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Aliança de mulheres do café completa 10 anos no Brasil

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Há 10 anos, mulheres brasileiras que atuavam invisíveis no mercado do café se uniram para reivindicar protagonismo e reconhecimento por sua contribuição para o Brasil se tornar o maior produtor de café do mundo. Com foco inicial no campo, essas mulheres fundaram a Aliança Internacional das Mulheres do Café Brasil (IWCA Brasil), que completou 10 anos este ano e teve seu trabalho celebrado em um café da manhã hoje (12), último dia da Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte.

A presidente da IWCA, produtora de cafés especiais Miriam Monteiro de Aguiar, lembra que a história do café é marcada por processos de exclusão como a escravidão e o patriarcalismo, “mas as mulheres sempre foram parte importante de todos elos da cadeia cafeeira”.

“A IWCA nasceu em um espaço que não existia nada. Era um deserto, e a gente semeava em um deserto. Era um ambiente de protagonismo masculino tradicionalmente, em que as mulheres invisíveis sustentavam negócios e participavam ativamente do processo, mas se julgavam coadjuvantes e ajudantes”, disse Miriam Aguiar.

A associação foi fundada no Brasil oito anos depois de o movimento ter começado globalmente, diferença de tempo que Miriam atribui a essa tradição masculina no café. “A gente vem de um cenário em que a gente ouvia dizer, inclusive em publicações, que não existiam mulheres no café do Brasil, que era um café de homens e máquinas, quando na verdade a maioria dos produtores são familiares e você tem mulheres em todo o processo”.

Desde então, a associação firmou parcerias para capacitação e inserção das mulheres em posições de protagonismo, e Miriam acredita que foi possível construir um lugar de identidade da mulher na cafeicultura, seja no campo ou na cidade.

“Não existe sustentabilidade sem diversidade. Isso a gente fala para a diversidade do solo, na agricultura, e, na sociedade, a gente também é assim com a diversidade de gênero, a diversidade de raça. Então a gente é atravessado por essas questões todas” disse a presidente da IWCA, que quer ampliar o papel da instituição no enfrentamento da violência de gênero.

“Queremos trazer questões que ficam debaixo do tapete, como questões de violência contra a mulher, explícitas e sutis, que operam nesse sistema. Nos próximos anos, nossa meta é colocar foco no que fica encoberto”, defende.

Como associação global, a IWCA tem um papel de colocar as mulheres brasileiras em contato com mulheres do café de outros 24 países, o que Miriam conta que foi fundamental para que ela própria pudesse ousar exportar seus cafés.

“É muito importante quando você visualiza espaços que você pode alcançar. Isso amplia seu campo de atuação”.

Publicações

A IWCA aproveitou o público da Semana Internacional do Café para lançar publicações dedicadas à capacitação das mulheres na cadeia do café. Entre os trabalhos está um guia prático que ensina grupos informais de trabalhadoras rurais a formarem uma cooperativa formal com equidade de gênero e um catálogo de competências para atingir sucesso nas diferentes áreas do mercado do café.

A ex-consultora da ONU Mulheres Helga Andrade, que ajudou na preparação desses materiais, explica que, por questões culturais e sociais, muitas vezes mulheres têm dificuldade de desenvolver competências que podem ser úteis durante a carreira, principalmente diante de ambientes de maioria masculina.

“Por exemplo, se eu for abrir uma torrefação, que tipo de competência eu tenho que desenvolver para ser bem sucedida? Tem uma série de competências que muitas vezes não passam pela nossa cabeça. Não tem a ver só com torrar café, tem a ver com comportamento e como a gente se apresenta para o mercado. E, muitas vezes, pela nossa história de vida, a gente não tem acesso a esse conhecimento”, diz a ex-consultora da ONU Mulheres.

“Principalmente no meio rural, existe uma certa expectativa de comportamentos que são femininos, e isso muitas vezes vem da nossa família. A gente escuta muito de produtoras e profissionais que têm dificuldade de se posicionar dentro de grupos majoritariamente de homens ou exclusivos de homens. E a gente fala de diferentes formas de se posicionar nesses espaços e entender a mecânica do mercado”.

Para dar seus próximos passos, a instituição já iniciou a aplicação de um novo questionário que vai buscar dados sobre o perfil das mulheres do café, do campo às cafeterias. A pesquisa foi realizada pela primeira vez em 2016 com quase mil mulheres e foi a base para parcerias como a da ONU Mulheres, que possibilitou projetos como os guias lançados hoje.

Pesquisadora do Instituto Federal do Sudeste de Minas e diretora de pesquisa da IWCA, Danielle Baliza diz que o questionário desta vez busca dados mais completos sobre raça e abre o espaço para relatos de violência de gênero. Ela afirma que os trabalhos construídos a partir do primeiro questionário permitiram contrapor uma visão, inclusive no exterior, de que a cafeicultura no Brasil era feita por homens e máquinas.

