Nacional

Consulado dos EUA atende familiares de turista morto no Rio

Publicado

em

O Consulado-geral dos Estados Unidos (EUA) no Rio de Janeiro ofereceu condolências à família e confirmou a morte do turista americano Joseph T. Thomas, na madrugada de hoje (12) no Hospital Samaritano Botafogo, na zona sul do Rio e informou que está prestando o atendimento consular aos parentes dele naquele país. O americano veio passar férias no Brasil e desde o dia 6 de julho estava hospedado na casa da diarista Célia Lopes da Silva, 48 anos.

“Oferecemos nossas mais sinceras condolências à família pela perda e estamos fornecendo toda assistência consular apropriada. Em respeito à privacidade da família neste momento difícil, não temos comentários adicionais”, informou em nota.

Os amigos brasileiros dizem que era um rapaz tranquilo e gostava muito do Brasil, amor demonstrado na camisa onde escreveu que o Brasil é o melhor país do mundo. “Parece até por ironia”, disse Célia em entrevista à Agência Brasil.

Célia contou que o jovem foi apresentado à família pelo ex-namorado da sua filha Bianca Silva de Souza, de 26 anos, Mikael Valentim de Oliveira, 23 anos, a quem considera como um filho também. Depois da morte da avó, Mikael passou a morar na casa da família. “O Trey veio para conhecer a gente. Tem mais de quatro anos que tinha amizade com Mikael”, disse, acrescentando que essa foi a primeira vez que Trey se hospedou com a família.

“Torcedor do Flamengo, escreveu Treyzinho na parte de trás da camisa do clube do coração, em alusão a Trey que representa o T. do seu nome e que trouxe na mala na vinda para o Rio de Janeiro. “Ele era flamenguista e a gente estava fazendo planos de assistir ao jogo do Flamengo no Maracanã”, disse Célia.

Célia contou que o jovem foi apresentado à família pelo ex-namorado da sua filha Bianca Silva de Souza, de 26 anos, Mikael Valentim de Oliveira, 23 anos, a quem considera como um filho também. Depois da morte da avó, Mikael passou a morar na casa da família. “O Trey veio para conhecer a gente. Tem mais de quatro anos que tinha amizade com Mikael”, disse, acrescentando que essa foi a primeira vez que Trey se hospedou com a família.

Em 2017, o jovem tinha vindo para o Brasil para fazer intercâmbio por um período de sete meses. Nos Estados Unidos o americano dava aula de português, idioma que reforçava com Mikael, enquanto ensinava inglês para o amigo.“Todos os dias eles se falavam pela internet”, acrescentou.

Célia disse que ontem à noite a morte cerebral do Joseph já tinha sido confirmada e eles foram se despedir dele no hospital. “A gente foi ver ele lá no hospital e se despediu porque quando cheguei lá ontem à noite o cérebro dele já tinha parado e a Bianca já tinha falado com a mãe dele.

Segundo Célia, integrantes do consulado americano no Rio estiveram no hospital e Mikael devolveu documentos do amigo que estavam com ele, inclusive cartão de crédito. “A mãe dele falou que algumas coisas que estão lá em casa vão ficar com o Mikael, são roupas, o telefone”, comentou.

“Eu estou indo para o trabalho porque é muita tristeza ficar lá em casa. Mikael foi trabalhar e Bianca também. Não tinha mais nada a fazer e a gente tem que voltar ao nosso ritmo, embora a tristeza tomando conta, mas a gente tem que continuar porque tem compromisso e não podemos deixar as pessoas na mão”, completou.

A diarista contou que a família recebeu uma ligação hoje de manhã informando que o jovem tinha falecido e o corpo seria levado para o Instituto Médico Legal (IML) do Rio. “O Consulado esteve lá e ia agilizar tudo com o Hospital Samaritano. Eles permitiram o Mikael, a Bianca e eu irmos lá, porque a família estava em Los Angeles e era a única família que ele tinha aqui. A gente era amigo”, finalizou. 

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Geral

Comentários do Facebook
Continue lendo
Propaganda
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

Publicados

em

Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA