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Clínica da Dor: onde se cura o sofrimento

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A Clínica da Dor é um local de atendimento à saúde voltado exclusivamente para o tratamento dos mais diversos tipos de dores crônicas persistentes causadas por diferentes enfermidades| Foto: Adriana Cooke/Iges-DF

Há 20 anos, alguns médicos que trabalhavam no Hospital de Base (HB) perceberam que o HB precisava oferecer aos pacientes mais do que consultas, exames, medicamentos e cirurgias. Era importante tratar também a dor e o sofrimento. Amenizar e controlar esses sintomas poderia ser um bom remédio para dar confiança, fortalecer a esperança, melhorar a auto estima e a qualidade de vida dos pacientes. Assim foi criada a Clínica da Dor do Hospital de Base.

A Clínica da Dor é um local de atendimento à saúde voltado exclusivamente para o tratamento dos mais diversos tipos de dores crônicas persistentes causadas por diferentes enfermidades. É o único local desse tipo na rede pública do DF. Os pacientes são encaminhados para lá pelas unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), como o próprio HB, o Hospital de Santa Maria e as seis unidades de pronto atendimento (UPAs), além de outros hospitais públicos e eventualmente de unidades particulares.

140 pacientes são atendidos mensalmente na Clínica da Dor do HB

Atualmente, a clínica atende em média 140 pacientes por mês. Calcula-se que, nesses 20 anos de funcionamento, já passaram pelo menos 30 mil pessoas. Muitas ficam anos em tratamento. É o caso do aposentado Antônio José Lopes, 53 anos, que há uma década faz consultas e exames e recebe medicamentos na clínica por causa de duas hérnias de disco. “Eu sentia dores terríveis e constantes”, relata. “Mas tenho controlado essas dores graças ao tratamento que recebo aqui.”

Outra paciente da clínica é Zábria Almeida, 46 anos. Ela sofreu um grave acidente de trabalho. Teve que fazer três cirurgias no ombro e tratamento na coluna. Com os procedimentos, adquiriu dores nas costas e tremores nas mãos. Foi então que o ortopedista que a acompanhava recomendou o tratamento na Clínica da Dor. Há três anos ela faz tratamento regular na clínica e, atualmente, está em uso de terapia venosa semanal. Além disso, faz sessões de acupuntura, serviço também oferecido no Hospital de Base.

Quando eu cheguei aqui, me sentia um lixo humano, nem me sentia mais uma pessoa. Com a ajuda da Clínica da Dor, estou voltando a me enxergar como pessoaZábria Almeida, paciente, 46 anos

Zábria conta que, antes de ser tratada na Clínica da Dor, não conseguia fazer coisas básicas sem sentir dor, como passar a mão no cabelo ou escovar os dentes. Com o tratamento, ela recuperou a autoestima e a qualidade de vida. “Quando eu cheguei aqui, me sentia um lixo humano, nem me sentia mais uma pessoa”, lembra Zábria. “Com a ajuda da Clínica da Dor, estou voltando a me enxergar como pessoa. Esse serviço não pode parar. As pessoas precisam saber que existe um controle da dor, dá para amenizá-la, dá para ter qualidade de vida.”

Robert Sabino explica que as dores são tratadas com medicamentos por via oral, infiltrações e bloqueios analgésicos | Foto: Adriana Cooke/Iges-DF

Essa tem sido a missão dos anestesiologistas Robert Sabino e Gisele Leite L’Abbate, os dois médicos que hoje atendem na Clínica da Dor. Eles tratam de pacientes com diversas enfermidades, como hérnia de disco, síndrome miofascial dolorosa (dor crônica muscular), traumas ortopédicos, dor causada pelo câncer, entre outras patologias.

Um dos fundadores da clínica, Robert Sabino explica que as dores são tratadas com medicamentos por via oral, infiltrações e bloqueios analgésicos. Contudo, é o tratamento da alma que motiva o paciente a prosseguir. “Os analgésicos aliviam a dor”, explica Robert, que também é acupunturiatra. “Mas é o tratamento psicológico, social, humanizado que faz com que o paciente se sinta bem como um todo.”

Os dois profissionais que hoje atendem na Clínica da Dor almejam um dia ter um centro interdisciplinar de atenção a esses pacientes e, desta forma, oferecer um tratamento integral: clínico, físico (reabilitação) e psicológico. Para tanto, eles enfatizam, é indispensável o apoio de outros profissionais de saúde, como fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.

Serviço

Clínica da Dor
Térreo do Hospital de Base (ao lado da Ala dos Voluntários)
Atende por meio de encaminhamento médico
Telefones: (61) 3550-8806 e (61) 3550-8834

*Com informações do Iges-DF

Fonte: Governo DF

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Distrito Federal

Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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