Saúde

Covid-19: São Paulo confirma 38 casos da variante de Manaus

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O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, informou hoje (5) que há 38 casos confirmados da variante P.1 do novo coronavírus em todo o estado de São Paulo. São casos autóctones, ou seja, não são importados, têm transmissão local. Essa variante, que surgiu em Manaus, pode ser mais transmissível e responsável pelo aumento descontrolado no número de novos casos de covid-19.

Segundo o secretário, um caso foi registrado na capital paulista, dez na cidade de Jaú, 12 em Araraquara, três em Lins, um em Pederneiras, quatro em Lençóis Paulista, dois em São José dos Campos, três em Bauru, um em Bocaína e um em Dois Córregos.

Além disso, o estado tem seis casos confirmados da variante do Reino Unido – cinco na capital paulista e um em Guarulhos. “São cepas já autóctones, ou seja, elas estão circulando na nossa população, e é exatamente por isso a velocidade de contaminação de uma pessoa para outra”, disse Gorinchteyn.

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (5), o secretário destacou que, a cada dois minutos, três pessoas são internadas no estado por causa do novo coronavírus. A situação atual da pandemia no estado de São Paulo alertou ele, é de guerra, mas diferente da que se costuma ver nos filmes.

“Estamos em guerra. Diferente das guerras que costumamos ver nos filmes, que nossas gerações não viveram, com tiros e bombas e mortos espalhados pelas ruas, nós temos isso nos hospitais. Essa realidade é vista por quem está na linha de frente, por aqueles que estão esperando para saber o que fazer na sua escolha de quem vai viver ou morrer; naqueles parentes que, sem poder visitar, do lado de fora, choram aguardando notícias – e muitos têm a triste notícia da perda dos seus familiares”, disse o secretário.

“Estamos na maior crise pandêmica do nosso país, com o maior número de mortos por dia. Isso é inadmissível. Temos que conter essa velocidade de expansão da pandemia”, advertiu Gorinchteyn.

Nesta semana, o estado de São Paulo bateu recordes do número de mortos registrados em um dia e também de pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTIs). A ocupação de leitos de UTI, que estava em 68% na semana passada, já está em 77% hoje.

Por causa disso, o governo paulista colocou todo o estado na Fase 1 – Vermelha do Plano São Paulo a partir de amanhã (6). Nessa fase, somente serviços considerados essenciais podem funcionar. A medida vale por 14 dias.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Saúde

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Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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