Cidades

Caiado abre barragem e diz que não haverá racionamento

Publicado

em


O governador Ronaldo Caiado abriu, nesta quarta-feira (22/09), a comporta de barragem na Fazenda Amaralina, na zona rural de Goiânia, em mais uma etapa do planejamento que vem sendo desenvolvido desde 2019. O objetivo é reequilibrar a disponibilidade de água na Bacia do Rio Meia Ponte, que está com volume próximo ao nível crítico IV, com vazão de 2 mil litros por segundo. “Nós, previamente, fizemos a tarefa de casa, então não vai precisar de rodízio”, destacou ele.

A ação conta com a parceria de produtores rurais que, voluntariamente, se dispuseram a abrir as comportas. Após liberar a vazão da represa, Caiado enfatizou que a medida é uma precaução, mas ressaltou a necessidade de se evitar o desperdício. “Quero dizer a todos que, por favor, façam o consumo responsável da água. Agora, é importante a população saber que não estamos tratando algo que fomos pegos de última hora”, reiterou.

Devido às parcerias e à gestão dos recursos hídricos efetivada pelo Governo de Goiás, apenas uma das nove barragens de parceiros foi aberta. Graças à disponibilidade hídrica nestas instalações, não será instituído um plano de racionamento.

Caiado destacou a ação do produtor rural, Airton Eustáquio Braga, proprietário da Fazenda Amaralina, onde está localizada a barragem, que buscou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) para ser um parceiro no armazenamento de água e também gerar a própria energia elétrica.

“Hoje ele é um produtor de água, é algo que tem que ser aplaudido”, disse o governador, que também lembrou que Airton conseguiu autorização para montar uma pequena usina hidrelétrica em apenas quatro meses, graças à agilidade da Semad.

“É um privilégio trabalhar com a natureza e buscar dela o melhor resultado. Eu me emociono com as palavras do governador de me colocar como produtor de água”, disse Airton Eustáquio Braga. “É o melhor elogio que ele me dá. Agora a Semad, na administração do governador, transformou essa convivência. Há 20 anos estou procurando fazer uma geração hidrelétrica e não tinha conseguido as licenças, porque a documentação era tão grande. E hoje, na administração da secretaria Andréa Vulcanis, em quatro meses foi resolvido”, destacou.

“Eu não sou proprietário disso, sou apenas um fiel depositário de cuidar dessas águas. Então essas águas são dos goianienses”, afirmou Airton Eustáquio Braga. A propriedade rural atua no ramo de pecuária e agricultura e não usaria as reservas hídricas, com volume de 10 milhões de metros cúbicos, hoje acionadas pelo Governo do Estado. “Então isso aqui vai ser passado para que cada goianiense possa ter o dia a dia dele mais saudável e feliz”, frisou.

Sobre a recente falta de água em alguns setores de Goiânia, Caiado enfatizou que houve o rompimento de uma adutora que interliga o Sistema João Leite, o que pode ocorrer ocasionalmente. “Acabamos de sobrevoar a estrutura que está com quase 80% da sua capacidade”, disse.

Desde 2019, o Governo de Goiás tem estruturado um plano de ações para evitar o desabastecimento de Goiânia e região Metropolitana. O planejamento envolve o fim dos conflitos pela disputa de água que existia na bacia; a regularização dos usos; e o estabelecimento de controles eletrônicos, com a implantação de motobombas monitoradas e Estações de Monitoramento das Vazões.

“A previsão é que as chuvas já estejam chegando. Demonstramos que a estruturação, o planejamento adequado, a gestão eficiente dos recursos hídricos geram as consequências positivas”, afirmou a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis. “Nos últimos três anos não faltou um dia de água por falta de recursos hídricos no Rio Meia Ponte”, ressaltou.

Em 2020, o Estado intensificou a fiscalização em barragens visando à segurança das propriedades e também para aquelas pessoas que moram abaixo dos reservatórios. Também abriu diálogo com produtores que, ao longo de 2021, à medida em que o nível do rio diminuía, adotaram medidas para minimizar o consumo. “No nível II, nós cortamos as outorgas em 25%. Quando nós declaramos o nível III, nós tivemos que cortar em 50%”, explicou. “Quando tem mais água disponível no rio, toda a vida aquática tem mais propensão a estar ativa, preservada e conservada. Um rio que seca totalmente compromete toda a vida dele para os futuros ciclos”, disse.

Para Vulcanis, as parcerias geraram um processo de “pacificação social” na localidade. “O processo é colaborativo de todos pela cidade e a cidade pelo campo”, ponderou ao lembrar que as mudanças climáticas têm acarretado menor disponibilidade de chuvas. “A construção do governador Ronaldo Caiado no sentido de pacificar as relações sociais na bacia são fundamentais para esse momento, mas, sobretudo, para o momento futuro”, defendeu Vulcanis. Atualmente, 80% dos produtores já foram mapeados e registrados pela Semad.

O presidente da Saneamento de Goiás S/A (Saneago), Ricardo Soavinski, explicou que os sistemas de abastecimento estão, hoje, interligados, por meio de uma adutora de integração entre os Sistemas João Leite e Meia Ponte. Isso permite, para o período de estiagem, uma captação inferior ao que está previsto para o Meia Ponte. “A Saneago está captando apenas 1,1 mil, apesar de ter uma outorga de dois mil”, contabilizou ao destacar que, anteriormente, a água consumida em Goiânia era captada, principalmente, no Meia Ponte.

