Saúde

Covid-19: Ceará, Santa Catarina e Rio prorrogam medidas restritivas

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Os governos do Ceará, Santa Catarina e Rio de Janeiro prorrogaram medidas de distanciamento para frear a circulação do novo coronavírus e desafogar o sistema de saúde. As medidas restritivas foram estendidas com sinalização de retomada gradual nas próximas semanas.

No Ceará, o governador Camilo Santana e o prefeito de Fortaleza, José Sarto, anunciaram ontem a renovação do decreto que instituiu o “isolamento social rígido” no dia 13 de março por mais uma semana.  A volta gradual das atividades não essenciais foi definida para ter início no dia 12 de abril.

O decreto permite o funcionamento de determinados serviços, como supermercados, serviços de saúde, lanchonetes e restaurantes no sistema de entrega, distribuidora de água e gás, indústria, construção civil, imprensa, call center, empresas de logística, oficinas automotivas, postos de combustíveis, lojas de material de construção, bancos, Correios e prestadoras de mão de obra terceirizada.

Para esses estabelecimentos foram definidas medidas obrigatórias, como a disponibilização de álcool em gel 70%, uso de máscara obrigatório, entrada de apenas uma pessoa por família e atendimento prioritário para pessoas de grupos de risco da covid-19.

De acordo com o informe epidemiológico mais recente do estado, de 1º de abril, nas 24 horas anteriores foram confirmados 445 novos casos da doença e nove óbitos. O governador afirmou que o isolamento tem contribuído para barrar a disseminação do vírus no estado.

“Os dados mostram que esse isolamento social rígido tem trazido resultados importantes. Temos diminuído o número de casos em todo o estado do Ceará e em Fortaleza, que começou com os dados mais fortes da pandemia. Temos diminuído a transmissão, ou seja, um fator de reprodução calculado que chamamos de RT tem caído em Fortaleza, na região metropolitana, e no Ceará como um todo.”

Santa Catarina

O governo catarinense também manteve as medidas de distanciamento visando combater a circulação do vírus, em novo decreto editado pela governadora em exercício Daniela Reinehr. Assim como no caso do Ceará, as regras ficam válidas até a próxima segunda-feira, 12 de abril.

Entre as normas, fica proibido o funcionamento de casas noturnas e de shows, eventos sociais, reuniões de qualquer tipo, competições esportivas e permanência em praias e parques. Nestes espaços, é permitida apenas a prática de exercício individualmente.

O transporte público coletivo deve funcionar com 50% da capacidade. Os comércios podem funcionar, mas em horários escalonados e com limite de 25% da capacidade. Os estabelecimentos que não forem atividades essenciais podem ficar abertos entre 10h 20h. Há ainda outros serviços não essenciais que podem abrir as portas das 9h às 19h.

Shoppings, galerias, restaurantes, lanchonetes e bares podem ficar abertos das 10h às 22h. No caso de estabelecimentos que vendem comidas e bebidas, os clientes só podem entrar até as 21h.

No decreto, o governo estabeleceu a proibição de venda de bebidas alcoólicas no estado, das 22h às 6h, em todas as regiões, independentemente do tipo de risco no qual foram enquadradas. Anteriormente, a proibição tinha início às 18 horas.

“Temos medidas de distanciamento que precisam permanecer. Agora, vamos nos debruçar sobre todos os decretos, ouvir o Coes [Centro de Operação de Emergência em Saúde] e discutir novas possibilidades de combate à pandemia com os prefeitos e secretários de Saúde”, explica a secretária de Saúde, Carmen Zanotto.

Rio de Janeiro

Decreto publicado no sábado (3) à noite estabeleceu novas medidas restritivas para conter a pandemia da covid-19 no estado do Rio de Janeiro, com regras específicas para o funcionamento de bares, restaurantes, comércio, academias e templos religiosos.

Permanece suspenso o funcionamento de casas de shows e festas, parques de diversão e boates, bem como a realização de eventos.

Continuam autorizadas as práticas de esportes individuais ao ar livre e as atividades esportivas de alto rendimento, mas sem público e respeitando os protocolos sanitários. Bares, restaurantes e lanchonetes deverão funcionar com até 40% da capacidade de lotação. O consumo de bebidas alcoólicas é autorizado apenas para clientes sentados, respeitando o distanciamento mínimo de 1,5 metro e com a capacidade máxima de quatro pessoas por mesa.

Shopping centers e centros comerciais podem manter o funcionamento, seguindo normas municipais autorizativas e respeitando o limite de 40% de sua capacidade total. A mesma regra vale para o estacionamento nesses locais. Os clientes devem estar com máscara, mantendo o distanciamento. O comércio de rua e as galerias também poderão funcionar. O mesmo ocorre com salões de beleza, barbearias e estabelecimentos similares, mas obedecendo agendamento prévio e seguindo os protocolos específicos para esse tipo de negócio. Os ambulantes legalizados também poderão trabalhar, determina o decreto.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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