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Produção agrícola em Goiás deve superar 114 milhões de toneladas em 2023

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Com crescimento de 10,6%, estado deve alcançar a maior produção desde a década de 1970 e superar a média nacional

Cultivo de grãos cresce em Goiás; estado é responsável por 10,7% da produção nacional

Cultivo de grãos cresce em Goiás; estado é responsável por 10,7% da produção nacional

A produção agrícola em Goiás deve alcançar 114,6 milhões de toneladas em 2023, com crescimento de 10,6% em relação a 2022, conforme as projeções do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados apontam que Goiás irá bater recorde e alcançar a maior produção desde o início da série histórica, em 1972.

Os principais destaques neste ano, no comparativo com 2022, são o volume de milho, com produção de 14,1 milhões de toneladas e alta de 31,9%; sorgo, com 1,36 milhões toneladas e crescimento de 30,1%; cereais, leguminosas e oleaginosas, com produção de 32,7 milhões de toneladas e crescimento de 18,2%; cana-de-açúcar, com 80,1 milhões de toneladas e alta de 8,9%; e soja, com 16,5 milhões de toneladas, o que equivale a alta de 8,7%.

O titular da Secretaria-Geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, comemora os resultados, que confirmam pesquisas internas do Instituo Mauro Borges (IMB). “O LSPA aponta excelentes resultados para Goiás. O nosso estado irá atingir um marco notável em 2023, registrando um recorde na produção agrícola e alcançando o maior volume de toda a série histórica. Esse sucesso é resultado de muitos investimentos, práticas sustentáveis e condições climáticas favoráveis”, salienta.

Pedro Leonardo Rezende, secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa) destaca a posição do estado no cenário agrícola do país. “O recorde histórico da produção agrícola de Goiás em 2023 é motivo de orgulho para todos nós. Este sucesso é resultado não apenas do trabalho de nossos dedicados agricultores, mas também da visão estratégica e investimentos significativos que o Governo de Goiás tem direcionado para o setor. Estamos solidificando Goiás como um dos principais estados agrícolas do país e promovendo um impacto positivo na economia estadual e nacional”, diz.

Nacional
A taxa de crescimento goiana (10,6%) é superior à média nacional, uma vez que as projeções para o Brasil apontam crescimento de apenas 0,17% em 2023, no comparativo com o ano passado. Dessa forma, a produção agrícola nacional atingirá 1,070 bilhões de toneladas neste ano. Vale ressaltar que foi em 2020 quando o Brasil atingiu a sua maior produção agrícola da série histórica, com 1,092 bilhões de toneladas.

“Goiás vem se consolidando como um dos principais estados agrícolas do país. Esse recorde é um indicativo muito positivo para a nossa economia. Culturas como a da soja, milho, cereais e cana-de-açúcar contribuem para aumentar a participação do estado para a produção brasileira, que chega a 10,7%”, afirma o diretor-executivo do IMB, Erik Figueiredo. Em 2022, o índice era de 9,7% alcançado em 2022.

Fotos: Wenderson Araújo/CNA / Secretaria-Geral de Governo – Governo de Goiás

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

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Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

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