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Dez florestas protegidas liberam mais carbono do que absorvem

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A degradação pela atividade humana e as mudanças climáticas são responsáveis por transformar dez das florestas mais protegidas do mundo em emissoras de carbono. A informação faz parte de relatório divulgado nesta sexta-feira (29) pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). 

O documento aponta que, ao invés de auxiliar no combate ao aquecimento global, há ecossistemas que se tornaram fontes de emissão de carbono. Segundo o estudo, dez florestas protegidas emitiram mais carbono do que absorveram nos últimos 20 anos.

De acordo com as descobertas da Unesco, a ação humana é a principal causa. Em alguns locais, o desmatamento para a agricultura fez com que as emissões de CO2 fossem maiores do que a absorção. 

A crescente escala dos incêndios florestais, muitas vezes associados a severos períodos de seca, também foi um fator predominante em vários casos. Outros fenômenos climáticos extremos, como furacões, contribuíram em certos locais.

Confira a lista de florestas:

1. Patrimônio da Floresta Tropical de Sumatra, Indonésia

2. Reserva da Biosfera do Rio Plátano, Honduras

3. Parque Nacional de Yosemite, Estados Unidos

4. Parque Internacional da Paz Waterton-Glacier, Canadá e Estados Unidos

5. Montanhas Barberton Makhonjwa, África do Sul

6. Parque Kinabalu, Malásia

7. Bacia de Uvs Nuur, Rússia e Mongólia

8. Parque Nacional do Grand Canyon, Estados Unidos

9. Área de Grandes Montanhas Azuis, Austrália

10. Parque Nacional Morne Trois Pitons, Dominica

O levantamento mostrou ainda que a rede de 257 florestas do Patrimônio Mundial da Unesco em todo o mundo removeu, ao todo, 190 milhões de toneladas de carbono da atmosfera todos os anos. O número representa aproximadamente a metade do carbono emitido apenas pelo Reino Unido no mesmo período. Esse conjunto de florestas ocupam uma área de 69 milhões de hectares, ou duas vezes o tamanho da Alemanha.

Na América Latina, a agência chama a atenção para importantes perdas na região do Chaco na Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai. O estudo alerta para a pior seca em mais de 50 anos no local, que está colocando a subsistência e a vida de milhões em risco. Este ano, o Rio Paraná, segundo maior da América do Sul secou, de acordo com a Unesco.

A perda de florestas também é um fator que contribui para a liberação de dióxido de carbono. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), na América Latina, entre 2000 e 2016, quase 55 milhões de hectares de floresta foram destruídos. Parte dessa perda ocorreu por causa de incêndios descontrolados. Esse número representa 91% da perda total de florestas do mundo. 

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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“Caminhos assistenciais” do Governo Federal liberam rodovias para garantir abastecimento do Rio Grande do Sul

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Prioridade é a liberação ágil de trechos essenciais para assegurar o fluxo de veículos com suprimentos, comida, oxigênio e combustível

Com mais de 400 cidades atingidas pelo alto volume de chuvas que caiu sobre o território gaúcho, o Governo Federal desenvolveu um plano emergencial para reestabelecer o fluxo viário em rotas estratégicas para assegurar o atendimento da população e impedir o desabastecimento de itens essenciais para a população do Rio Grande do Sul.

“Esses caminhos assistenciais, como estamos chamando, são para garantir salvamento e abastecimento do estado, sobretudo com oxigênio e remédio, comida e água, além da chegada de combustível, para não haver outras paralisações nesta crise e intensificarem ainda mais o sofrimento do povo gaúcho neste momento”, informou o ministro dos Transportes, Renan Filho. “É um plano de trabalho com prioridades a serem adotadas em 48 horas”.

Para isso, são usados maquinários pesados, como tratores, escavadeiras, guindastes e caminhões. Há cerca de 200 equipamentos e 600 homens atuando diretamente no estado. Em alguns pontos de rompimento de trechos de estrada, a solução é preencher as brechas com pedras para permitir a passagem dos veículos. Um dos trechos liberados é a BR 290, que liga Porto Alegre a Santa Maria e segue até a fronteira com a Argentina, por onde passa 30% do comércio internacional do país. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de concessionárias e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguem no para restabelecer o fluxo viário.

“Liberamos o fluxo na BR 290. O momento é de trabalhar pela preservação da vida, reencontro das famílias e reconstrução do Rio Grande do Sul. Nesses caminhos serão permitidos transporte de alimentos, remédios, oxigênio, combustíveis, resgates e pacientes em ambulâncias”, comentou o ministro.

Já estão liberados também trechos das BRs-116/RS, entre Estância Velha a Nova Petrópolis; de Vacaria a Campestre da Serra; e de Caxias a São Marcos. Também foi restabelecido o fluxo na BR-392/RS, de Santa Maria a Caçapava do Sul, possibilitando o acesso ao Porto de Rio Grande, beneficiando a região de Pelotas. Até esta quarta-feira (8/5), serão realizadas ainda as seguintes liberações: na BR-116/RS, sentido norte do estado, no trecho do Viaduto da Scharlau, e a ponte sobre o Rio dos Sinos.

 

Na BR-470, passagem liberada de Carlos Barbosa a Montenegro; na BR-386, a ponte sobre o rio Taquari, em Estrela e Lajeado também teve o fluxo retomado, assim como na BR-290, de Eldorado a Santa Maria, com construção de um bueiro. Já no caso da BR-158, de Santa Maria a Cruz Alta, o trânsito ainda ocorre com escolta, apenas para passagens de veículos emergenciais, pois há risco no trajeto. Trânsito liberado também na BR-448, a Rodovia do Parque.

Para o ministro, chama a atenção nesse desastre a amplitude, a velocidade com que as águas subiram e a demora no escoamento, o que dificulta o dimensionamento da crise e o atendimento. “A prioridade agora é salvar vidas, liberar vias para passagem de equipes de resgate e pronto socorro e, depois, pensarmos na reconstrução”, listou.

Rodovias liberadas e em processo de liberação

1 BILHÃO – Em reunião com parlamentares na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o ministro ainda informou que cerca de R$ 1 bilhão serão destinados pelo Governo Federal à reconstrução de rodovias federais, além do orçamento previamente destinado ao estado de R$ 1,7 bilhão.

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