“Com esses dados, a gente conseguiu trazer mais recursos e promover mais ações para essas mulheres. Para que isso não acabe, estamos lançando o questionário 2.0. Não temos um tipo de perfil. Temos vários tipos de perfil. Eu apliquei mais de 200 questionários com apanhadoras de café, e são as mulheres que mais precisam de políticas públicas. Quase 60% não tinham completado o nono ano do ensino fundamental, e a renda anual não chega a um salário mínimo, porque elas têm o trabalho formal no período da colheita e depois realizam trabalhos informais”.

Outro ponto que a pesquisadora espera aprimorar na nova pesquisa é a participação das mulheres que trabalham na parte urbana da cadeia do café. “Estamos indo atrás dessas mulheres, e precisamos de dados delas para que a gente possa ser também a voz dessas mulheres”, diz. O questionário está disponível na página da IWCA na internet e no perfil no Instagram.

Os 10 anos da IWCA serão tema de uma exposição inicialmente virtual no Museu do Café, em Santos. Diretora executiva do museu, Alessandra Almeida disse que é emblemática a realização dessa exposição no prédio, que abrigou a Bolsa Oficial de Café até os anos 1950. Na época, a presença de mulheres no local era proibida.

“Mesmo que houvesse fazendeiras e operárias, elas não podiam ter voz e só podiam ser ouvidas por intermédio de uma voz masculina”, disse a diretora do museu, que pretende inserir a IWCA em uma exposição presencial em 2022. “É muito importante falar da mulher naquele espaço, do quanto ela contribuiu para esse processo e de como ela amplia hoje a sua atuação”.

* O repórter viajou a convite da organização da Semana Internacional do Café

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Lula anuncia hoje quarta (15) novas medidas para ajudar a população e a reconstrução do RS

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Depois de reunião com líderes dos Três Poderes nesta terça, Lula fará sua terceira visita ao estado no mês

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna ao Rio Grande do Sul hoje quarta-feira (15/5). Depois de reunião ministerial na segunda-feira, ele teve nesta tarde uma conversa com representantes dos Três Poderes no Palácio do Planalto, em Brasília. Participaram o presidente da Câmara, Arthur Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, além dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação da Presidência).

A intenção foi fazer um alinhamento de informações e contextos para que o presidente possa fazer um novo anúncio de medidas para recuperação do estado fortemente atingido por chuvas e enchentes. O evento será a partir das 12h30 desta quarta, no auditório da Unisinos, em São Leopoldo.

Segundo o balanço publicado às 18h desta terça pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, o número de municípios afetados é de 446. São 79,4 mil pessoas em abrigos, 538 mil desalojados e 2,1 milhões de pessoas afetadas. O informe registra 149 mortes, 806 feridos e 112 desaparecidos. O número de pessoas resgatadas supera 76,4 mil, e o número de animais resgatados é de 11 mil.

Esta será a terceira visita do presidente ao estado desde o início da crise climática, no fim de abril. De lá para cá, o Governo Federal deslocou para o Rio Grande do Sul uma grande força-tarefa que envolve mais de 25 mil profissionais. Entre as funções, o salvamento e resgate de pessoas e animais, a ajuda no restabelecimento de serviços e infraestruturas danificadas, o acolhimento de desabrigados e desalojados e a logística para levar mais de 2 mil toneladas de donativos via Correios e Força Aérea Brasileira em menos de dez dias.

No plano da recuperação econômica, o Governo Federal já fez três grandes anúncios. Primeiro, de mais de R$ 50 bilhões em antecipações de pagamento de programas sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada, a prioridade para os gaúchos na restituição do Imposto de Renda e novos aportes no seguro-desemprego. O anúncio também incluiu linhas especiais de crédito para setores produtivos.

No último sábado, uma Medida Provisória no valor de R$ 12,5 bilhões abriu crédito para várias áreas do Governo Federal e garantiu a sequência dos trabalhos federais no estado. A MP também contempla medidas já anunciadas referentes a linhas de crédito (FGI, FGO, Pronampe e Pronaf/Pronamp), às medidas de apoio à segurança alimentar (Programa de Aquisição de Alimentos e cestas básicas), abrigamento e parcela extra do SUAS, parcelas extras do seguro desemprego, serviços para a saúde primária, especializada e vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais e também para a importação de 100 mil toneladas de arroz.

Na segunda-feira, o Governo Federal anunciou a suspensão por três anos da dívida que o Rio Grande do Sul tem com a União, liberando R$ 11 bilhões para um fundo para a reconstrução do estado. Além disso, R$ 12 bilhões referentes a juros do estoque total da dívida serão perdoados. As medidas foram dispostas em projeto de lei complementar encaminhado ao Congresso Nacional pelo presidente Lula.

