Política

Conscientização e prevenção ao suicídio foram temas de mesa-redonda realizada na Alego nessa quinta-feira, 22

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A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), por meio da Escola do Legislativo em parceria com a Comissão da Criança e do Adolescente, realizou na tarde dessa quinta-feira, 22, mesa-redonda com a temática “Conscientização e Prevenção ao Suicídio”.

O debate contou com a presença da advogada e presidente da Mesa-Redonda Pan-Americana de Mulheres e presidente da Paz Social, Luciana de Paula Canedo, da psicóloga Mirley Machado, da coach Nívia Paula Ferreira e do psiquiatra João Batista de Castro.

A iniciativa deu continuidade ao ciclo de palestras do evento “Setembro Amarelo: estratégias para a proteção da saúde mental de crianças e adolescentes”, e foi realizado no Palácio Maguito Vilela, na sala de reuniões da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

A advogada Luciana de Paula iniciou os trabalhos reforçando que a mesa-redonda tinha o objetivo de enfatizar a importância da conscientização pela vida. “O suicídio é um assunto complexo, cheio de tabus, mas que deve ser compreendido”, apontou.

A advogada lembrou que a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) lança uma cartilha intitulada “Suicídio, informando para prevenir”. Segundo a profissioal, as entidades médicas acreditam em uma sociedade engajada em defesa da vida, da sociedade, da família, amigos e colegas, porque a vida deve ser valorizada. “Por isso, esse informativo pode ajudar a sociedade a desmitificar a cultura e o tabu entorno do tema, ajudar os médicos a identificar, tratar e instruir seus pacientes e estarmos cientes dos sinais que o suicida passa.”

Luciana disse, ainda, que apenas uma pequena proporção do comportamento suicida chega ao conhecimento dos profissionais e aponta que a estimativa é de que 17% das pessoas no Brasil já pensaram, em algum momento, em tirar a própria vida.

“Por isso precisamos prestar atenção nos sinais e apoiarmos nossos amigos, pois, às vezes, as pessoas passam por dores intensas tamanhas, e precisam ser encaminhadas para um profissional da psiquiatria. Não podemos ridicularizar ou menosprezar uma pessoa em estado depressivo; é uma doença alarmante e que deve ser levada a sério, como questão de saúde pública”, pontuou Luciana.

Experiências

O psiquiatra João Batista de Castro iniciou sua fala lembrando que cada psiquiatra apresenta os resultados individuais da sua profissão, experiência e vivência, e que no seu caso, acumulados em 40 anos de medicina.

“O diagnóstico do suicida é complexo, uma vez que cada pessoa tem sua motivação íntima pela qual desenvolve essa atitude. Feito o diagnóstico, apenas o profissional psiquiátrico tem competência para propor um tratamento. A psicologia tem suas propostas para ajudar terapeuticamente esse paciente e eu, pessoalmente, gosto muito da psicologia transpessoal” conta o médico.

João Batista explica que esse adjetivo transpessoal se trata da uma inclusão explicita e clara da dimensão espiritual na realidade, e que, de acordo com sua visão, é de extrema importância. “Vemos inúmeros casos de pacientes em que a motivação suicida é multifatorial, mas um fator principal que se destaca ao longo dos anos, é em relação ao transporto pós-traumático, e isso pode se dar em qualquer idade e pode não ser reconhecido na esfera da memória consciente. E enquanto isso não for reconhecido, não há possibilidade de uma cura radical”, aponta o psiquiatra.

Setembro amarelo

Tomando a palavra em seguida, a psicóloga Mirley Machado iniciou contando a origem da criação do mês Setembro Amarelo após o suicídio de um jovem nos Estados Unidos, em 1994, e uma homenagem de seus amigos no funeral. “Em 2003 a Organização Mundial da Saúde (OMS) institui o dia 10 de setembro para ser o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio”, contou.

A psicóloga apontou, ainda, que falar de morte e, principalmente do suicídio, não é nada agradável, mas que existem tabus e mitos que precisam ser quebrados. “É conversando e expressando nossos sentimentos que podemos avançar, mas além disso, precisamos ouvir de fato e não apenas escutar, sem jamais menosprezar o outro.”

Segundo a profissional, é necessário lembrar desse tema ao longo do ano todo, não só de forma focal em setembro. “Precisamos gerar rodas de debates com toda a população e gerar mais acolhimento, repensando nossos valores e nossos conceitos sobre a vida. O ato de tirar a própria vida é igual para todos, independentemente de dinheiro, sucesso, tristeza ou transtorno. Quando pensamos no ato, criamos dogmas ao redor dele e atribuímos causas, buscando respostas, que muitas vezes já foram dadas antes” enfatizou Mirley Machado.

Por fim, a coach Nívia Paula iniciou reforçando que coaching não trata depressão, mas que é um conjunto de ferramentas que através de perguntas, traz clareza e direcionamento, ajudando o cliente a alcançar suas metas. Além disso, o coach usa essas ferramentas para ajudar o cliente, com o auxílio de outros profissionais.

“O que eu quero acrescentar aqui é a importância do autocuidado e das ações que podemos trazer para nossas vidas. Olhar para dentro e dar a devida importância para a sua própria existência, cuidando da sua saúde física e emocional. Escrever o que sente, sair ao ar livre, meditar, cuidar da saúde do seu sono, ajudar o próximo e, principalmente, se desconectar, são coisas que ajudam muito no bem-estar”, destacou Nívia Paula.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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