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Baixada Santista e região de Campinas fazem barreiras sanitárias em SP

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Ao menos cinco cidades da Baixada Santista implementaram barreiras sanitárias em suas entradas para tentar evitar a disseminação da covid-19 na região. Os nove municípios que compõem a baixada estão em lockdown desde a última terça-feira (23) até 4 de abril. Até esta data, a partir de sexta-feira (26), a capital paulista terá uma emenda de dez dias que não serão úteis, resultado da antecipação de feriados pelo prefeito Bruno Covas

Em Santos, barreiras sanitárias estão sendo realizadas na entrada do município, no bairro Saboó, desde ontem (24). O objetivo da ação, feita com apoio da Polícia Militar e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), é impedir a entrada de vans, micro-ônibus, ônibus de turismo e carros de passeio com placas de fora da cidade para turismo, a fim de tentar evitar a propagação da covid-19.

A prefeitura informou que motoristas de carro de passeio que comprovarem a necessidade de trabalho ou consulta médica em Santos são autorizados a entrar no município. O primeiro dia de bloqueio sanitário em Santos resultou na abordagem de 250 veículos na barreira. Desses, dez motoristas tiveram que retornar para suas cidades de origem por não comprovarem a necessidade de entrar em Santos. 

A prefeitura de Guarujá informou a implementação de barreiras para controlar os acessos à cidade a partir também da última quarta-feira (24). O acesso será livre aos veículos cujos ocupantes comprovem domicílio no município, e não apenas ocupação eventual. Também terão passagem liberada os veículos em comprovado exercício de atividades essenciais como segurança pública, saúde e assistência social, além dos motoristas que estiverem transportando alimentos, combustíveis e outros insumos indispensáveis para o abastecimento local.

As barreiras funcionarão 24 horas e estão montadas em seis pontos, tanto nas entradas do município quanto nas travessias de balsas de Santos e de Bertioga. Caso o condutor se recuse a retornar ao seu local de origem, o veículo poderá ser removido ao Pátio Municipal, podendo ser conduzidos também ao Distrito Policial para registro de boletim de ocorrência.

Em Bertioga, a prefeitura deu início, na última terça-feira (23), aos bloqueios que controlam o acesso à cidade em três entradas principais, com objetivo de fiscalizar o cumprimento das medidas de lockdown. Além disso, a prefeitura instalou manilhas de concreto e faixas de sinalização nas demais entradas da cidade. Segundo o município, as pessoas que burlarem as barreiras serão multadas, por meio das câmeras de monitoramento 24 horas.

O município de Praia Grande divulgou que suas barreiras têm como foco orientar motoristas de veículos com placas de municípios de outras regiões para que retornem para a cidade de origem e cumpram em suas residências esse período de medidas ainda mais restritivas por conta da pandemia da covid-19. Segundo a prefeitura, por conta das medidas de restrição em toda Baixada Santista, está suspensa em Praia Grande a emissão de autorização para o ingresso de veículos de turismo (ônibus, micro-ônibus e vans).

Na primeira barreira, realizada ontem (24), um veículo com placa de São Paulo foi parado por um dos agentes de trânsito e foi constatado que o motorista estava com diagnóstico de covid-19, levando consigo inclusive uma sacola com medicamentos. O motorista foi orientado sobre as restrições de acesso a Praia Grande e retornou para sua cidade. A ação continuará ao longo dos próximos dias.

A prefeitura de São Vicente informou que realiza, a partir de hoje (25), barreiras para orientações dos motoristas. Aqueles que descem a serra serão informados sobre as restrições em vigor em toda a Baixada Santista, incluindo a suspensão de atendimento em diversos setores comerciais, circulação de pessoas permitida apenas com justificativa, conforme estabelecido em decretos municipais, interdição das praias, entre outras medidas definidas regionalmente como forma de conter o avanço da covid-19.

Em Peruíbe e Itanhaém, as prefeituras informaram que não houve ainda a instalação de barreiras. Com as prefeituras de Cubatão e Mongaguá, a reportagem não conseguiu contato.

Campinas

A cidade de Campinas vai implantar, a partir desta sexta-feira (26) até 4 de abril, barreiras sanitárias nos principais acessos à cidade. A medida tem o objetivo de reduzir a circulação de pessoas de fora da cidade durante o feriado prolongado na capital paulista. De acordo com o prefeito, Dário Saadi, os 20 municípios da Região Metropolitana de Campinas também farão barreiras sanitárias nas entradas das cidades.

Em Campinas, os pontos de bloqueio serão itinerantes e realizados durante todo o dia. “Quem for parado nas barreiras será questionado se o deslocamento é mesmo essencial e serão orientadas a evitar se transitar entre as cidades. As que não tiverem justificativa serão orientadas a voltar para a sua cidade de origem”, explicou Saadi.

O município ressaltou que não se trata de um lockdown, mas uma restrição com foco na conscientização das pessoas. Neste primeiro momento, não haverá penalidades. Além disso, não haverá bloqueio para ônibus intermunicipais.

Edição: Claudia Felczak

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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