Política

Candidaturas isoladas

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As candidaturas isoladas têm sido tema de debate entre partidos e coligações partidárias pelo país afora. Segundo o técnico judiciário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mestre em direito e relações internacionais Alexandre Azevedo, isso acontece porque a legislação eleitoral é omissa quanto a esse tipo de candidatura. “Se não está proibido, em tese, é permitido”, esclareceu. 

Azevedo explicou que essa modalidade de postulação é uma possibilidade de partidos que estão integrando uma coligação para eleição ao governo do estado, de lançarem candidaturas separadas ao Senado Federal, fora da coligação. 

De acordo com o especialista, em 2010, foi feita uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que autorizou o lançamento desse tipo de disputa. O advogado explicou que, além das candidaturas isoladas, por partidos coligados para a disputa aos governos estaduais, também são previstas as candidaturas ao Senado, de partidos que não fizeram coligações. Porém, as siglas que escolhem lançar candidatos isolados, estando coligadas para a eleição estadual, não podem fazer nenhuma outra aliança para o pleito ao Senado.

Ao ser questionado pela apresentadora Fernanda Candido, sobre as candidaturas avulsas, o professor de direito eleitoral explicou que é uma situação diferente da candidatura isolada, sendo uma prática proibida no Brasil. Trata-se do lançamento de candidaturas de pessoas que não sejam filiadas a um partido político. “Essa é uma modalidade que foi rechaçada pelo Supremo Tribunal Federal”, explicou o advogado. 

Por fim, Alexandre Azevedo, analisou que essa candidatura isolada não faz muita diferença para o eleitor, refletindo mais uma questão interna dos partidos. Porém, ele acredita que a pulverização de candidaturas ao Senado pode ter um efeito negativo para a sociedade. “Com um grande número de candidatos, corre-se o risco de eleger um candidato com pouca representatividade.” 

O programa “Eleições para Todos” é uma produção da TV Alego e surgiu com o objetivo de abordar temas e conceitos políticos para o telespectador, com o objetivo de contribuir para uma maior conscientização do eleitor, em relação às eleições de 2022. 

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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