Política

Educação em pauta

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Um dos temas mais relevantes para as sociedades no mundo inteiro também é uma preocupação constante dos deputados estaduais. Não é para menos. A educação é apontada por estudiosos como uma das ferramentas mais eficazes de transformação da sociedade e dos indivíduos. No caso de países em desenvolvimento, como o Brasil, ainda mais. 

Após a pandemia de covid-19, ficou ainda mais evidente a necessidade de se concentrar esforços para a superação de desafios históricos da aprendizagem, potencializados pelo período de isolamento, exigido pela crise sanitária.

Os resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021 e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2021 mostraram que os níveis de aprendizagem em português e matemática caíram em todas as etapas analisadas. Os piores desempenhos vieram dos primeiros anos do ensino fundamental, faixa etária que foi a mais prejudicada com as escolas fechadas durante a pandemia.

Segundo a pesquisa “Educação brasileira em 2022 – a voz de adolescentes”, realizada pelo Ipec para o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com estudantes das escolas públicas, no ano passado, 2 milhões de crianças e adolescentes, entre 11 e 19 anos, não estavam frequentando a escola no Brasil. Essa exclusão afeta principalmente os mais vulneráveis: 4% dos entrevistados da classe AB não estavam frequentando a escola e, na classe DE, o porcentual subia para 17%, um número quatro vezes maior.

Entre quem não está frequentando a escola, 48% afirmaram que deixaram de estudar porque precisavam trabalhar fora.

Preocupados com essas e outras questões, parlamentares goianos apresentaram diversas propostas, que têm como foco a educação. Um exemplo é o projeto de lei nº 5056/20, de autoria da deputada Lêda Borges (PSDB), que propõe instituir o programa “Nenhum estudante a menos”, que visa combater a evasão e o abandono escolar, através de uma busca ativa de estudantes. A matéria recebeu como apensada a proposta nº 8869/21, do deputado Charles Bento (MDB).

De acordo com a matéria, serão alvos dessa busca, os estudantes que estejam em risco para o abandono escolar, os que abandonaram a escola com o ano letivo em andamento, alunos que ultrapassaram o limite permitido de faltas no ano letivo e, ainda, jovens em idade escolar que se encontram fora da escola.

Segundo argumentou a parlamentar na justificativa do PL, a propositura “tem por objetivo combater o abandono e a evasão escolar de crianças e adolescentes no Estado de Goiás e oferecer aos municípios uma abordagem inovadora de busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola. Começando pelo entendimento das causas da infrequência, que já têm sido identificadas, tais como: falta de transporte escolar, gravidez na adolescência, falta de documentação do aluno, trabalho infantil e falta de interesse e importância no conteúdo ensinado”.

Outro projeto em tramitação, este de autoria do deputado Paulo Trabalho (PL), é a proposta de nº 10034/22, visa garantir, no estado, o acesso e permanência da criança no estabelecimento de ensino frequentado por seu responsável. Sendo a educação um direito humano fundamental, o objetivo, conforme a matéria, é oferecer uma solução para essa conciliação, permitindo o acesso dos estudantes e seus filhos pequenos em instituições de ensino, garantindo o direito ao estudante de prestar assistência ao seu filho enquanto assiste às aulas.

Para Trabalho, o acesso à educação é garantia constitucional e, portanto, o projeto de lei visa reparar uma situação específica, que envolve alunos que são mães, pais ou cuidadores de crianças pequenas, que em muitos casos, se vêm tendo que escolher entre cuidar dos filhos ou frequentar a escola. E cita ainda a dificuldade dos responsáveis pelos menores em obter vagas em creches ou mesmo aos cuidados de terceiros.

Em atenção a outra vertente educacional, o deputado Coronel Adailton (PRTB) apresentou a proposta de nº 2342/22, que pretende alterar a Lei Complementar nº 26/98, que estabelece as diretrizes e bases do Sistema Educativo do Estado de Goiás. O objetivo é inserir a educação de trânsito como disciplina obrigatória. “Uma das formas é a prevenção, por meio da conscientização da importância de se obedecer às leis de trânsito, isso é: a educação para o trânsito. Nesse ponto, sabe-se ser relevante começar pelas crianças ou adolescentes que, além de crescerem tomando conhecimento dessas regras, podem influenciar seus familiares no cumprimento desse objetivo.”

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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