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“Faço um chamamento a toda a sociedade para o Dia D contra a dengue”, diz Nísia Trindade

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Mobilização, no próximo sábado (2), representa a união entre Governo Federal, estados, municípios e sociedade. Ministério da Saúde autorizou incremento financeiro de R$ 23,4 milhões para ações de controle

O Governo Federal apresentou, na tarde desta terça-feira, 27 de fevereiro, o cenário epidemiológico da dengue e atualizou ações de enfrentamento e prevenção da doença. Entre as novidades anunciadas pelo Ministério da Saúde está a realização, no próximo sábado, 2 de março, do Dia D, uma mobilização nacional para reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito, com o tema “10 minutos contra a dengue”.

Dia D contra a dengue! Faço um chamamento a toda a sociedade para uma grande mobilização nacional neste sábado, 2 de março. Vamos reservar nossos 10 minutos contra a dengue para prevenir e eliminar os focos do mosquito, um momento de atenção dos governos e de todos nós” Nísia Trindade, ministra da Saúde

“Dia D contra a dengue! Faço um chamamento a toda a sociedade para uma grande mobilização nacional neste sábado, 2 de março. Vamos reservar nossos 10 minutos contra a dengue para prevenir e eliminar os focos do mosquito, um momento de atenção dos governos e de todos nós”, convocou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Cerca de 75% dos focos do mosquito estão nos domicílios, fato que evidencia a importância do cuidado doméstico na eliminação dos criadouros. “É fundamental considerar aquilo que nós temos falado insistentemente, uma responsabilidade de todos os gestores, e vem as questões de saneamento, de limpeza urbana, que são fundamentais, mas também a responsabilidade de cada um de nós, como cidadãs, como cidadãos, de prevenir os focos, olhando dentro da nossa casa e ao redor”, disse a ministra.

Entre as ações estratégicas coordenadas pelo Ministério da Saúde está a ampliação para R$ 1,5 bilhão dos recursos para emergências, como o enfrentamento da dengue. Em 2023, a pasta já havia reservado R$ 256 milhões para esse fim. Além disso, houve otimização para acelerar a liberação de recursos para estados e municípios que decretarem emergência, seja por dengue, outras arboviroses ou situações que acometam a saúde pública. Nesta terça-feira, o primeiro repasse foi autorizado, totalizando R$ 23,4 milhões para municípios de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, além do Distrito Federal.

“É um momento de atenção do país, de atenção das autoridades sanitárias, do Ministério da Saúde, de um monitoramento muito próximo ao que está acontecendo em diferentes regiões, estados e municípios”, disse a ministra, que completou: “Esse mote do Brasil Unido Contra a Dengue é um momento que requer uma união, não só de governos, que é muito importante, mas também da sociedade”.

Nísia também fez um alerta sobre a maior abrangência territorial observada nas notificações de casos pelo país, em um processo que chamou de ‘interiorização’ da doença. “O fator diferencial que eu quero chamar atenção aqui é o fato de nós termos, agora, em cidades médias e cidades pequenas, grandes números de casos. Em locais onde não havia, antes, a infecção por dengue nessa proporção que nós temos hoje”, afirmou.

A ministra da Saúde abordou ainda sobre como a mudança climática é um fator a ser considerado quando se trata da proliferação do Aedes aegypti. “Tivemos, em 2023, casos de dengue mesmo durante o inverno, o que tem relação com o fator de temperatura e clima. Em 2024, continuamos com clima muito quente e úmido, o que favorece a propagação do mosquito”, pontuou.

Outro fator importante identificado pela pasta é que, em 2024, há uma circulação de quatro sorotipos de dengue, sendo o sorotipo 4 o mais identificado. “E, em muitos estados, nós tínhamos a prevalência do sorotipo 1, que, por estar mais tempo entre nós, as pessoas já têm a proteção, já têm a imunidade”, disse a ministra. “Isso está mudando. Em muitos estados, há uma grande incidência de casos do sorotipo 2. É o caso do Distrito Federal, onde há 40% dos casos provocados pelo vírus tipo 2”.

UNIÃO – O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Hisham Hamida, celebrou a união em torno do combate. “Essa coordenação, por parte do Ministério da Saúde, e a gente trabalhando de forma unida, estados e municípios, neste enfrentamento. Agradeço por todo esse trabalho que tem sido desenvolvido em todos os territórios, pelos secretários e secretárias municipais de saúde, secretários estaduais e, principalmente, os trabalhadores da saúde. E [agradeço] à população neste empenho e neste engajamento, é uma luta que só vamos conseguir vencer se trabalharmos juntos”, pontuou.

Para a mobilização, o Ministério da Saúde tem mantido frequentes reuniões e angariado forte adesão de vários setores, desde governadores, entidades que representam os prefeitos, agentes comunitários de saúde, agentes de endemias, assim como entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina, Associação Brasileira de Educação Médica, Associação Médica Brasileira e representantes de sociedades científicas. “Contamos com uma grande força nacional que nós precisamos fazer, estar com ela bem mobilizada”, celebrou Nísia.