Confira as atualizações de algumas das frentes de trabalho do Governo Federal no Rio Grande do Sul nesta terça-feira, 14 de maio:

NOVO PORTAL – O Governo Federal lançou nesta terça-feira um novo portal destinado a concentrar informações, serviços e notícias referentes ao apoio prestado ao Rio Grande do Sul em decorrência da tragédia climática causada pelas fortes chuvas. A ferramenta integra iniciativas relativas à atuação dos ministérios e demais órgãos envolvidos na força-tarefa federal de apoio ao Rio Grande do Sul e apresenta dados atualizados sobre o repasse de recursos da União para o estado e seus municípios.O portal ainda traz informações sobre doações, com orientações àqueles que querem ajudar as famílias gaúchas sobre o que doar e como doar. Além disso, reúne notícias atualizadas sobre o trabalho realizado pelas equipes do Governo Federal no estado e nos municípios junto às famílias e na recuperação da infraestrutura danificada pela tragédia.

BANCOS MULTILATERAIS – Grandes bancos multilaterais, como NDB, CAF, BID e Banco Mundial, anunciaram a destinação de recursos para o Rio Grande do Sul enfrentar as consequências da calamidade pública ocasionada pelas fortes chuvas e inundações que atingem o estado há duas semanas. Somado, o montante separado por essas instituições financeiras ultrapassa R$ 15,6 bilhões. Nesta terça-feira, 14 de maio, Dilma Rousseff, presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do BRICS, e ex-presidenta da República, anunciou que irá destinar cerca de R$ 5,75 bilhões para a reconstrução do Rio Grande do Sul. A ajuda financeira foi definida após conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do estado, Eduardo Leite.

NOVO PAC – O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou nesta terça-feira que, nas próximas semanas, o Governo Federal abrirá uma seleção de projetos específica para o Rio Grande do Sul. O processo de seleção deve ocorrer por meio do Novo PAC, que na última semana anunciou investimentos da ordem de R$ 1,4 bilhão para o estado gaúcho, sendo R$ 152 milhões para obras de encostas em Porto Alegre e Santa Maria. Todos os municípios gaúchos poderão solicitar ao Governo Federal a reconstrução de edificações públicas, como hospitais, creches e escolas que foram destruídas pelas chuvas dos últimos 15 dias.

CESTAS DE ALIMENTOS – Segundo a atualização desta terça do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), das 52 mil cestas adquiridas num primeiro momento à população, 19,8 mil já foram entregues na Unidade Armazenadora da Conab em Canoas. Outras 5,5 mil toneladas estão em trânsito e mais de 12,2 toneladas já foram distribuídas. Pelo menos mais 95 mil cestas serão adquiridas com recursos da MP publicada no sábado. Além disso, será adquirido arroz e feijão por meio do Programa de Aquisição de Alimentos para distribuição às cozinhas solidárias e famílias afetadas. Cada cesta tem 21,5kg de alimentos e é composta de oito itens: arroz (10 kg), feijão carioca (3 kg), leite em pó integral instantâneo (2 kg), óleo de soja (900 ml), farinha de trigo (1 kg) ou farinha de mandioca (1kg), macarrão espaguete comum (1 kg), fubá de milho (1 kg), açúcar cristal (1 kg), sardinha em óleo comestível (500 g) e sal refinado e iodado (1 kg).

CONSUMIDOR – A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública coordenou reunião virtual com o Procon estadual e os Procons municipais do Rio Grande do Sul. Em debate, os procedimentos para lidar com os impactos da tragédia e garantir a proteção dos direitos dos consumidores. Com cerca de 400 municípios atingidos pelas chuvas e enchentes no estado, o poder público e as instituições estão unidos para preservar vidas e recuperar os setores produtivos do Rio Grande do Sul. Representantes dos Procons municipais apresentaram as situações enfrentadas e as práticas adotadas. O Procon de Porto Alegre chamou atenção para o excesso de demandas da enchente e a ausência de uma sede, que foi inundada pelas águas das chuvas. A representante do Procon Viamão comentou sobre práticas abusivas em postos de combustíveis e as ações adotadas, que podem servir de referência.

