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Divulgado Balanço do Agronegócio de Minas Gerais 2020

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A agropecuária de Minas Gerais passou pelo primeiro ano da pandemia de covid-19 com segurança alimentar, garantindo tanto o abastecimento interno, como também a exportação de seus excedentes para o mundo. Essa é a conclusão do Balanço do Agronegócio de Minas Gerais 2020, que acaba de ser lançado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Esta é a primeira edição do documento, que traz um consolidado de informações sobre o desempenho dos principais produtos agropecuários do estado em formato dinâmico, com infográficos e linguagem simples, de fácil entendimento.

Indicativos

Reprodução

Dividido por cadeias produtivas, o Balanço traz uma série de indicativos como produção; produtividade; exportações; Valor Bruto da Produção (VBP); crédito rural; entre outros. Café, cana-de-açúcar, grãos, frutas, olerícolas, pecuária e silvicultura são algumas das cadeias produtivas que tiveram seus dados apresentados no documento.

O superintendente de Economia e Inovação Agropecuária da Seapa, Carlos Eduardo Bovo, explica que a proposta do Balanço do Agronegócio de Minas Gerais é trazer uma radiografia de como se comportou a agropecuária no estado, com base em dados de diversas fontes, como o Banco Central, IBGE, Conab, Emater-MG, entre outros.

“Esse documento foi produzido ao longo de todo o ano de 2020. Fomos analisando, trabalhando e montando todos estes recortes sobre os principais produtos da nossa cadeia produtiva. Agora em fevereiro, de posse dos dados relativos a janeiro, já iniciamos a produção do Balanço de 2021”, detalha o superintendente.

Lançamento

O Balanço foi lançado oficialmente durante transmissão on-line nessa quinta-feira (11/2), em cerimônia conduzida pela secretária de Agricultura, Ana Maria Valentini. Na oportunidade, ela lembrou o quanto o ano de 2020 foi desafiador para todos.

“Mas a agropecuária não passou um dia sequer sem produzir. Nossos produtores continuaram levantando de madrugada para assegurar o abastecimento da população. Os extensionistas da Emater-MG permaneceram orientando os agricultores; a Epamig continuou suas pesquisas e a aplicação de tecnologias; e, com o mesmo empenho, os servidores do IMA asseguraram a fiscalização e a segurança dos alimentos produzidos”, ressaltou. “Também se mantiveram firmes os nossos olericultores, fruticultores, produtores de ovos, leite e carne para que as nossas mesas continuassem fartas e abastecidas”, completou Ana Valentini.

De acordo com o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez, os bons resultados só foram garantidos graças aos investimentos feitos no agro mineiro ao longo do tempo. “Nós tínhamos um histórico de desenvolvimento, dessa visão empreendedora dos produtores, o que, mesmo em um ano de crise, contribuiu para que os setores continuassem trabalhando e garantindo o abastecimento. Foi um ano de superação”, concluiu.
 

Clique aqui para conferir, na íntegra, o Balanço do Agronegócio de Minas Gerais 2020. 

Números

Os dados disponíveis no Balanço do Agronegócio de Minas Gerais 2020 reforçam que este foi um ano de recordes no estado. O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária, que é o indicador que representa uma estimativa da geração de renda no meio rural, alcançou seu maior valor em Minas, com R$ 96,1 bilhões, um aumento de 27% em relação à 2019.

As exportações do agro mineiro também alcançaram números expressivos, conquistando o maior volume exportado da história e a segunda maior receita, com 12,7 milhões de toneladas e US$ 8,7 bilhões. O agronegócio foi responsável por 43,5% de todo o faturamento do estado.

Também houve recorde na safra de grãos 2019/2020, com um volume de 15,4 milhões de toneladas, o que equivale a um crescimento de 5,8% em relação à safra anterior. Foram 3,5 milhões de hectares de área plantada e um ganho de 4,7% na produtividade.

O crédito rural, financiamento destinado a produtores rurais cujas atividades envolvam a produção e/ou comercialização de produtos do setor agropecuário, chegou à marca de R$ 24,76 bilhões em Minas no período de julho de 2019 a junho de 2020. A quantia foi 15% maior que a registrada no mesmo período da safra 2018/2019.

