Política

Deputados apreciaram 47 processos legislativos durante a semana

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A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) encerrou a semana de votações com três sessões ordinárias regulares. Nos encontros, os parlamentares proporcionaram quórum qualificado para votações e 47 deliberações foram realizadas. Destaque para o aval definitivo do Plenário aos projetos da Governadoria que tratam do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), criando contribuição de, no máximo, 1,65% a ser paga pelo segmento do agronegócio. 

Além desses dois projetos, o Plenário, também, deliberou 39 propostas assinadas por parlamentares, uma oriunda do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), e outras cinco do Executivo. Ao todo, foram deliberados 15 processos em fase definitiva e 32 em primeira apreciação. 

Em decorrência de manifestações que resultaram em atos de vandalismo durante a sessão ordinária de terça-feira, 22, medidas de segurança foram adotadas pelo presidente Lissauer Vieira (PSD) para que as votações pudessem ocorrer. Assim, as sessões, que estavam sendo realizadas presencialmente, voltaram ao formato híbrido e o acesso às galerias do plenário foi restringido. 

O Fundeinfra 

A votação dos projetos de lei nº 10803/22 e 10804/22 movimentaram os debates do Plenário durante a semana. De autoria do Poder Executivo, as matérias convergem para a criação do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra). 

Dotado de autonomia administrativa, financeira e contábil, o Fundeinfra (projeto de lei nº 10803/22) terá a finalidade de captar recursos financeiros para o desenvolvimento econômico do Estado. O novo fundo se concentrará na obtenção e na gestão de recursos oriundos da produção goiana agrícola, pecuária e mineral e, também, das demais fontes de receitas definidas nele, com taxa de contribuição de no máximo 1,65% a ser paga pelo segmento do agronegócio. 

Em justificativa, o Governo acrescenta que a medida implementará, no âmbito estadual, políticas e ações administrativas voltadas para infraestrutura agropecuária; modais de transporte; recuperação, manutenção, conservação, pavimentação e implantação de rodovias; sinalização, artes especiais, pontes e bueiros; e edificação e operacionalização de aeródromos. 

De acordo com a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), que será o órgão responsável pela gestão do recurso, o fundo representa uma alternativa ao déficit de arrecadação decorrente da alteração das alíquotas do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) dos combustíveis. 

No ofício enviado à Casa, o chefe do Executivo explica que a instituição do fundo decorre sobretudo da redução das receitas estaduais, o que tem dificultado a manutenção dos projetos pensados para a área em que a autarquia atua. “Consequentemente, a necessidade de prosseguimento e evolução das políticas públicas para a circulação dos cidadãos, dos bens e dos serviços, inclusive para a produção agrícola, pecuária e mineral, motivam a busca de recursos ora proposta”, ressalta. 

De acordo com o projeto de lei, a definição, a gestão e a destinação dos recursos do Fundeinfra competirão ao seu Conselho Gestor. Este colegiado será composto por um presidente e demais membros com seus respectivos suplentes, em posição paritária, e contará com representantes do Governo e da iniciativa privada. Eles serão nomeados por ato do governador para o mandato de 12 meses.  

Equilíbrio fiscal 

Na propositura que altera o Código Tributário para a criação do Fundeinfra (projeto de lei nº 10804/22), o governador cita argumentos da Secretaria de Estado da Economia, segundo a qual o Estado de Goiás enfrenta queda brusca de arrecadação. A titular da Pasta, Cristiane Schmidt, explica que isso ocorre, principalmente, por causa de fatores como a não aplicação do adicional de 2% para o Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege Goiás) sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo e à redução da alíquota aplicável aos referidos produtos. 

Outro motivo é a já citada redução da base de cálculo do Imposto sobre ICMS nas operações com diesel. De acordo com a secretaria, o art. 32 da Lei Complementar nº 194, de 2022, estabelece que o total das perdas de arrecadação do Estado no exercício de 2022 decorrentes da redução da arrecadação do ICMS que exceda o porcentual de 5% em relação ao ano de 2021 irá compor o saldo a ser deduzido pela União. Mas tal medida não resolve totalmente o quadro de crise fiscal ocasionado pelas mudanças trazidas pela referida lei complementar, que estão estimados em aproximadamente R$ 5,5 bilhões por ano. 

