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Brasil em Pauta de hoje fala sobre os motivos da alta na gasolina

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A gasolina está sendo a vilã do bolso dos brasileiros em 2021. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o combustível já acumula uma alta de 35% no ano. O gás de cozinha não fica atrás: a alta já é de 31% em 2021. Mas, porque esses itens estão tendo aumentos tão expressivos? Para falar sobre o assunto, o Brasil em Pauta deste domingo (3) ouve o secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), José Mauro Coelho.

Coelho começa esclarecendo que não é apenas no Brasil que vive essa alta. O aumento no preço dos combustíveis é mundial. Segundo ele, Índia e Espanha amargam altas históricas nesses itens. “A questão vem impactando o mundo de maneira geral e acaba impactando o Brasil”, disse.

O secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do MME, José Mauro Coelho, participa do programa Brasil em Pauta  na TV Brasil O secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do MME, José Mauro Coelho, participa do programa Brasil em Pauta  na TV Brasil

O secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do MME, José Mauro Coelho, participa do programa Brasil em Pauta na TV Brasil – Valter Campanato/Agência Brasil

De acordo com o secretário, um dos grandes responsáveis por esse aumento é o petróleo, pois se trata de uma commodity precificada em dólar no mercado internacional. “Tivemos um aumento em 2021 de cerca de 55%. Claro que se o petróleo aumenta e o combustível é derivado do petróleo ele também aumenta.”, esclarece.

Outro ponto importante é que o Brasil ainda é importador de derivados de gás de cozinha, gasolina e diesel e por isso precisa manter o preço de paridade de importação. “Se assim não fosse, nós não teríamos nenhum agente econômico com aptidão ou vontade de trazer derivados para o mercado doméstico e isso poderia levar a um desabastecimento no país”.

Além disso, como o combustível é precificado em dólar, uma alta na moeda certamente reflete em alta no combustível, diz Coelho.

ICMS

O secretário do MME chama atenção para outro componente do preço do combustível, esse de caráter interno. A incidência da carga tributária, sobretudo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de caráter estadual.

Segundo Coelho, diferentemente dos impostos federais, que são de caráter fixo e alguns, inclusive, estão zerados, como a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), o ICMS estadual é variável e incide sobre todas as etapas da cadeia de produção.

Por isso o governo trabalha com o Projeto de Lei Complementar 16, cuja proposta é tornar o ICMS estadual um valor fixo em real por litro e não o como é hoje, um valor que varia de estado para estado e ainda tomado como uma porcentagem variável por litro.

Para entender mais sobre os preços dos combustíveis e as iniciativas do governo para diminuir a carga para o cidadão brasileiro, assista ao Brasil em Pauta que vai ao ar às 19h30 deste domingo, na TV Brasil.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Brasil reduz dependência de petróleo e gás natural na oferta de energia da matriz energética

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Relatório elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com o MME evidencia o recuo da participação de fontes fósseis na última década aponta avanços do país dentro da transição energética

Nos últimos 10 anos, o Brasil tem feito uma significativa transformação na matriz energética, conforme revelado pelo Balanço Energético Nacional (BEN) 2024, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME). Os dados, divulgados nesta semana, demonstram uma queda na participação de petróleo e derivados, que passou de 39,2% para 35,1%, e do gás natural, de 13,5% para 9,6% no período. A mudança aponta os avanços do país na diversificação e sustentabilidade da oferta energética nacional.

“A redução na dependência de fontes fósseis reflete o nosso esforço contínuo para fortalecer a renovação do setor energético nacional. Nos últimos anos, nossas políticas públicas e investimentos estratégicos têm impulsionado o crescimento de fontes alternativas, como energia solar, eólica e biomassa. Essa transição contribui significativamente para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE)”, destaca o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Com vasto potencial natural, o Brasil se posiciona como líder emergente na transição energética global, como aponta relatório do Fórum Econômico Mundial divulgado nesta semana. À medida em que o país reafirma o compromisso com a inovação e a sustentabilidade, a redução na dependência de petróleo e gás natural pode ser um catalisador para um futuro energético mais limpo e seguro para todos os brasileiros.

Mais informações sobre o BEN  O Balanço Energético Nacional divulga, anualmente, uma extensa pesquisa e a contabilidade de dados relativos à oferta e consumo de energia no Brasil, levantados pela EPE. O relatório contempla as atividades de extração de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia.

Até a próxima semana, o Ministério de Minas Energia divulgará uma série de matérias detalhando os principais destaques do BEN 2024 em relação aos setores de energia elétrica, planejamento energético, petróleo, gás natural e biocombustíveis.

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