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Ambiente acolhedor, marca da Casa de Parto de São Sebastião
Em quase 21 anos de existência, a Casa de Parto de São Sebastião fez mais de 5 mil partos. A humanização é a palavra-chave da unidade de saúde, que tem índice de satisfação de 99%, conforme avaliação do público atendido. Em 2021, foram 433 nascimentos, todos de parto normal e de baixo risco. O local é referência para partos normais de baixo risco para pacientes que residem na Região de Saúde Leste, que engloba São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Jardim Botânico e Jardins Mangueiral.
Se, para alguns, os últimos dias do ano representam o fim, para outros é apenas o início. João Miguel, por exemplo, nasceu às 22h34 de 29 de dezembro. “O ano começou mais cedo para a gente”, celebra a mãe, Luana Neves, que teve alta da Casa de Parto na manhã do último dia de 2021. “Ele que se antecipou, porque era para nascer só em janeiro, mas quis passar a virada com a gente”, comenta.
“Já é um momento naturalmente doloroso, então fazemos de tudo para a mãe ficar à vontade”Clarisse Maciel, gerente da Casa de Parto São Sebastião
No mesmo local, há oito anos, Luana teve Micael. “Foi até nessa mesma sala”, relembra o pai, Fábio da Silva. Para Luana, não havia dúvidas: “Torci muito para não ter complicações e precisar ir para outro lugar, porque eu queria ganhar aqui de novo”, afirma. Agora, é Micael quem carrega o irmão nos braços, levando a família completa para casa. “Estou muito feliz com a chegada dele e vou ajudar a cuidar”, afirma o garoto.
História
O estabelecimento de saúde, inaugurado em 2001, oferece atenção às mulheres durante o pré-parto, parto e puerpério. A equipe é formada por 13 enfermeiros obstétricos e 11 técnicos em enfermagem. A gerente do local, Clarisse Maciel, lembra que o cuidado humanizado é referência.
“Já é um momento naturalmente doloroso, então fazemos de tudo para a mãe ficar à vontade”, explica a gestora. “Quer ouvir música? Colocamos música. Quer fazer exercício, andar, fazer dancinha? Fazemos também”. Clarisse, que também é enfermeira obstétrica, sempre que possível, auxilia em alguns casos.
“Na minha primeira vez, eu estava muito assustada, porque não tinha experiência nenhuma, mas quando cheguei aqui, a equipe foi superatenciosa”, diz Rayssa, de 21 anos, que, em 30 de dezembro, deu à luz Pietro. Em 2017, no mesmo local, ela teve Katleya.
“As enfermeiras são maravilhosas, tranquilizam, conversam, ajudam em tudo, por isso eu quis ter aqui de novo”, conta a jovem. A profissional que amparou Rayssa no nascimento da filha foi a mesma que ajudou no parto de Pietro.
Família completa
Já o casal Mariane e Renato tem uma relação ainda mais especial. “Nós somos quase sócios da Casa de Parto”, comentam, entre risos. Ela já teve quatro filhos no local: Miguel, 6 anos, Manuela, 4, Matias, 1 ano e 9 meses, e Murilo, de apenas 13 dias, nascido em 17 de dezembro. “A gente se apaixonou pelo lugar, pelas pessoas, pelo atendimento, pelo tratamento e pela forma como fomos acolhidos”, diz Mariane. Por isso, a família esteve no estabelecimento de saúde no último dia do ano, para visitar os profissionais.
No parto da menina, Mariane quase chegou a ser transferida para o Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá. Na época, as salas disponíveis na Casa de Parto estavam limitadas. “Eu implorei para a enfermeira me deixar ficar, e foi muito humano o jeito como ela me acolheu”, relembra. Ela ficou com o último espaço disponível.
Estrutura
A Casa de Parto é reconhecida pelo Ministério da Saúde com o selo da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (Ihac), que tem como uma das prerrogativas a formação de todos os envolvidos, desde a equipe de segurança até a gerência da unidade.
O local possui quatro salas amplas equipadas com várias opções para a mãe ter o bebê, como cama, banqueta e, em um dos espaços, uma banheira, para realização de parto na água. No somatório, a instituição funciona como um ambiente acolhedor. Essa característica é que faz Mariane exaltar: “Desde a primeira vez, eu digo que, se eu tiver dez filhos, os dez vão nascer na Casa de Parto”.
*Com informações da Secretaria de Saúde
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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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