A Economia reforça que, diante desse cenário, é necessário que o Estado adote medidas para aumentar a arrecadação e fazer face às despesas de custeio. 

Novos processos chegam à Casa  

No decorrer da semana, foram protocoladas na Alego novas matérias. Dessas, 11 são referentes a projetos de lei ordinária, sendo seis de iniciativa parlamentar e cinco assinadas pelo governador. Esses processos foram encaminhados para apreciação das comissões técnicas e podem constar, em breve, da pauta de votações do Plenário. 

Além desses, a Alego recebeu, ainda, dois vetos parciais e três integrais do Executivo a projeto de lei aprovado anteriormente pelos deputados, um projeto de resolução de autoria parlamentar, e dois comunicados gerais da Secretaria de Estado da Saúde, totalizando 19 novos processos legislativos em tramitação na Casa. 

Pauta para a próxima semana  

Os deputados realizarão a primeira sessão deliberativa da próxima semana na terça-feira, 29. Na Ordem do Dia, constam sete matérias que contemplam iniciativas parlamentares, do MP-GO e do Poder Executivo. A sessão, com início às 15 horas, será realizada pelo sistema híbrido, com parte dos parlamentares trabalhando de forma presencial, no plenário do Palácio Maguito Vilela, e outra parte de suas residências ou escritórios, em sistema remoto.  

Para a reunião, a pauta traz um projeto de lei de iniciativa parlamentar e quatro assinados pelo Executivo para votação definitiva. De autoria do MP-GO, a pauta contém um projeto de lei em fase definitiva. Há também, para análise dos deputados, em segunda votação, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que objetiva alterar o artigo 19 da Constituição goiana e definir que as contribuições sociais e de custeio da seguridade social deverão ser partilhadas com os municípios no mesmo porcentual ICMS repassado aos respectivos municípios. 

O destaque da pauta fica por conta do projeto nº 10819/22, da Governadoria, que propõe alterações na Lei nº 16.898/2010 para aumentar o limite das consignações em folha de pagamento dos servidores e militares, ativos e inativos, e pensionistas do Poder Executivo estadual. O texto poderá ser votado em segunda fase de votação. 

A intenção é promover um aumento de 5% no limite atual, que é de 30% e passará para 35%, e deve beneficiar 160 mil servidores, entre ativos, inativos e pensionistas. O deputado Amauri Ribeiro (UB), com os deputados Delegado Eduardo Prado (PL), Karlos Cabral (PSB) e Lêda Borges (PSDB), havia feito um projeto com a mesma proposta, que foi aprovado definitivamente na Alego, mas não pôde ser sancionado porque a referida mudança é de competência do Executivo. 

“O governador Ronaldo Caiado (UB), assim que soube da situação, imediatamente fez um mesmo projeto, sem que houvesse o vício de origem, para que pudesse ser apreciado pela Casa o mais rapidamente possível. Gostaria de agradecer a todos os deputados presentes pelo apoio nesta aprovação. É uma iniciativa muito importante e aguardada pelo povo”, afirmou Ribeiro, após a votação em Plenário. 

A outra proposta em evidência para votação definitiva é o projeto de resolução n° 10854/22, do líder do Governo, deputado Bruno Peixoto (UB). A matéria altera o Regimento Interno da Assembleia Legislativa de Goiás para criar o cargo de vice-presidente corregedor junto aos membros da Mesa Diretiva do Parlamento goiano. 

O cargo terá a atribuição de realizar o exame preliminar de admissão do requerimento de representação contra deputado por conduta incompatível ou atentatória ao decoro parlamentar.  

Para mais informações sobre as matérias que devem ser apreciadas na terça-feira, 29, consulte a pauta prévia. 

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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