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CTA fez cerca de 3,4 mil atendimentos de janeiro a maio

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Em cinco meses, o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) fez cerca de 3,4 mil atendimentos à população do Distrito Federal. O CTA é uma unidade da Atenção Secundária, vinculada ao Hospital Dia da Asa Sul, e funciona no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto. No local, podem ser feitos testes para detecção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), aconselhamento sobre ISTs e retirada de preservativos.

Para os exames de HIV, sífilis e hepatite B e C, o material é colhido e analisado no próprio CTA e entre 20 e 60 minutos o paciente terá em mãos o resultado do exame | Fotos: Breno Esaki/ Agência Saúde-DF

Mensalmente, a unidade distribui 43 mil preservativos masculinos e mil preservativos femininos. Durante a pandemia, observou-se que a procura por esses atendimentos teve uma leve baixa. De janeiro a maio de 2021, a média mensal de atendimentos ficou em cerca de 680 usuários ao mês.

Além dos exames clínicos, o serviço oferece aconselhamento e abordagem sindrômica a portadores de ISTs e profilaxia pós-exposição sexual (PEP) e ocupacional ao HIV

O CTA funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, e atende pessoas a partir dos 13 anos de idade. Os atendimentos são direcionados a toda a população, sem necessidade de agendamento, basta que o usuário se apresente na unidade com desejo de fazer um dos quatro tipos de exames realizados na unidade: HIV, sífilis, hepatite B e C. O material é colhido e analisado ali mesmo e entre 20 e 60 minutos o paciente terá em mãos o resultado do exame.

Além dos exames clínicos, o serviço oferece aconselhamento e abordagem sindrômica a portadores de ISTs e profilaxia pós-exposição sexual (PEP) e ocupacional ao HIV. Ou seja, a prevenção da infecção pelo HIV usando medicamentos antivirais. Esses medicamentos estão disponíveis para pessoas que tenham entrado em contato com o vírus recentemente – seja por meio de sexo sem camisinha ou de violência sexual ou pela exposição ocupacional, no caso de profissionais de saúde que se acidentaram com objetos cortantes ou agulhas.

“Sinto-me grata por fazer parte de uma equipe tão comprometida e de um serviço tão importante, que permite a qualquer cidadão acesso fácil e rápido ao aconselhamento, testagem, diagnóstico e tratamento precoces das ISTs”Jaqueline Menezes, chefe do Centro de Testagem e Aconselhamento

Análise

Para a profilaxia pós-exposição, a equipe analisa cada caso e, enquadrando no perfil de uso medicamentoso, orienta sobre como iniciar o esquema. A PEP dura 28 dias ininterruptos e atua impedindo a infecção do vírus. Os medicamentos são disponibilizados no SUS pelo Ministério da Saúde e podem ser iniciados em até 72 horas (três dias) após a exposição.

Em caso de o teste apresentar resultado positivo a alguma IST, a equipe orienta sobre o início do tratamento. Outra opção é o autoteste de HIV, que também é oferecido no CTA.

Além desses cuidados, a unidade oferece um serviço ambulatorial dedicado aos homens acometidos por lesões de HPV. Esse atendimento funciona das 14h às 22h, com agendamento prévio. Após ser atendido, o paciente recebe um questionário, contendo em média cinco perguntas, para a avaliação de satisfação com o atendimento. Esses dados são analisados mensalmente para maior controle das condutas a serem adotadas pela equipe do CTA.

A chefe do Centro de Testagem e Aconselhamento, Jaqueline Menezes, fala da satisfação de trabalhar num local onde pode ajudar as pessoas diariamente. “Como gestora da unidade, sinto-me grata por fazer parte de uma equipe tão comprometida e de um serviço tão importante, que permite a qualquer cidadão o acesso fácil e rápido ao aconselhamento, testagem, diagnóstico e tratamento precoces do HIV, sífilis, hepatites B e C e demais ISTs. Viva o SUS”, finaliza.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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