Café, cana e grãos

Maior produtor de café do país, com participação em 54% do total nacional, Minas teve uma safra recorde em 2020, com 34,6 milhões de sacas beneficiadas apesar do atraso na colheita, devido às restrições impostas pela prevenção ao coronavírus. O volume foi 36,3% maior e a produtividade teve um aumento de 28,7% em comparação com o ano anterior.

Além disso, o café, carro-chefe da agricultura mineira, também se destacou na balança comercial, representando atualmente 39% da pauta de exportações do agronegócio do estado, com US$ 2,24 bilhões de receita e 12,5 milhões de sacas embarcadas.

A cana-de-açúcar, outro produto destacado pelo Balanço, sofreu uma redução de área em produção de 3,2% quando comparada à safra anterior. Apesar disso, graças a melhores condições climáticas apresentadas ao longo da safra e do uso de tecnologias, houve aumento 62,3% no volume exportado (3,7 milhões de toneladas) e 62,1% na receita (US$ 1,1 bilhão).

O complexo da soja também teve números expressivos em 2020, principalmente na exportação, que totalizou US$ 1,8 bilhão, um aumento de 20,8% em comparação ao ano anterior. O volume exportado chegou a 5 milhões de toneladas, incremento de 26,6%.

Frutas e olerícolas

Minas Gerais é o 4º maior produtor de frutas do Brasil, sendo que o estado abriga 128 mil hectares. A produção de frutas é bem diversificada, abastecendo o mercado interno e atendendo à demanda internacional. O VBP das Frutas atingiu uma receita de R$ 2,8 milhões em 2019, representando 7,97% do VBP agrícola de Minas.

As cinco principais frutas produzidas no estado foram laranja, banana, tangerina, abacaxi e manga. O estado ainda se destaca no ranking nacional com a maior produção de morango e marmelo, 2º maior produtor de abacate, laranja, limão e tangerina e 3º maior produtor de banana e abacaxi.

Minas também é o segundo maior produtor nacional de hortaliças, com uma área plantada superior a 130 mil hectares e volume produzido estimado em 4 milhões de toneladas, gerando cerca de 325 mil empregos diretos. Os produtores mineiros são líderes na produção de alho e batata, além de ocuparem lugar de destaque na produção das olerícolas mais importantes para o Brasil, como tomate, cebola, cenoura, brócolis e mandioquinha-salsa.

Pecuária

Dona do terceiro maior rebanho bovino do Brasil, a pecuária de Minas se destacou ao representar 36,5% do VBP do estado e, em 2020, houve crescimento de 20,9% em relação ao ano anterior, com uma receita de R$ 33,2 bilhões.

Correspondendo a 77% de todas as carnes exportadas, a bovina registrou um incremento de 7% no valor e de 4,4% no volume exportado, totalizando US$ 647,7 milhões e 154,3 mil de toneladas. A carne suína também teve bons números, com US$ 34,3 milhões e 18,3 mil toneladas, chegando a 77,5% de crescimento.

Silvicultura

Minas Gerais seguiu registrando a maior área coberta com espécies florestais plantadas do país, superando os 2 milhões de hectares, um crescimento de 0,8% em relação ao ano anterior, sendo sua quase totalidade de eucalipto.

A produção do estado chegou a R$ 4,4 bilhões (28,3% da receita nacional da silvicultura). Minas também é o maior produtor de carvão vegetal do país, respondendo por 86,8% do volume nacional.

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Alunos voltam às aulas presenciais em 85 escolas de Minas Gerais

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Nesta segunda-feira (21/6), 85 escolas em 16 municípios retomaram as atividades presenciais no modelo híbrido desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG). A semana marca importante passo nas atividades da rede estadual, após quase um ano e meio de ensino remoto.

Com toda segurança e cuidado com a comunidade escolar, foram aplicados os protocolos sanitários, definidos pelo Comitê Extraordinário Covid-19 e Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), e implementado um checklist nas unidades de ensino para garantir que todos estejam e se sintam seguros neste momento.

A retomada está sendo feita, nesta semana, em escolas de municípios localizados nas ondas amarela e/ou verde do Plano Minas Consciente, e nos quais as prefeituras não apresentaram nenhuma restrição.

