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Governo de Goiás entrega 223 equipamentos agrícolas a 57 municípios

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Maior repasse já feito pela Secretaria de Agricultura foi viabilizado por emendas parlamentares, que ultrapassaram R$ 71 milhões

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), entregou nesta quinta-feira (14/12) 223 maquinários e implementos agrícolas a 57 municípios goianos. A cessão de uso foi realizada por meio do programa Mecaniza Campo e é a maior da história da pasta.

“A importância desses equipamentos na manutenção das estradas e no desenvolvimento de nossas regiões é inegável”, declarou o vice-governador Daniel Vilela, que participou da cerimônia. Ele destacou que a entrega só foi possível graças ao empenho do governador Ronaldo Caiado em destravar as burocracias e a parceria com os deputados e senadores goianos. “Agradeço a todos os parlamentares que, ao longo dos anos, têm representado com responsabilidade nosso estado, garantindo melhores condições para os municípios goianos”, disse.

As 57 cidades foram beneficiadas com tratores, motoniveladoras, caminhões compactadores de lixo e implementos para a agricultura familiar. “Temos a oportunidade de realizar a maior entrega de equipamentos da história. Esses equipamentos chegam em um momento oportuno, coincidindo com o início do plantio, sendo de extrema importância para os produtores, especialmente os da agricultura familiar e pequenas propriedades rurais”, ressaltou o secretário da Agricultura, Pedro Leonardo.

A deputada federal e líder da bancada goiana na Câmara, Flávia Morais, reforçou que a entrega é fruto da união dos parlamentares. “Nossa bancada se preocupa em destinar recursos não apenas para grandes obras estruturantes, mas também para necessidades específicas das cidades.” O deputado Rubens Otoni, que também destinou emenda para o programa, destacou o trabalho conjunto da bancada federal e do Governo de Goiás. “Essa colaboração permitiu que mais municípios tivessem acesso a recursos provenientes do orçamento da União.”

A verba para aquisição dos equipamentos veio de emendas parlamentares de senadores e deputados goianos e suas bancadas. Para esta entrega recorde, além de Flávia Morais e Rubens Otoni, contribuíram a deputada Magda Mofatto e os ex-deputados Delegado Waldir, Giuseppe Vecci, Heuler Cruvinel, Jovair Arantes, Thiago Peixoto, Lúcia Vânia, Marcos Abrão, Pedro Chaves, Roberto Balestra e Fábio Sousa, além dos ex-parlamentares Ronaldo Caiado e Daniel Vilela.

Mecaniza Campo
Criado em 2019, o Mecaniza Campo já contemplou 244 municípios, seguindo as indicações de cidades feitas pelos parlamentares em suas emendas. Incluindo as entregas desta quinta-feira, 993 equipamentos já foram cedidos, com investimento total de cerca de R$ 200 milhões. Entre outros, o programa já entregou retroescavadeiras, caminhões basculantes, tratores agrícolas, pás carregadeiras, motoniveladoras e caminhões de lixo.

Os municípios beneficiados nesta última etapa são: Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alto Paraíso, Aporé, Aurilândia, Bela Vista de Goiás, Buriti de Goiás, Buritinópolis, Campos Belos, Cavalcante, Ceres, Cocalzinho de Goiás, Cristalina, Flores de Goiás, Formosa, Formoso, Goiandira, Goianésia, Goianira, Goiatuba, Guarani de Goiás, Guarinos, Inaciolândia, Itapirapuã, Itapuranga, Itarumã, Itauçu, Itumbiara, Jaraguá, Jataí, Joviânia, Jussara, Leopoldo de Bulhões, Mairipotaba, Montividiu do Norte, Nova Veneza, Ouro Verde, Ouvidor, Palmeiras de Goiás, Petrolina, Posse, Quirinópolis, Rialma, Sanclerlândia, Santa Rita do Araguaia, Santa Rita do Novo Destino, São Miguel do Passa Quatro, Taquaral, Terezópolis, Trombas, Uirapuru, Uruaçu, Valparaíso de Goiás, Varjão, Vianópolis, Vila Boa e Vila Propício.

Fotos: Jota Eurípedes / Vice-governadoria/Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Governo de Goiás

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

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Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

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