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Biblioteca Nacional de Brasília doa acervo para Santa Maria

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A Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) doou cerca de mil obras e uma coleção de 40 cordéis, clássicos da literatura nordestina, para a biblioteca Monteiro Lobato de Santa Maria. Além disso, capacitou a equipe da unidade para receber o público neste momento de volta ao atendimento presencial.

A Biblioteca Monteiro Lobato passou por reforma e foi reinaugurada em julho | Foto: Marina Gadelha/Secec

Metodologia eficiente

Os funcionários participaram de uma capacitação envolvendo o que há de mais atual no universo das bibliotecas públicas. Ministrado por uma plataforma digital, o conteúdo incluiu desenvolvimento de coleções, diretrizes básicas de processamento técnico, organização do acervo e gerenciamento de redes sociais para bibliotecas.

A pedagoga Pollyana Sampaio, e servidora da Monteiro Lobato, participou do curso com sua equipe e avalia que o suporte técnico fornecido foi fundamental para guiá-la no processo de atendimento ao público e na estruturação organizacional do espaço literário. “Considero o curso essencial e didático. O conteúdo foi muito bem-preparado para que nós desenvolvamos o melhor trabalho possível”, arremata.

Morador de Santa Maria, Edson Júnior é arquiteto e frequenta a Monteiro Lobato há alguns anos. Com o objetivo de ser aprovado em um concurso público, ele voltou à sua rotina de estudos na biblioteca. “Após a reforma, vejo que além da estrutura, os servidores estão sempre dispostos a colaborar com a qualidade do estudo e disposição de conhecimento”, afirma o estudante.

Biblioteca Monteiro Lobato de Santa Maria 

Inaugurada em 1995 e com um acervo de mais de nove mil títulos, a Biblioteca Monteiro Lobato passou por uma reforma no valor de R$ 191 mil e foi reinaugurada em 30 de julho, com as presenças do governador Ibaneis Rocha, do secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, e da diretora da BNB, Elisa Raquel Quelemes.

Na obra, o piso e o forro foram trocados, as instalações elétrica e hidráulica foram revisadas, os alambrados passaram por manutenção e os banheiros, agora, contam com recursos de acessibilidade. A unidade também recebeu um novo aparelho de ar-condicionado e câmeras de vigilância.

A BNB reserva 26 estantes para doações, que são selecionadas, higienizadas e distribuídas entre as bibliotecas da Rede

A Biblioteca Monteiro Lobato fica na EQ 215/315 Lote A (ao lado do Caic), em Santa Maria, funcionando de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e entre as 14h e as 18h. Telefone: 3394-1264.

 Rede

A Biblioteca Nacional de Brasília, administrada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), é responsável por coordenar a Rede de Bibliotecas Públicas do Distrito Federal (RBPDF). A BNB reserva 26 estantes para doações, que são selecionadas, higienizadas e distribuídas entre as bibliotecas da Rede.

“A maioria dos produtos e serviços que a BNB desenvolve é compartilhada com todas as outras bibliotecas públicas do DF. É importante ressaltar que essa metodologia de difusão para a implementação de serviços é o que caracteriza a composição da Rede de Bibliotecas Públicas do DF. O nosso novo desafio como coordenação é automatizar todas as bibliotecas públicas do DF”, explica Elisa Raquel, citando coo exemplo de partilha o projeto Clube de Leitura.

A Biblioteca Nacional também ministra curso de formação para servidores das bibliotecas públicas

“É uma felicidade testemunhar o investimento do GDF em educação e cultura e também saber da contribuição da BNB nesse papel de coordenação distrital dessa rede pública de espaços de saber”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa.

A Biblioteca Nacional também ministra curso de formação para servidores das bibliotecas públicas. Assegura, ainda, o assessoramento técnico quanto às rotinas de funcionamento das bibliotecas públicas, por meio de visitas técnicas, treinamentos de equipe e elaboração de manuais, pareceres e notas técnicas, visando adequá-las às necessidades da comunidade.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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