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Casos de transtornos alimentares têm novo atendimento no HB

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A professora Adriana Soares faz tratamento há um ano no Ambulatório Multidisciplinar para Transtornos Alimentares do Hospital de Base e tem conseguido controlar a ansiedade | Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF

A partir da próxima terça-feira (2), o Hospital de Base (HB) vai ampliar a carga horária do Ambulatório Multidisciplinar para Transtornos Alimentares, que trata distúrbios como anorexia, bulimia e compulsão alimentar. O atendimento, realizado nas terças-feiras, das 13h às 19h, passará a ser das 7h às 19h.

Administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), o HB é a única unidade pública da capital a disponibilizar o tratamento completo, com três especialidades diferentes. Os pacientes passam por consultas de nutrição, psicologia e psiquiatria no mesmo dia.

Além da assistência multidisciplinar, o apoio da família é fundamental.

A responsável pelo serviço no Hospital de Base, a psiquiatra Renata Rainha, esclarece que muitas pessoas chegam depois de procurar ajuda em outros locais e não perceberem avanços. “Para ter êxito e superar esse tipo de doença, é necessário o acompanhamento especializado das três áreas”, pontua.

Além da assistência multidisciplinar, o apoio da família é fundamental. “Orientamos os pacientes que venham às consultas acompanhados de algum familiar, para que todos estejam envolvidos nas mudanças que devem ser feitas dentro de casa”, diz a médica Renata.

Segundo a especialista, a maioria dos casos de transtornos alimentares é ocasionada por problemas psicológicos, como histórico de depressão e traumas.

Progresso

Foi o abalo emocional após a morte do pai, há cinco anos, que levou a professora Adriana Soares Carvalho, de 40 anos, a desenvolver sintomas de ansiedade e de compulsão alimentar. Tomada pela tristeza, ela adquiriu o hábito que o pai tinha de “beliscar” guloseimas entre as refeições.

O almoço e o jantar eram feitos normalmente. Mas os lanches passaram a ser frequentes demais e com itens nada saudáveis, como refrigerantes, salgadinhos e frituras. “Ganhei mais de 20 quilos, perdi o controle, fiquei com a autoestima lá embaixo”, conta Adriana.

O Ambulatório Multidisciplinar do Hospital de Base não trata a obesidade em si, mas o transtorno alimentar, que pode ou não estar associado à obesidade.

A mãe dela foi quem percebeu a mudança no comportamento e fez questão de acompanhá-la nas consultas. Há um ano, a professora iniciou o tratamento no ambulatório para distúrbios alimentares do HB. “Tenho conseguido controlar a ansiedade e melhorei bastante minha autoestima”, relata.

Renata Rainha esclarece que o Ambulatório Multidisciplinar do Hospital de Base não trata a obesidade em si, mas o transtorno alimentar, que pode ou não estar associado à obesidade. “Nosso foco não é fazer o paciente perder ou ganhar peso. É ajudá-lo a ter uma relação saudável com os alimentos”, destaca.

Tipos de transtornos alimentares

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), distúrbios alimentares atingem 4,7% dos brasileiros. Esses transtornos se definem por padrões de comportamento que afetam negativamente a saúde física e mental das pessoas. Os mais comuns são anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar.

A anorexia é caracterizada pela baixa ingestão calórica, a partir da busca excessiva pela perda de peso corporal. São comuns o medo de engordar e as perturbações quanto ao peso e à forma do corpo.

A bulimia é diagnosticada quando uma pessoa come exageradamente e tem um sentimento de perda de controle sobre a alimentação, com episódios de vômitos ou uso de laxantes.

A compulsão alimentar também costuma ser acompanhada de uma sensação de falta de controle, com ingestões exageradas de comida e sentimentos de aversão, depressão ou culpa. Alguns comportamentos são recorrentes nesses quadros, como roubar ou acumular comida em lugares estranhos e a realização de rituais para as sessões de compulsão.

Ambulatório Multidisciplinar para Transtornos Alimentares
Às terças-feiras, das 7h às 19h
Dentro do Ambulatório de Psiquiatria
Necessário agendamento pelo e-mail  (enviar pedido médico em anexo)
Obs.: São aceitos pacientes tanto da rede pública quanto da rede privada.

*Com informações do Iges-DF

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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