Distrito Federal
Dores crônicas? É importante diagnóstico precoce
A campanha Fevereiro Roxo é voltada à conscientização e prevenção da fibromialgia, quadro doloroso crônico caracterizado por amplificação da percepção da dor, desregulação da resposta ao estresse e associação a síndromes funcionais. A queixa central é dor musculoesquelética generalizada crônica, associada a sintomas como fadiga, distúrbio do sono, distúrbios cognitivos (memória e concentração) e alterações de humor (depressão e ansiedade).
“A fibromialgia associa-se a outras condições em que as sensações dolorosas do corpo são amplificadas”Rodrigo Aires, RTD em reumatologia
“Com frequência, a fibromialgia associa-se a outras condições em que as sensações dolorosas do corpo são amplificadas, como a síndrome do intestino irritável e cefaleia”, o médico Rodrigo Aires, Referência Técnica Distrital (RTD) em reumatologia. “O diagnóstico da fibromialgia é clínico, baseado nesses sintomas da doença, sem a necessidade de qualquer exame subsidiário; eles podem ser solicitados apenas para diagnóstico diferencial.”
De acordo com o especialista, a estratégia para o tratamento ideal da fibromialgia requer uma abordagem multidisciplinar com a combinação de modalidades de tratamentos farmacológico e não farmacológico. Tudo deve ser elaborado em acordo com o paciente, conforme a intensidade da sua dor, funcionalidade e suas características, sendo importante também levar em consideração questões biopsicossociais e culturais.
Tratamento
“Programas individualizados de exercícios aeróbicos podem ser benéficos para alguns pacientes, que devem ser orientados a realizar exercícios aeróbicos moderadamente intensos de acordo com a idade, de duas a três vezes por semana, atingindo o ponto de resistência leve, não o ponto de dor, evitando, dessa forma, a dor induzida pelo exercício”, complementa o médico.
Analgésicos, antidepressivos, miorrelaxantes e anticonvulsivantes são medicamentos utilizados para o tratamento de dor crônica em que há um processo de amplificação dos sintomas pelo sistema nervoso central.
Segundo o Plano Distrital da Reumatologia, em acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, é recomendado que os pacientes com doenças crônicas de alta prevalência – como fibromialgia, osteoartrite e osteoporose – sejam acompanhados, em consultas regulares, por médicos capacitados no nível da assistência primária. As consultas com a reumatologia podem ser feitas em casos ou situações especiais, bem como perante dúvidas diagnósticas e terapêuticas.
Redução dos sintomas
“Na Secretaria de Saúde, realizamos periodicamente a capacitação dos médicos da Atenção Primária”, acrescenta Rodrigo Aires. “O tratamento da fibromialgia é direcionado à redução dos principais sintomas desse distúrbio, incluindo dor crônica generalizada, fadiga, insônia e sono não restaurador e disfunção cognitiva.”
O tratamento deve ser individualizado, envolvendo medidas não farmacológicas e, na maioria dos pacientes, terapia medicamentosa. Alguns, particularmente aqueles que se apresentam inicialmente a médicos de cuidados primários, bem como os que não apresentam um transtorno do humor coexistente ou um distúrbio do sono significativos, podem responder adequadamente apenas às medidas não farmacológicas.
“Na maioria dos pacientes da Atenção Secundária e Terciária, usamos medicamentos para o tratamento dos sintomas associados à fibromialgia, juntamente com medidas não farmacológicas”, detalha o médico. “No entanto, alguns pacientes respondem adequadamente apenas a medidas não farmacológicas, sobretudo os pacientes acompanhados na atenção primária.”
Fatores diversos
Na média, cerca de 50% da melhora dos pacientes com fibromialgia se deve ao tratamento não farmacológico, como na identificação e correção de fatores biopsicossociais, doenças psiquiátricas, episódios relacionados à higiene do sono e à realização de atividades físicas regulares que possam estar interferindo nos sintomas da doença.
50%da melhora dos pacientes se deve ao tratamento não farmacológico
O reumatologista explica que, embora a fibromialgia não seja um distúrbio com risco de vida, muitas pessoas temem que seus sintomas representem os estágios iniciais de uma condição mais grave, como o lúpus eritematoso sistêmico.
Estudos de longo prazo não indicam que pessoas com fibromialgia tenham um risco aumentado de desenvolver outras doenças reumáticas ou condições neurológicas. Muitos continuam a sentir dor e fadiga crônica ao longo da vida, mas a maioria é capaz de trabalhar e realizar atividades normais.
* Com informações da SES
Distrito Federal
Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental
No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.
No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.
Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.
Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.
“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental
A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.
O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.
*Com informações do Brasília Ambiental
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