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Exportações goianas crescem 14% em fevereiro e atingem US$ 665 milhões

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Goiás passa da 12ª, em janeiro, para a 10ª colocação, entre os estados que mais venderam para o comércio exterior

O estado de Goiás apresentou alta nas exportações em fevereiro em comparação com janeiro de 2024: de US$ 584 milhões, no mês anterior, saltou para os atuais US$ 665 milhões em produtos vendidos para o comércio exterior. Os dados da balança comercial são da Secretaria Estadual de Indústria, Comércio e Serviços (SIC) e foram divulgados, nesta sexta-feira (08/03), pela Superintendência de Comércio Exterior e Atração de Investimentos Internacionais, com base nas estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Com o resultado, que representa um aumento de quase 14% entre janeiro e fevereiro deste ano, Goiás passa da 12ª colocação para a 10ª entre os estados que mais exportaram. “Os dados mostram a alta produtividade goiana e a qualidade da nossa produção, que é muito bem avaliada no exterior”, aponta o titular da SIC, Joel de Sant’Anna Braga Filho.

Ainda de acordo com os números da balança comercial, os derivados da soja, carnes e ferroliga lideraram o ranking dos produtos goianos exportados em fevereiro. O primeiro grupo representou 47,05% (US$ 313 milhões); já as carnes e as ferroligas registraram, respectivamente, 21,56% (US$ 143 milhões) e 8,48% (US$ 56 milhões), do valor total das exportações goianas.

Região
Entre os principais municípios exportadores de Goiás estão: Rio Verde, com soja, milho e resíduos do óleo de soja; Jataí, com soja, algodão e resíduos sólidos extraídos do óleo de soja; e Mozarlândia, na produção de carnes. Completam o ranking das dez cidades que mais venderam para o exterior em fevereiro: Palmeiras de Goiás, Ouvidor, Senador Canedo, Barro Alto, Alto Horizonte, Crixás e Anápolis.

Os dez países que mais compraram produtos goianos são: China; Estados Unidos; Reino Unido; Alemanha; Vietnã; Países Baixos (Holanda); Indonésia; Emirados Árabes Unidos; Coreia do Sul e Polônia.

Saldo positivo
No mês de fevereiro, a balança comercial goiana teve saldo positivo de US$ 297 milhões, US$ 197 milhões a mais do que foi registrado em janeiro. As exportações totalizaram US$ 665 milhões e as importações US$ 368 milhões. No ranking brasileiro, Goiás está em 10° lugar como o estado que mais exportou em fevereiro. Em relação às importações, a colocação é a 11ª.

No acumulado janeiro e fevereiro, as exportações apresentaram valores de US$ 1,266 bilhão, enquanto as importações somaram US$ 852 milhões. O saldo comercial desse período acumulou superávit de US$ 413, 62 milhões.

Foto: SIC / Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços – Governo de Goiás

 

 

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

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Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

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