SAQUE CALAMIDADE – A Caixa Econômica Federal liberou o saque calamidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) a trabalhadores de 28 municípios gaúchos atingidos pelas fortes chuvas. O saque calamidade permite ao cidadão tirar até R$ 6.220 de cada conta de sua titularidade no FGTS, limitado ao saldo disponível, por motivo de necessidade pessoal, urgente e grave em caso de desastre natural que tenha atingido sua residência, após declaração oficial da Defesa Civil de seu município. Estão contemplados os municípios de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Arroio do Meio, Harmonia, Lajeado, São Leopoldo, Agudo, Anta Gorda, Bom Retiro do Sul, Candelária, Encantado, Esteio, Farroupilha, Feliz, Guaíba, Jaguari, Nova Palma, Nova Santa Rita, Portão, Porto Alegre, Porto Xavier, Rolante, Santa Tereza, São Marcos, São Sebastião do Caí, Sobradinho, Taquara e Triunfo.

HOSPITAIS DE CAMPANHA – O Ministério da Saúde iniciou nesta terça os atendimentos no hospital de campanha de Porto Alegre. A estrutura funcionará 100% com recursos da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Com seis médicos, três enfermeiros e oito técnicos, a estrutura receberá pacientes 24h e tem capacidade para 200 atendimentos diários. Com a abertura da unidade, o ministério passa a operar dois hospitais de campanha, levando em consideração o que já está instalado em Canoas. Mais um está em fase de montagem em São Leopoldo, distante 40 quilômetros da capital. Outra estrutura será instalada em cidade a ser definida.

MEDICAMENTOS – O Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias. Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo. Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19.

2 MIL TONELADAS ENTREGUES – As mais de 10 mil agências dos Correios espalhadas pelo Brasil estão recebendo doações de forma gratuita. As pessoas podem doar itens como água (prioritário), alimentos da cesta básica, material de higiene pessoal, material de limpeza seco, roupas de cama e de banho e ração para pet. O material também é transportado pelos Correios até o estado gaúcho por meio de suas carretas e sem nenhum custo para quem faz a doação. Até o momento, mais de 6.500 toneladas de donativos foram recebidas pelas agências dos Correios. Dessas, 2 mil toneladas foram entregues aos gaúchos e o restante está a caminho.

VOLUNTARIADO – Os Correios também estão recrutando voluntários para auxiliar na triagem de doações destinadas ao Rio Grande do Sul nos estados de São Paulo, Paraná e Distrito Federal. Mais de mil voluntários já se inscreveram. O apoio é necessário nos municípios paulistas de Cajamar e Guarulhos; nas cidades paranaenses de Curitiba, Cascavel e Londrina; e no Setor de Oficinas Sul, em Brasília/DF. As inscrições podem feitas pelos e-mails [email protected] (Brasília) e [email protected] (Paraná), e pelo formulário https://forms.office.com/r/aWbDzJ2Ac1 (São Paulo), e devem conter nome completo e telefone de contato. Informações e dúvidas sobre a atuação de voluntariado também podem ser enviadas a esses e-mails.

ENERGIA – O número de unidades consumidoras de energia desligadas no Rio Grande do Sul chegou a 561 mil no pior momento da crise. Nesta terça-feira, segundo informações das concessionárias Equatorial CEEE-D, RGE e CERTEL, havia 267 mil unidades desligadas, uma recomposição de 52% no fornecimento. Há, ainda, 260 mil unidades com impedimento de acesso em 162 municípios impactados pelas chuvas.

DEFESA CIVIL – Segundo informações do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, 214 planos de trabalho de 146 municípios já foram aprovados junto à Defesa Civil Nacional. Eles totalizam R$ 163 milhões. Entre eles, há 80 planos de assistência humanitária, 52 de restabelecimento de serviços e estruturas e sete para reconstrução.

FORÇAS ARMADAS – Segundo a totalização desta terça-feira, mais de 69 mil pessoas e dez mil animais foram resgatados no âmbito da Operação Taquari 2, que envolve 25 mil militares das Forças Armadas e das forças policiais. Os militares atuam em ações de resgate aéreo, terrestre e fluvial, nas buscas por desaparecidos, no apoio em comunicações, na desobstrução de vias, limpeza de entulhos, além de separação e entrega de donativos. Na área de saúde, montaram sete hospitais de campanha. O apoio logístico conta com 330 embarcações, cinco navios, 208 embarcações, 4.500 viaturas, 70 aeronaves, 48 aeronaves militares, 90 equipamentos de engenharia e um efetivo que supera os 22 mil militares mobilizados.

RODOVIAS FEDERAIS – Segundo balanço publicado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o DNIT atua em 58 pontos nas rodovias do estado. Em 26 há bloqueio total. Em cinco, bloqueios parciais e 27 foram liberados. Os novos trechos liberados nesta quarta incluem a BR 116 nos KM 185 (Picada Café e Nova Petrópolis) e km 192, entre as duas mesmas cidades. Três trechos da BR 158, dois em Itaara e um em Santa Maria, também foram liberados, assim como a interdição no km 326, entre São Sepé e Santa Maria, na BR 392.

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