Para o presidente da Saneago, foi executado um plano estratégico preventivo. “Quero tranquilizar a população. Todo mundo tem que usar de maneira consciente a água, mas a situação está muito sob controle. Essa abertura da barragem também é planejada”. Soavinski defendeu a regulação do nível da água para garantir qualidade de prestação de serviço, aliada à preservação ambiental. “Ao abrir essa primeira barragem, vai mantendo o nível, ajudando a dar mais regularidade para a vazão do rio e, lógico, a qualidade da água também é muito importante”, explicou.

Decreto hídrico
Desde o início da gestão, o governo implementa ações que preparam Goiás para os períodos de estiagem. No último mês de maio, o governador Ronaldo Caiado assinou um decreto com medidas para garantir a segurança hídrica. O documento estabelece regras para o fornecimento de água, detalha ações voltadas para preservação das bacias hidrográficas dos rios Meia Ponte e Piancó, bem como prioriza captação para consumo humano e hidratação de animais. “Combatemos duramente o desperdício e nossos rios estão sendo cuidados para que eles possam respirar”, declarou Caiado.

O uso das bacias pode ficar restrito para atividade agropecuária, industrial, comercial, de lazer e outros usos. “O importante é o compromisso de se criar nos 246 municípios uma cultura de fazendas e áreas de produção de água, bem como nascentes e cabeceiras. É um trabalho que tem sido intenso por parte da Saneago e da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável”, argumentou o governador.

Acompanharam a abertura da barragem o secretário de Estado Tony Carlo (Comunicação), o superintendente de Recursos Hídricos e Saneamento da Semad, Marco José Melo Neves, o superintendente de Operações da Região Metropolitana de Goiânia da Saneago, Alexandre Gomes e colaboradores da propriedade rural.

Fonte: Governo GO

Comentários do Facebook
Continue lendo
Propaganda
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Ação Social

Agehab começa construção de casas a custo zero em 43 novos municípios

Publicados

em

Ordens de serviço para início das primeiras obras já estão assinadas. São mais 1,7 mil moradias nos próximos meses com investimento de R$ 310 milhões

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), dá início ainda este mês às obras de mais 1,7 mil casas a custo zero, em 43 novos municípios (confira lista abaixo). As moradias devem ser entregues nos próximos meses. As ordens de serviço (OS’s) para os primeiros 15 canteiros de obras já estão assinadas, o que significa liberação imediata para as construtoras iniciarem os trabalhos.

Em maio, vão ser assinadas outras 18 ordens de serviço e mais 10, em junho. De acordo com o presidente da Agehab, Alexandre Baldy, o volume do trabalho realizado hoje pela Agência é histórico, já que nunca antes na trajetória das políticas públicas estaduais de habitação foram construídas tantas unidades habitacionais. “O mais significativo é que a gestão Ronaldo Caiado chegou a um número inédito de unidades a custo zero e com qualidade. Qualquer cidadão que visitar um dos nossos canteiros poderá observar o alto padrão em que estão sendo empregados os recursos do contribuinte goiano”, destaca o gestor.

Baldy ressalta também que estes resultados se alinham com a determinação do governador de ampliar e facilitar o acesso às políticas de habitação de interesse social de Goiás especialmente para a famílias que mais precisam. “Tanto o governador como a primeira-dama Gracinha Caiado, que é a coordenadora do Goiás Social, fizeram do atendimento social no Estado uma prioridade”, sublinha.

Para o secretário da Infraestrutura, Pedro Sales, todos os esforços estão focados nesses objetivos com uma preocupação adicional: atender todos os municípios goianos, contribuindo assim para o desenvolvimento de todas as regiões. “É uma diretriz da gestão Caiado estar presente em todos os cantos de Goiás com atendimentos sociais, entre os quais está inserida a habitação”, frisa. Com essas novas moradias a custo zero, iniciadas agora, lembra o secretário, estão sendo injetados na economia goiana mais de R$ 310 milhões de investimentos, provenientes do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege).

Com estes novos municípios, o programa Pra Ter Onde Morar – Construção/Casas a Custo Zero teve um crescimento de mais de 10%, expandindo sua presença de 130 para 144 cidades atendidas pelo programa, que passa a alcançar 58% dos 246 municípios que integram o Estado. Além disso, houve um aumento de aproximadamente 22% na quantidade de unidades habitacionais contratadas.

Para ser atendido, o município precisa propor ao Estado a cessão de terreno regularizados para a construção das unidades. “O Governo de Goiás quer atender todos, sem exceção. Basta que os prefeitos entrem na parceria com a Agehab, oferecendo os espaços urbanos regularizados para a construção das unidades”, salienta Alexandre Baldy.

Novos canteiros de obras:
Água Limpa, Bela Vista de Goiás, Bonópolis, Bom Jardim, Buriti Alegre, Caiapônia, Carmo do Rio Verde, Cezarina, Cristianópolis, Cromínia, Cumari, Diorama, Estrela do Norte, Faina, Formoso, Goiandira, Hidrolândia, Itauçu, Itapaci, Jataí, Jaupaci, Jesúpolis, Matrinchã, Mutunópolis, Nova Crixás, Novo Brasil, Novo Gama, Novo Planalto, Padre Bernardo, Quirinópolis (Módulo III), Quirinópolis (Módulo IV), Rubiataba, Santa Fé de Goiás, Santa Rita do Novo Destino, São Domingos, São Luís dos Montes Belos, Silvânia, Taquaral de Goiás, Turvelândia, Uruana, Vianópolis, Vila Boa, Vila Propício.

Fotos: Octacílio Queiroz / Agência Goiana de Habitação – Governo de Goiás

 

 

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA