado, um aumento de 7,4%.

Na categoria por conta própria, o crescimento foi de 588 mil pessoas (2,3%), chegando a 25,8 milhões de pessoas. Os trabalhadores domésticos subiram 6,0% frente ao trimestre anterior, ou mais 315 mil pessoas, e 22,5% em relação ao mesmo trimestre de 2020, chegando a 5,6 milhões de pessoas.

A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, disse que os dados positivos refletem a melhora no mercado de trabalho depois do cenário deprimido pela pandemia de covid-19, iniciada em março de 2020.

“Houve um pico [de desocupação] bastante acentuado lá em 2020, no trimestre encerrado em agosto, em função daquele cenário da expansão da pandemia, sem vacinação e com as medidas de restrições para o combate à pandemia sendo bastante fortes. Então, isso teve um impacto bastante grande no mercado de trabalho, com queda na ocupação e a não viabilidade de um processo mais intenso de busca por trabalho”, acentuou.

Informalidade

A taxa de informalidade no trimestre encerrado em novembro foi de 40,6% e se manteve estável frente ao trimestre anterior, mesmo com o aumento no número de trabalhadores informais, chegando a 38,6 milhões. 

A informalidade está próxima ao pico de 41%, verificado em agosto de 2019, quando 38,8 milhões de trabalhadores estavam nessa condição. A menor taxa da série histórica, de 37,2%, ocorreu no início da pandemia, no trimestre encerrado em maio de 2020, com 31 milhões de pessoas.

Apesar do trabalho com carteira assinada ter tido uma expansão significativa, Beringuy destacou que a informalidade também teve um papel decisivo na recuperação da taxa de ocupação.

“A expansão da informalidade responde por 43% do crescimento da população ocupada total no trimestre. A informalidade tem um peso importante na série histórica da pesquisa, mas agora, durante a pandemia, teve um papel decisivo na recuperação da ocupação. Esses 43% de participação no processo de recuperação já chegaram a quase 80% em outros momentos. Agora, a gente percebe que há uma participação maior também do trabalhador com carteira”, afirmou Beringuy.

O IBGE informou, também, que a população fora da força de trabalho caiu 2,0% em novembro na comparação com o trimestre anterior, uma redução de 1,3 milhão de pessoas nessa situação. Na comparação anual, a diminuição foi de 4,6 milhões de pessoas.

As pessoas desalentadas, que não buscaram trabalho mas estavam disponíveis, foram estimadas em 4,9 milhões, uma queda de 6,8% em relação ao trimestre encerrado em agosto e de 14,4% na comparação com novembro de 2020. A taxa de subutilização ficou em 25%, com 29 milhões de pessoas disponíveis para trabalhar mais horas.

Rendimento

A massa de rendimento real habitual ficou estável em R$ 227 bilhões, com queda de 4,5% no rendimento real habitual, estimado em R$ 2.444, o menor já registrado pela série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, a redução do rendimento médio do brasileiro foi de 11,4%.

Segundo Beringuy, o resultado da Pnad Contínua demonstra um processo de consolidação da recuperação e um espalhamento pelas diversas atividades econômicas, mas não se reflete no crescimento de rendimentos, influenciado também pela inflação.

“A gente tem mais pessoas trabalhando do que antes, no entanto, com rendimentos menores. Associado a isso temos um processo inflacionário em curso, que é bastante negativo para os rendimentos reais. Há também uma dinâmica de inserção, a gente não sabe se em função das negociações entre a oferta da mão de obra do trabalhador e a demanda de quem está contratando; pode ser que nesse processo o trabalhador não está conseguindo obter remunerações maiores”, opinou.

Por setor econômico, a maior parte da expansão da ocupação veio do comércio, com 719 mil pessoas a mais, um aumento de 4,1%. A indústria teve crescimento de 3,7%, com acréscimo de 439 mil pessoas. O segmento de alojamento e alimentação, que foi um dos mais prejudicados desde o início da pandemia, teve aumento de 9,3%, com 438 mil empregados a mais.

O nível da ocupação ficou em 55,1% no trimestre, recuperando após atingir o patamar mínimo de 48,5% no trimestre encerrado em agosto de 2020. O recorde da série histórica ocorreu em novembro de 2013, com 58,5% das pessoas em idade de trabalhar ocupadas. O número de pessoas ocupadas chegou a 94,9 milhões, próximo ao patamar pré-pandemia, de 95,4 milhões alcançado em novembro de 2019.

Edição: Kleber Sampaio

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Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes

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Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital

O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.

Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.

A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.

Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).

Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.

Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.

No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.

Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás

 

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