Além disso, a participação dos estudantes nas atividades presenciais é facultativa às famílias. Nos casos em que os pais ou responsáveis optarem por não liberar o aluno para o ensino presencial, será mantido o regime totalmente remoto, para garantir a continuidade dos estudos. O estudante que optar por permanecer com suas atividades de forma remota, continuará desenvolvendo suas atividades sem prejuízos.

Alegria pelo retorno

Na Escola Estadual Eleonora Nunes Pereira, em Itabira, a manhã foi de recepção aos alunos e comemoração pelo reencontro. Juliana Luciana Santos, mãe do aluno Davi Emmanuel Santos, destaca o acolhimento e segurança do cumprimento dos protocolos para confiar seu filho à escola. “É uma satisfação imensa ver o sorriso no rosto do meu filho, de estar de volta à escola. Conhecer os novos amigos, a professora, a escola de forma geral”, destaca.

Ainda de acordo com Juliana, perceber o trabalho para deixar o ambiente seguro a deixou tranquila. “Pude perceber os cuidados, a segurança que a escola está nos fornecendo e eu me senti muito feliz com esse cuidado com o público. Não só com as crianças; a gente pode notar, eles passam essa segurança pra gente e pudemos ver isso”, pontua.
 

SEE / Reprodução

Empolgada, a diretora da unidade de ensino, Rosilene Simone de Carvalho, recepcionou pais e alunos na entrada da escola. Emocionada com o momento, ela faz um chamado para quem ainda não pôde voltar às aulas. “Estamos preparados para receber a comunidade escolar como um todo e ter nossos alunos de volta. Portões estão abertos esperando todos os estudantes”, ressalta.  

Segurança dos protocolos

Em Morro do Pilar, a felicidade em poder voltar ao convívio escolar não foi diferente. Na porta da Escola Estadual Cardeal Mota, os alunos foram recebidos com muita alegria e, desde o momento da chegada, já começaram a ter contato com os protocolos estabelecidos para a segurança sanitária. 

A vida voltando aos corredores e salas de aula das escolas, com a presença dos alunos, é muito importante, mas ainda não foi possível em todos os municípios e regiões de Minas. Todo o processo de retomada está sendo feito de forma planejada, segura e gradual, respeitando os protocolos sanitários e as evoluções das ondas do plano Minas Consciente, que monitora os índices epidemiológicos no estado. Assim, é fundamental que as famílias fiquem atentas às comunicações feitas pelas escolas para que recebam todas as orientações necessárias. Em caso de dúvidas, o contato com o gestor escolar é de extrema importância para esclarecimentos de todas as informações.

Para que o retorno aconteça com toda segurança, todas as escolas estaduais passaram por um checklist criterioso, validado pelo diretor da escola e pelo inspetor escolar, para aplicação dos protocolos sanitários, com adequações no ambiente e disponibilização dos equipamentos de proteção e produtos de higiene e limpeza. Tudo foi feito com muito cuidado para proporcionar à comunidade escolar um ambiente seguro.

Para confirmar em qual onda do Plano Minas Consciente seu município está, acesse www.mg.gov.br/minasconsciente

Ondas

Sempre que algum município for classificado na onda amarela ou verde, podendo ser consideradas também as microrregiões, será possível a retomada das atividades presenciais, desde que não exista nenhum decreto municipal de impedimento.

Havendo disponibilidade, o retorno sempre se dará primeiramente com o acolhimento dos professores e profissionais nas escolas em uma semana e, na semana seguinte, com a volta dos alunos. Essa dinâmica gradual e alternada – de acolhimento primeiramente dos profissionais e na outra semana dos alunos – deve prevalecer para a retomada em cada unidade de ensino. Por isso, é importante que as famílias mantenham sempre o contato com a direção da escola para acompanharem as informações.

A retomada das atividades escolares presenciais começa a partir dos anos iniciais do ensino fundamental, nível de ensino com estudantes em fase de alfabetização e com maior necessidade de apoio presencial para o processo de aprendizagem e para a criação de vínculos com as escolas e os professores. No ensino híbrido, haverá alternância entre o atendimento presencial e o remoto.

Nesta semana de 21 a 25/6, por exemplo, os alunos participam das atividades pedagógicas presenciais; na semana seguinte, as unidades de ensino não terão atividades presenciais e os professores farão o atendimento pelo aplicativo Conexão Escola. Já na outra semana, as atividades voltam a ser presenciais – e assim por diante.

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