Economia
Confiança dos pequenos negócios se manteve estável em outubro
A confiança dos donos de pequenos negócios voltou à estabilidade em outubro, após ter apresentado uma ligeira queda em setembro, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) a partir dos dados da Sondagem Econômica das Micro e Pequenas Empresas, realizada mensalmente em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE), que agrega os índices dos três principais setores da economia (comércio, serviços e indústria de transformação) se manteve nos 98,7 pontos em outubro.
Segundo o Sebrae, apesar da estabilidade em relação a setembro, desde o início de 2021 a confiança dos empreendedores tem apresentado um “crescimento sustentado”. Em janeiro, o índice estava em 90,8. Para a entidade, isso confirma uma recuperação consistente dos pequenos negócios, mas indica também que ainda há uma certa insegurança entre os empresários, diante da alta da inflação e da instabilidade econômica.
Serviços
De acordo com a pesquisa, pelo sétimo mês consecutivo o setor de serviços apresentou aumento no índice de confiança que atingiu, em outubro, 99,1 pontos. O crescimento foi de 2,3 pontos se comparado com setembro, o maior índice desde dezembro de 2013, quando atingiu o patamar de 100,2 pontos.
“A alta do MPE-Serviços deveu-se à percepção atual das atividades por parte donos de pequenos negócios”, explicou o Sebrae.
O Índice da Situação Atual das MPE de serviços avançou 6 pontos, alcançando o patamar de 97 pontos. Segundo a entidade, esse resultado foi influenciado tanto pela percepção de melhora das empresas sobre o volume de demanda atual, cujo índice subiu 7,3 pontos, quanto pela situação atual dos negócios, que avançou 4,8 pontos.
O aumento da expectativa de contratação por esses empreendedores também cresceu pelo quinto mês consecutivo e obteve seu melhor resultado em oito anos. Cerca de 22% pretendem fazer novas contratações, segundo o Sebrae.
Os destaques para a melhora da confiança desse setor foram os serviços de informação, os serviços prestados às famílias e os de transporte. O segmento que representa os demais serviços se manteve relativamente estável ao recuar 0,2 ponto. Enquanto a confiança das empresas do segmento de serviços profissionais recuou 1,1 ponto.
Comércio e indústria
O Índice de Confiança das MPE do Comércio, em outubro, manteve-se estável em 92,9 pontos. Apesar de um recuo no Índice da Situação Atual e no indicador que mede o volume da demanda atual, o Índice de Expectativas avançou 3,3 pontos, para 91,0 pontos, recuperando parte das perdas sofridas em setembro.
Para o Sebrae, essa percepção de melhora nas expectativas pode estar relacionada à diminuição do número de casos e mortes relacionadas à covid-19 e à flexibilização das medidas restritivas, com aposta dos empresários nas vendas de final de ano.
Já a confiança das micro e pequenas empresas da indústria de transformação, o MPE-Indústria, manteve o movimento de queda pelo terceiro mês consecutivo, recuando 3,6 pontos, para 98,4 pontos, passando para zona de pessimismo.
Segundo o Sebrae, essa piora com as expectativas de curto prazo no setor foi fator preponderante da queda da confiança. Todos os indicadores que compõem o índice recuaram, com destaque para o de produção para os próximos três meses, que caiu 7,6 pontos, para 96,7 pontos. As empresas de vestuário foram as que mais sofreram negativamente no mês de outubro, quando a confiança caiu 9,1 pontos, para 90 pontos, menor nível desde junho de 2021, de 80,9 pontos.
Edição: Fernando Fraga
Economia
Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes
Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital
O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.
A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.
Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.
A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.
Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.
Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).
Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.
Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.
No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.
Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás
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