SAÚDE NAS ESCOLAS – Um dos esforços interministeriais feitos pelo Governo Federal para intensificar o combate à dengue aconteceu no dia 21 de fevereiro, quando se iniciou uma campanha de mobilização contra a dengue nas escolas públicas do país. A parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação em torno do programa Saúde na Escola vai orientar 25 milhões de estudantes em mais de 102 mil instituições públicas. O objetivo é incentivar a adesão dos colégios em ações de prevenção não apenas no ambiente escolar, mas nas comunidades vizinhas.

“Preparamos material para os professores e a comunidade escolar, pois não é só a escola tem que ser um ambiente livre de dengue, com controle de focos, mas a comunidade escolar é um grande aliado para divulgar essa mensagem da saúde e educação trabalhando juntos”, disse Nísia Trindade.

Neste sentido, o Ministério da Saúde também age para capacitar os profissionais de saúde com informações adequadas sobre o tratamento da doença. “Vamos trabalhar para enfrentar essa situação dessa maneira, mobilizando a força maior que temos na saúde, que é o nosso Sistema Único de Saúde e, ao mesmo tempo, a mobilização e consciência de gestores e da sociedade.”

DEZ MINUTOS — A campanha “10 minutos contra a dengue” lista 10 passos para serem feitos em até 10 minutos, dentro da rotina de cada cidadão, que podem fazer muita diferença na prevenção e na eliminação dos criadouros do mosquito. Dez minutos, de acordo com a realidade de moradia de cada um, é o tempo necessário para garantir que caixas d´água estejam bem fechadas, para jogar areia nos vasos de planta, garantir que os sacos de lixo estejam bem amarrados, conferir calhas, evitar pneus em locais descobertos, não acumular sucatas e entulhos e esvaziar garrafas PET, potes e vasos.

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“Caminhos assistenciais” do Governo Federal liberam rodovias para garantir abastecimento do Rio Grande do Sul

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Prioridade é a liberação ágil de trechos essenciais para assegurar o fluxo de veículos com suprimentos, comida, oxigênio e combustível

Com mais de 400 cidades atingidas pelo alto volume de chuvas que caiu sobre o território gaúcho, o Governo Federal desenvolveu um plano emergencial para reestabelecer o fluxo viário em rotas estratégicas para assegurar o atendimento da população e impedir o desabastecimento de itens essenciais para a população do Rio Grande do Sul.

“Esses caminhos assistenciais, como estamos chamando, são para garantir salvamento e abastecimento do estado, sobretudo com oxigênio e remédio, comida e água, além da chegada de combustível, para não haver outras paralisações nesta crise e intensificarem ainda mais o sofrimento do povo gaúcho neste momento”, informou o ministro dos Transportes, Renan Filho. “É um plano de trabalho com prioridades a serem adotadas em 48 horas”.

Para isso, são usados maquinários pesados, como tratores, escavadeiras, guindastes e caminhões. Há cerca de 200 equipamentos e 600 homens atuando diretamente no estado. Em alguns pontos de rompimento de trechos de estrada, a solução é preencher as brechas com pedras para permitir a passagem dos veículos. Um dos trechos liberados é a BR 290, que liga Porto Alegre a Santa Maria e segue até a fronteira com a Argentina, por onde passa 30% do comércio internacional do país. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de concessionárias e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguem no para restabelecer o fluxo viário.

“Liberamos o fluxo na BR 290. O momento é de trabalhar pela preservação da vida, reencontro das famílias e reconstrução do Rio Grande do Sul. Nesses caminhos serão permitidos transporte de alimentos, remédios, oxigênio, combustíveis, resgates e pacientes em ambulâncias”, comentou o ministro.

Já estão liberados também trechos das BRs-116/RS, entre Estância Velha a Nova Petrópolis; de Vacaria a Campestre da Serra; e de Caxias a São Marcos. Também foi restabelecido o fluxo na BR-392/RS, de Santa Maria a Caçapava do Sul, possibilitando o acesso ao Porto de Rio Grande, beneficiando a região de Pelotas. Até esta quarta-feira (8/5), serão realizadas ainda as seguintes liberações: na BR-116/RS, sentido norte do estado, no trecho do Viaduto da Scharlau, e a ponte sobre o Rio dos Sinos.

 

Na BR-470, passagem liberada de Carlos Barbosa a Montenegro; na BR-386, a ponte sobre o rio Taquari, em Estrela e Lajeado também teve o fluxo retomado, assim como na BR-290, de Eldorado a Santa Maria, com construção de um bueiro. Já no caso da BR-158, de Santa Maria a Cruz Alta, o trânsito ainda ocorre com escolta, apenas para passagens de veículos emergenciais, pois há risco no trajeto. Trânsito liberado também na BR-448, a Rodovia do Parque.

Para o ministro, chama a atenção nesse desastre a amplitude, a velocidade com que as águas subiram e a demora no escoamento, o que dificulta o dimensionamento da crise e o atendimento. “A prioridade agora é salvar vidas, liberar vias para passagem de equipes de resgate e pronto socorro e, depois, pensarmos na reconstrução”, listou.

Rodovias liberadas e em processo de liberação

1 BILHÃO – Em reunião com parlamentares na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o ministro ainda informou que cerca de R$ 1 bilhão serão destinados pelo Governo Federal à reconstrução de rodovias federais, além do orçamento previamente destinado ao estado de R$ 1,7 bilhão.

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